domingo, 8 de novembro de 2015

LIVRO: DOGMATOLOGIA DO ESCRIBA VALDEMIR





DOGMATOLOGIA











SUMÁRIO
ADOPCIONISMO
AGOSTINIANISMO
ANTINOMISMO
ARIANISMO
ARISTOTELISMO
ARMINIANISMO
ASCETISMO
CALVINISMO
CONGREGACIONALISMO
DINAMISMO
DIOFISISMO
DOCETISMO
DONATISMO
DUALISMO
EBIONISMO
ESCOLATICISMO
ESPIRITUALISMO
ESTOICISMO
EUTIQUIANISMO
HEDONISMO
FONTINIANSIMO
GNOSTICISMO
HERRNHUTISMO
HUMANISMO
IDEALISMO
LAPSARIANISMO
LATITUDINARISMO
LIBERTINISMO
MANDEISMO
MANIQUEISMO
MENEZISMO
METODISMO
MILENISMO
MISTICISMO
MODALISMO
MODERNISMO
MONARQUIANISMO
MONASTICISMO
MONISMO
MONOFISISMO
MONTANISMO
MORALISMO
NATURALISMO
NEO-ARIANISMO
NEOLUTERANISMO
NEOPLATONISMO
NEOPROTESTANTISMO
NEOTOMISMO
NESTORIANISMO
NOMINALISMO
PATRIPASSIONALISMO
PELAGIANISMO
PENTECOSTALISMO
PIETISMO
PLATONISMO
PRESBITERIANISMO
PROTESTANTISMO
PURITANISMO
ROMANISMO
SABELIANISMO
SEMIPELAGIANISMO
SINCRETISMO
SINERGISMO
SOCINIANISMO
SUPERNATURALISMO
TRADICIONALISMO
TOMISMO
TRADUCIANISMO
UNITARIANISMO
UTILITARISMO





FINALIDADE DESTA OBRA
Os materiais literários do autor não têm fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer tipo de receita. Os custos do livro são unicamente para cobrir despesas com produção, transporte, impostos e revendedores. Sua satisfação consiste em contribuir para o bem da educação, uma melhor qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus Todo-Poderoso.
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AUTORIZAÇÃO
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Valdemir, Valdirene, Jacó, Lourdes e Valdemária
AUTOR: Valdemir Mota de Menezes é licenciado em Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos, possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de Santos, é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembleias de Deus de Santos, e tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Na década de 1990 fundou o Centro de Evangelismo Universal, foi radialista alguns anos em Santos na Radio Universal de Santos, uma das primeiras emissoras do Brasil com o programa “Esperança aos povos”.        
          Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)

  M543           Menezes, Valdemir, 1969
Dogmatologia  / Valdemir Mota de Menezes, Cubatão/SP,  Amazon.com Clubedesautores.com.br,  2015
112 p.  ;  21 cm
ISBN-13: 978-1519165466
ISBN-10: 1519165463
1. Bíblia      2. Teologia   3. Heresias      4. Igreja     5. Cristianismo 6. História eclesiástica      I - Titulo                                                                      
                                                               CDD 260
CDU 23

 








INTRODUÇÃO

A dogmatologia é o estudo e a classificação dos dogmas cristãos e os movimentos religiosos teológicos que surgiram no transcorrer da história do cristianismo. Os dogmas são crenças ou doutrinas sistematicamente organizada e/ou definida. Relacionaremos abaixo, os principais dogmas e movimentos da história do cristianismo.

ADOPCIONISMO
Dogma que afirma que Jesus não é Filho de Deus legítimo, mas que só veio a se tornar Filho quando foi “adotado” na ocasião do batismo ou como dizem outros, por ocasião da ressurreição, esse dogma aborda a pessoa de Jesus Cristo segundo o qual, Jesus não é divino e nem tem a natureza de Deus. Quando foi lançado o anátema contra Ário, este dogma foi também rejeitado.
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AGOSTINIANISMO
O dogma Agostiniano sobre o livre arbítrio, a graça e a predestinação suscitaram aquecidas discussões desde a sua explanação por Agostinho. Quando alguns monges começaram a debater a ideia de Agostinho, ele mesmo teve que explicar-se em dois escritos o “DE GRATIA ET ARBITRIO” e “DE CORRUPTIONE ERT GRATIA”.
Como os semipelagianos interpretaram o dogma de Agostinho como FATALISTA, ele foi então atacado por estes. Mas a réplica veio em forma de dois escritos: “DE PRAEDESTINATIONE SANCTORUM” e “DE DONO PERSEVERANTIAE”. Enquanto na Gália o semipelagianismo crescia, os bispos de Roma não se interessavam em conflitos teológicos e por isso preferiam aceitar os dogmas de Agostinho.
Não resta dúvida que o dogma de Agostinho sobre a predestinação é absurdo, tanto é que na CONFISSÃO DE ORANGE (529 d.C.) os dogmas de Agostinho foram impostos. Um dos principais defensores do agostinianismo foi FULGÊNCIO DE RUSPE (533), ele era bispo no norte da África e foi autor da obra “CONTRA FAUSTUM”.
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Gravura de Fulgêncio.
Fulgêncio dizia:
“Ninguém que fora escolhido na eternidade se perderia, e também, quem não tinha sido predestinado para a salvação não poderia ser salvo.”
Como a graça e a predestinação estão relacionados entre si, o dogma agostiniano sobre a graça dizia que o homem é incapaz de dar o primeiro passo para receber a graça divina e, portanto, Deus não espera até que o homem deseje ser purificado do pecado; em lugar disso, opera mediante o Espírito para implantar este desejo dentro de nós.
Uma grave consequência do dogma agostiniano sobre a salvação é que se Deus predestina alguns para os céus, os outros só podiam ser predestinados para o inferno, e isto é conflitante com a imparcialidade do amor e da justiça de Deus:
“Deus amou o mundo”. (João 3.16)
Mas a ideia da CEIA DO SENHOR como sendo símbolo do corpo e do sangue foi um dogma correto defendido por Agostinho. Pois ele dizia que não havia transubstanciação do pão em carne, nem do vinho em sangue.
O agostinianismo tinha um ponto de vista importante na questão da INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS, pois segundo este dogma os escritores sagrados recebiam no seu interior a iluminação divina, independente dos sentidos físicos, eles não raciocinavam Deus, mas recebiam espiritualmente sua compreensão, é a chamada fé inspirada (FIDELIS INSPIRATA).
Os franciscanos (Ordem Religiosa Católica) seguiram o dogma agostiniano quanto a Ceia do Senhor em oposição ao dogma oficial do catolicismo que afirmava que os sacramentos agem (ex opere operato). Um franciscano que adotou o dogma agostiniano e importante defensor do símbolo e não da transubstanciação na ceia foi DUNS SCOTUS.
Vários dogmas iriam surgir na história e muitos deles seriam baseados no dogma agostiniano, porque Agostinho foi um dos mais fecundos escritores cristãos. O dogma agostiniano também influenciaria profundamente a vida de Lutero pois em 2 de julho de 1505 ele tornou-se monge agostiniano onde por essa ordem religiosa recebeu o sacerdócio católico romano.
No dogma agostiniano, Lutero apegou-se ao ensino sobre o pecado e a graça. A influência agostiniana também se faz presente na confissão Anglicana que seguiu estes princípios dogmáticos. Em tempos mais recentes novos conceitos teológicos surgiram oriundos do agostinianismo, em 1884 HENRI MARET, principal representante do ontologismo disse que há conhecimento intuitivo de Deus que é a base para o conhecimento da Verdade. De fato esta ideia agostiniana do conhecimento intuitivo é bíblica, mas também o conhecimento se adquire por revelação e pelo meio natural.
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ANTINOMISMO
Antinomismo significa um sistema de doutrinas que nega ou combate a lei (do grego: anti [contra] e nomos [lei]). Os antinomistas procuram enfatizar a Nova Aliança e combatem ou menosprezam a Antiga Aliança (Antigo Testamento), um dos principais antinomistas foi JOÃO AGRÍCOLA que em 1537 em Witemberg de Eisleben pregou contra os sermões baseados na LEI, para ele só deveria se pregar o Evangelho da Nova Aliança.
Por causa disto, Lutero combateu João Agrícola e em 1539 escreveu um tratado contra os antinomistas chamado WIDER DIE ANTINOMER. Lutero argumentou dizendo: “A lei é importante porque ela revela o pecado, e como o cristão ainda é pecador, este continua sujeito a operação da lei que se destina a matar a velha natureza.”
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JOÃO AGRÍCOLA
Os antinomistas nunca tiveram expressão ou voz forte, e não poderia ser diferente. Alguns núcleos luteranos como de Herrnhut adotaram essas ideias.
A lei não pode ser desprezada, pois ela serve para:
A –Manter a ordem pública.
B – Mostrar os homens o que é errado.
C – Definir as normas de conduta.
A lei e em especial a de Moisés não pode ser desprezada porque o Deus do Evangelho da Nova Aliança é o mesmo Deus da Antiga Aliança, contudo, é preciso diferenciar a lei moral da lei cerimonial e a igreja de Israel e assim interpretamos corretamente as Escrituras.

ARIANISMO
Este dogma trouxe muita controvérsia, e seu principal protagonista foi o presbítero de Alexandria, Ario. Ele foi discípulo de Luciano de Antioquia e este tinha sido discípulo de Paulo de Samósata. Por volta de 310 Ario defendia que o Filho foi criado por Deus e, portanto, fazia parte da criação e não existia no eterno passado.
No ano 320 o presbítero-supervisor (gr. EPISKOPOS = bispo) de Ario o excomungou por motivo de heresia. Mas o conflito estourou no Oriente quando outros o apoiaram como Euzébio de Nicomédia. O dogma ariano provocou uma conturbação pondo em risco a unidade dos cristãos e até do império romano que neste tempo já estava cristianizado. Por isso o imperador Constantino tentou conciliar os intrigantes, mandando Hósio, presbítero-supervisor da corte, mas como não teve sucesso, o imperador decidiu convocar um concílio em Nicéia no ano 325.
Em Nicéia, os bispos de todos os cantos do império compareceram. A discussão teve como grande orador o diácono ATANÁSIO que combateu o arianismo com firmeza e com muita base bíblica.
O arianismo cometeu erros grosseiros porque atingia hereticamente o dogma de Deus e de Cristo. Ario acreditava em semideus e por isso pode ser visto até como politeísta, pois apesar de negar que Jesus era Deus, Ário aceitava o culto e a adoração a Cristo. Alguns grupos arianos como as Testemunhas de Jeová passaram com o tempo a adorar o Pai e PRESTAR HOMENAGEM AO FILHO.
O arianismo foi rejeitado no concílio de Nicéia, mas sempre teve influência na igreja e por isso mais tarde Atanásio foi exilado pelo imperador que havia simpatizado com o ensino de Ário. A história do cristianismo mostra que a doutrina trinitariana acabou sendo aceita pela maioria dos cristãos. Mas o arianismo não foi somente aceito, mas também era antibíblico.
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Na ilustração: Atanásio que combateu a heresia de Ário.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são da mesma natureza e os três são um só, como revela o próprio nome Elohim (que significa Deus em pluralidade), e como mostram as Escrituras com dezenas de títulos de Deus que também são atributos do Filho e do Espírito Santo. O Filho é posto nas Escrituras Sagradas como sendo Deus (João 1.1; 10:30; Mateus 2.2; Hebreus 1.6).

ARISTOTELISMO
O aristotelismo é o sistema dogmático baseado nos ensinos do filósofo Aristóteles. Muitos teólogos da igreja basearam-se nos ensinos de Aristóteles para formular as doutrinas da igreja, é verdade que as idéias de Aristóteles originalmente são pagãs porque entre outras coisas a reencarnação aparece entre os conceitos deste filósofo.
Por isso que os teólogos não levavam em consideração as idéias claramente antibíblicas de Aristóteles. Até ai tudo bem, porque nos escritos de Paulo aparece varias vezes traços de autores pagãos. Os escritos de Tomás de Aquino são mais tendenciosos as idéias de Aristóteles do que a de Agostinho.
Os teólogos de bases aristotélicas para se desculparem das visíveis diferenças entre as Escrituras e as filosofias de Aristóteles explicam-se chamando essas diferenças de verdade dupla, isto é, o que é verdade para a filosofia pode não ser verdade para a teologia e vice-versa.
Contudo não há como conciliar ideias tão diferentes, uma porque Aristóteles dizia que havia uma só alma universal, enquanto as Escrituras dizem que somos almas individuais (como em Apocalipse 6.9).
Mas apesar dessas diferenças a filosofia aristotélica serviu de base para a teologia escolástica. A doutrina aristotélica sobre o conhecimento de Deus era racional, o homem pode perceber Deus pelo mundo visível, o que não deixa de ser verdade porque nos Salmos 19.1 diz:
“Os céus declaram a gloria de Deus, o firmamento proclamam a obra das suas mãos.”

Descrição: https://accaopopularlibertaria.files.wordpress.com/2013/07/aristoteles8.jpg
Já Agostinho dizia que o conhecimento de Deus se conseguia empiricamente, ou de dentro para fora, o que também não deixa de ser verdade, pois em I Coríntios 2.10 diz:
“Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito.”
Portanto, quanto a isso Tomás de Aquino foi bem coerente porque ele uniu esses dois conceitos, porque eles não se contradizem, mas eram os dois lados de uma moeda.

ARMINIANISMO
O arminianismo é um dogma totalmente correto, JACÓ ARMÍNIO foi teólogo que se levantou no círculo protestante para discordar do dogma de Calvino, como todos sabem Calvino dizia que Deus. Escolheu uns para a salvação e os demais homens não estão no plano de Deus.
É o famoso dogma dos ELEITOS. Jacó Armínio discordou destas ideias, porque eram irracionais e antibíblicas. Alguns calvinistas radicais como Francisco Gomaro e Beza afirmavam que Deus preordenou o pecado e a condenação eterna.
Armínio não discordava da SOBERANIA de Deus, mas que, defender a doutrina da predestinação era o mesmo que chamar Deus de mau. É verdade que Deus predestina, mas não fixa quem vai ser salvo e quem vai ser condenado. Em outras palavras Deus já sabe quem vai ser salvo, mas ele não toma partido de uma pessoa contra outra.
É preciso entender a predestinação a luz de I Pedro 1.2 que diz:
“Eleitos segundo a presciência de Deus...”
Presciência quer dizer: “Pelo conhecimento dos fatos antes deles acontecerem.” Essa discussão gerou muitas polemicas nos meios calvinistas das igrejas reformadas, tanto foi que entre 1618 e 1619 foi convocado o SÍNODO DE DORT para resolver esta questão, acabou prevalecendo a crença da maioria, o calvinismo, entretanto não convenceu.
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3wK6zHK1qqwWCPgnvSJulFp4IQ6BUsTbcCHAXLVjTE-YAG0YR3WPk5KHvZ-sxSHFNiUza7pZSponuNYUqpR2GWEAOfdMaIr4aMO8LlqZJVepcRKMlUE8Maoh35bWVtkwTLdFKESbudxE/s320/DOGMATICA
CHARGE COM CRÍTICA CALVINISTA AO ARMINIANISMO
Assim é que os presbiterianos entre outros grupos, seguem o dogma calvinista, a despeito que a verdade foi dita por Armínio. Na prática o dogma calvinista é pior ainda, porque o indivíduo pensa lá no seu íntimo: se eu fui predestinado não importa o que eu faço, Deus vai acabar no final me salvando. Se eu não fui predestinado, não importa o quanto eu faço de boas obras, acabarei indo para o inferno.
Esta é a razão porque os calvinistas são em geral MUNDANOS. Por outro lado, os arminianos como nós, damos ênfase a necessidade de viver uma vida santa, porque a salvação em boa media depende de nossas atitudes para com a palavra de Deus. Por isso não precisa ir longe para entender que em qualquer lugar do mundo os arminianos vivem em maior santidade que os calvinistas.
Outro importante ARMINIANO foi John Wesley, o fundador do movimento metodista. Wesley não era de fato um teólogo, mas em contrapartida era um homem de Deus, e tinha uma visão fantástica do cristianismo autentico. Wesley se destacou por ser acima de tudo um homem de ação, ele dava muito importância a obediência a Deus como fator importante para a salvação.
Por causa de sua posição doutrinaria quanto a predestinação Wesley foi combatido pelos calvinistas. Mas ele nos púlpitos da vida, enfocava que a graça de Deus é universal e, portanto, todo homem pode vir a Deus, alguns textos bíblicos confirmam o ensino que qualquer um pode ser salvo desde que aceite Jesus.
Primeiro, Deus não amou alguns, mas o mundo inteiro:
“Porque Deus amou o mundo.” (JOÃO 3.16).
Em segundo lugar, todos que aceitaram Jesus serão salvos:
“Mas a todos os que o receberam, deu-lhe o poder de se tornarem filhos de Deus.” (João 1.12).
Em terceiro lugar, o desejo de Deus é que todos se salvem, e isso mostra que todos tem a possibilidade de se salvarem se seguirem o conselho de Deus:
“Que quer que TODOS OS HOMENS SE SALVEM e venham ao conhecimento da verdade.” ( I Timóteo 3.4).
Descrição: http://image.slidesharecdn.com/arminianismoxcalvinismo-130711183939-phpapp02/95/arminianismo-x-calvinismo-20-638.jpg?cb=1373569608
ASCETISMO
A terminologia “ascetismo” é definindo assim em certo Dicionário:
Prática da abstenção de prazeres e até do conforto material, adotada com o fim de alcançar a perfeição moral e espiritual. O asceta submete-se a dieta rigorosa e a frequentes jejuns, sendo que os antigos cristãos se sujeitavam até a castigos físicos, como a flagelação.(2)
Os praticantes do ascetismo vêm no corpo, os males da sua alma, e assim a prática dos desejos carnais afastam o homem de Deus. Controlar os impulsos dos desejos físicos é a meta ascética.  A busca dos prazeres desta vida afasta o homem da sabedoria e da verdadeira espiritualidade. Os ascéticos mais radicais chegam mesmo a praticar a autoflagelação como forma de mortificar os desejos carnais. Não é só à sexualidade que elas renunciam, mas também a qualquer aquisição de propriedades materiais ou bens de consumo. Os ascéticos tem aversão aos prazeres dessa terra. Comportando-se somente como peregrinos, os cristãos rejeitaram a cultura e o papel de influência sobre eles. Nessa cosmovisão, criam forte aversão ao cinema, rádio, televisão, erudição, esportes, lazeres, entretenimento, teatros, artes, danças, esculturas etc.
A igreja deve viver no mundo, mas não participar das coisas do mundo. O mundo jaz no maligno, e a igreja é santa. A própria palavra santidade traz um ideal ascético, pois santidade significa separação. Se o cristão não pode sair do mundo, ele tem o dever se afastar do modo de vida mundano.
Asceticismo é muito associado com monges, yogis ou sacerdote, entretanto qualquer indivíduo pode escolher levar um vida ascética. Lao Zi, Gautama Buddha, Mahavir Swami, Santo Antonio, Francisco de Assis, Mahatma Gandhi e David Augustine Baker podem ser considerados ascetas. Muitos deles deixaram as suas famílias, possessões, e lares para viver uma vida mendicante, e nos olhos de seus seguidores demonstram grande espiritualidade, ou iluminação. (1)
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CALVINISMO
O CALVANISMO é o sistema dogmático de João calvinismo e o seu principal tratado teológico se chamava A INTITUCÃO DA RELIGIÃO CRISTÃ, Calvino nasceu em 1509 e morreu em 1564, havia se formado em direito e foi uma das colunas da reforma protestante.
A teologia de Calvino mantém traços dos ensinos de Zuinglio, Bucer e Lutero, mas a ênfase de Calvino é na doutrina de Deus, onde lamentavelmente cometeu o erro grosseiro da predestinação, que alias, se tornou o centro de seus ensinos. Vejamos uma frase do próprio Calvino:
“Denominamos predestinação o decreto eterno de Deus, pelo qual decidiu o que acontecerá com cada homem. Pois não foram criados todos nas mesmas condições; alguns são predestinados à vida eterna.”
Calvino também dizia que quando alguém é eleito, ele é chamado por Deus, enquanto o que não for eleito não é agraciado com o conhecimento de Deus. Os luteranos rejeitaram o dogma da predestinação de Calvino por que as Escrituras afirmam que Deus quer salvar a todos conforme I João 2.2 “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelo de todo mundo.”

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Quanto a CEIA DO SEHOR, Calvino acredita na presença do Senhor na ceia, mas não ocorria nenhuma mudança nas substâncias, a expressão em latim para retratar essa verdade é: FINITUM NON CAPAX INFINITI. “O finito não pode conter o infinito”. Calvino como nós, também dava importância para a lei mosaica.
Ele entendeu que a vinda de Cristo foi para cumprir a lei cerimonial, que para nós, os cristãos, está abolida. Mas quanto à lei moral da antiga aliança permanece valida para os cristãos, que deve submeter-se a ela e regular sua vida moral pelos preceitos nela estabelecida. Neste ponto de interpretação Calvino acertou em tudo, por isso ele também defendia a pena de morte para os crimes pré-estabelecidos na lei de Moisés. Portanto, no pensamento de Calvino a lei continua tendo validez.

CONGREGACIONALISMO
O congregacionalismo é o sistema doutrinário de organização da igreja segundo a qual toda a congregação é a autoridade. E portanto, todos devem democraticamente decidir, julgar e discutir os problemas da igreja. Contudo esta posição de governo democrático da congregação surgiu por motivos de revolta exagerada ao sistema episcopal do catolicismo romano, daí que a posição mais equilibrada e bíblica é o governo presbiteriano.
Os defensores do sistema congregacionalista ou INDEPENDENTE foram alguns puritanos. Até certo ponto é de se entender essa repulsa por uma autoridade, afinal esse movimento doutrinário surgiu na Inglaterra onde a principal denominação, a anglicana, sofria interferência constante das autoridades seculares, pois a igreja ali era chefiada pelo estado.
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Quem organizou este dogma foram Roberto Browne e Henrique Barrowe. Browne teve que fugir para a Holanda em 1582, e Barrowe foi condenado a morte por causa de sua convicção congregacionalista em1593. O que foi lamentável, matar pessoas por pequenas discordâncias. Os congregacionalistas são em tese: democratas religiosos, razão porque defendiam como ninguém a liberdade de consciência e a tolerância religiosa.
Deste movimento surgiu a Igreja Batista que foi fundada por John Smith. Séculos se passaram e ainda este é o sistema da organização batista. Entre tantos males deste sistema de governo podemos enumerar alguns:
1 – Primeiro, no governo congregacionalista ou independente em vez do rebanho estar sujeito ao presbitério é o presbitério que fica sujeito ao rebanho.
2 - Segundo, a autoridade de julgar o rebanho foi dada por Cristo aos líderes da igreja, como Jesus falou aos seus apóstolos em João 20-22-23, e os apóstolos eram presbíteros, como Pedro mesmo se identifica como PRESBÍTERO em sua primeira Carta no capítulo 5 e versículo 1.
3 – Em terceiro lugar, porque não se pode levar a sério o congregacionalismo como uma forma de governo eclesiástico. É que um novo convertido ou um crente que não tenha uma profunda compreensão da palavra vai acabar emitindo opiniões errôneas nas assembleias.

DINAMISMO
O dinamismo é uma doutrina formulada no final do segundo século por um curtidor de Bizâncio chamado Teodoto, ele chegou a Roma no ano 190 devido uma perseguição que ocorria em sua cidade. Teodoto negava a divindade de Cristo, por isso ele foi combatido como um herege pelo apologista Tertuliano que o cita no seu livro ADVERSUS OMNES HAERESES.
Teodoto ensinava que Jesus nasceu de uma virgem, mas não deixava de ser um simples homem, Jesus teria vivido como um homem comum até que um dia foi batizado nas águas, o Cristo desceu sobre ele. Portanto no monarquianismo dinamista Jesus é um homem que recebeu o elemento divino chamado Cristo.
Por causa de sua ideia herética Teodoto foi expulso da congregação pelo presbítero-supervisor (bispo) de Roma, o Vitor. No século seguinte surgira outro defensor do dinamismo, era PAULO DE SAMOSATA que no ano 260 era bispo (presbítero-supervisor) de Antioquia, ele era claramente unitarianista, pois dizia que Jesus era um simples homem, também Samosata no ano 268 foi excomungado pelo sínodo em Antioquia. As ideias dinamista de Samosata viriam a influenciar o herético Ário que no quarto século criaria grande polemica sobre a divindade de Cristo.



Ário era discípulo de Luciano de Antioquia que por sua vez era discípulo de Paulo de Samosata, o principal dinamista da história. Portanto, o dogma defendido por estes eram dogmas contra a divindade de Cristo. Alias, a linha de interpretação dos antioquianos tinha esse elemento herético.
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                              Luciano de Antioquia.
No quinto século outra heresia surgia com a essência do monarquianismo dinamista e seu novo representante se chamava Nestório que separava o divino do humano na pessoa de Cristo, mas ao contrário dos outras dinamitas, ele dizia que o Logos veio habitar no homem Jesus por ocasião de seu nascimento, enquanto os dinamitas primitivos afirmavam que o divino veio habitar no homem Jesus por ocasião do batismo.
Dogmas como esses foram condenados pelos concílios de Nicéia e Calcedônia, pronunciando as declarações bíblicas de que Jesus é VERDADEIRO DEUS E VERDADEIRO HOMEM conforme Matheus 2.2, Hebreus 1.6; Apocalipse 5.11-14; I Timóteo 2.5.

DIOFISISMO
Diofisismo é uma doutrina cristã teológica, usada para expressar a afirmação que em Jesus havia duas naturezas: uma divina e outra humana. Esta palavra é de origem grega (dyo+ physis+ ismo = duas naturezas), Quem propôs esta teoria foi Nestório, cuja doutrina ficou conhecida como Nestorianismo. O Concílio de 451 se reuniu para discutir a questão das duas naturezas de Cristo. Ao final do concílio Nestório foi considerado herege, e o concílio lavrou o seguinte credo sobre as duas naturezas de Cristo:
Fiéis aos santos pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo; consubstancial, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em todas as coisas, semelhante a nós, excetuando o pecado, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da virgem Maria, mãe de Deus; Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, inseparáveis e indivisíveis; a distinção da naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos pais nos transmitiu. (3)
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DOCETISMO
O docetismo foi um movimento altamente herético, pois os docéticos tomavam as seguintes posições: uns diziam que Jesus não tinha um corpo verdadeiramente humano e para explicar-se laçavam mão de umas teorias sobre corpos fantasmagóricos, daí que diziam também que PARECIA que Jesus era humano, PARECIA que ele sofreu na cruz. Outros docéticos só aceitavam como verídicos alguns aspectos dos livros biográficos de Cristo negando os demais acontecimentos descritos em Mateus, Marcos, Lucas e João.
Os gnósticos em geral eram docéticos, certo Cerinto dizia que CRISTO SAIU DE JESUS UM POUCO ANTES DA CRUCIFICAÇÃO. Outro docético, Basílides dizia que JESUS NÃO MORREU CRUCIFICADO, MAS QUE SIMÃO, O CIRINEU MORREU EM LUGAR DE JESUS QUE ESCAPOU.
Segundo um dos primeiros líderes do cristianismo, IRINEU, o apóstolo João havia escrito o livro biográfico e as cartas a fim de combater Cerinto. INACIO no inicio do segundo século no combate ao docetismo dizia: “CRISTO VERDADEIRAMENTE NACEU DEMARIA, FOI REALMENTE CRUCIFICADO E CRISTO ESTAVA NA CARNE MESMO DEPOIS DE SUA RESSUREIÇÃO, NÃO ERA ESPIRITO INCORPOREO.”
Os gnósticos são docéticos por negarem a humanidade de Jesus, como também desde o séculos XIX as Testemunhas de Jeová tomaram-se os docéticos dos dias modernos por negarem que Jesus ressuscitou com um corpo físico. A cristologia de Marcião era também docética: “Cristo manifestou-se aqui na terra durante o reinado de Tibério Cesar. Apareceu, todavia, como figura fantasmagórica.”
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Para combater MARCIÃO, Irineu escreveu em ADVERSUS HAERESUS: “como podia ele ter sido crucificado e como podiam sangue e água ter jorrado do seu peito traspassado se não era verdadeiramente homem, mas apenas tinha aparência de homem?”
Por causa do seu conceito docético, Marcião pregava a salvação somente da alma e não do corpo. Vejam que o conceito cristológico docético acabou por influenciar o seu ensino sobre a Tanatologia bíblica. Os docéticos em geral foram ensinadores que não conseguiram conciliar em suas mentes a ideias de um único Deus... Mas em três pessoas (hipóstases).
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Outra forma de docetismo que negava encarnação de Cristo foi a defendida por Apolinário de Laodicéia no final do quarto século, como podemos extrair do livro VOM HIMMLISCHEN FLEISCH CHRISTI de schoeps, pág 9 de 1951 e do livro EARLY CHRISTLIAN DOCTRINES de kelly, pág 294: Deus em Cristo foi transmutado em carne, e esta carne foi então transmutada pela natureza divina. De acordo com esse ponto de vista, Cristo não recebeu sua natureza humana da virgem Maria. Antes trouxe consigo do céu uma espécie de carne celestial. O ventre de Maria simplesmente serviu de passagem.
Apolinário cometeu este erro por enfatizar demasiadamente a divindade de Cristo, ele achava que Cristo só tinha uma natureza, a divina, por isso na sua concepção Cristo não tinha alma.
No final da primeira guerra mundial surgiu na Alemanha outro teólogo com ideias extravagantes, foi KARL BARTH, entre tantas heresias ele também demonstrava conceitos docéticos em sua Cristologia, BARTH via nos livros biográficos (chamado erroneamente de evangelhos) como uma ilustração do verdadeiro Evangelho. Barth negava a autenticidade de várias narrativas das Escrituras.
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DONATISMO
O donatismo foi o movimento doutrinado criado por Donato, o grande, que era presbítero-supervisor (bispo) de Cartago por volta de 332. O donatismo é um sistema dogmático eclesiológico, o que causou a chamada controvérsia donatista do quarto século. O donatismo é considerado um dos primeiros grandes movimentos cismático da igreja, esse movimento iniciou-se no período de perseguição do imperador romano Diocleciano.
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As primeiras discussões surgiram quando um supervisor de congregação foi ordenado por um presbítero-supervisor (Bispo) que anteriormente havia entregado copias das Escrituras as autoridades do governo para serem destruídas em um tempo de perseguição. Os donatistas achavam isso uma traição, mas a igreja em geral não achava. Daí que o desentendimento provocou um cisma, pois em Cartago os presbíteros se reuniram e elegeram um presbítero-supervisor dividindo assim as igrejas do Norte da África que a certa altura já era mais da metade donatista.
Os donatistas eram radicais em sua posição, achando-se a única igreja verdadeira tanto é que, eles não aceitavam o batismo realizado pelas demais igrejas. Os donatistas diziam que os verdadeiros obreiros eram inatacáveis em sua maneira de viver e que se eles não fossem íntegros em tudo, o que eles fizessem não teria validade alguma, seja batismo, celebração da ceia e até mesmo no ato de ordenar oficiais eclesiásticos. Portanto se um oficial da igreja fosse considerado indigno da posição, os donatistas não o consideravam obreiro de verdade, e se ele ordenou alguém para o presbitério ou diaconato tais ordenações não teriam valor algum.
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A posição dos donatistas quanto às cerimônias cristãs convencionou-se a ser chamado “THEOLOGIA REGENITORUM” por que para eles a condição espiritual do oficiante influencia nos efeitos da cerimônia. Por tomarem essa atitude exclusivista os donatistas se achavam superiores ao demais cristãos e assim batizavam todos os cristãos que se filiassem a sua organização, eles viam a necessidade de se desligarem da igreja popular, porque ela era mundana (no conceito deles).
Os donatistas queriam mais rigor nas disciplinas e criticavam a igreja por acharem hipócritas, para eles a igreja devia conter somente os puros. Agostinho combateu com eloquência os donatistas e por volta do ano 400 ele escreveu: “TEBATISMO”, um tratado em que ele combateu a doutrina donatista de batizar os cristãos já batizados. No tratado EPISTELA 93, Agostinho falou o seguinte sobre a questão do rebatismo:
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“Há grande diferença entre um apóstolo e um beberrão; mas não há diferença nenhuma entre um batismo realizado por um apóstolo ou por um beberrão.”
A briga de Agostinho com os donatistas levou-o a fazer pesados comentários, inclusive incentivando o governo a tomar a atitude de força-los a se integrarem na igreja popular. Mas não foi preciso usar de violência, pois os vários debates acabaram enfraquecendo o movimento donatista que a partir de 411 começou a diminuir em numero ate que se extinguiu.
Aquele movimento donatista morreu, mas em toda história do cristianismo surgem vários grupos radicais que não aceitam as outras dominações evangélicas, mesmo quando as doutrinas são semelhantes, mas por pequenas diferenças acabam por se acharem donos da igreja verdadeira. Estes donatistas dos tempos modernos convidam os crentes de outras denominações a saírem dela, são pessoas de baixo nível cultural que são fortemente atraídos por ideias radicais. No século XX, no Brasil, surgiram dois grupos bem característicos como a Igreja Pentecostal Deus é Amor e a mais donatista ainda, a Congregação Cristã no Brasil, esta ultima batiza os crentes de qualquer denominação, porque eles se acham como sendo a igreja verdadeira.

DUALISMO
O dualismo é o conceito universal do DUO, isto é, dois. O dualismo em um sentido geral é a crença que o universo possui duas forças opostas que se contrabalanceiam e por isso se equilibram mutuamente. Não é novidade que ideias filosóficas como essas acabassem sendo incorporada na teologia cristã.
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Isso não quer dizer que toda forma de dualismo esteja errado, pois alguns conceitos dualistas são verdadeiros como a existência do mundo espiritual e material, a oposição do DIABO a DEUS, o bem e o mal, a luz e a escuridão, o masculino e o feminino etc.
Certos conceitos dualistas são profundamente heréticos como a afirmação que o mundo material é mal, esquecendo-se que Cristo ressuscitará o nosso corpo, pois a nossa carne será glorificada. Tais aberrações dualistas como essa ocorrem porque tais pregadores nem sabem que nas Escrituras “carne” (gr:sarkos) significa: o corpo ou natureza humana decaída.
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Quando o cristianismo começou a se espalhar pelo mundo os gnósticos tentaram sincretizarem-se com os cristãos, mas os lideres cristãos combateram o gnosticismo, pois estes ensinavam que a matéria é mal. No livro “TEOLOGINS HISTORIA” de Bengt Hãgglund, ele disse: “livrar as almas dos homens do seu cativeiro ao mundo material e traze-las de volta ao mundo do espírito.” Sobre esta base desenvolveu-se o conceito gnósticos de salvação.
Dizia-se consistir a salvação no livramento das almas do mundo material a fim de que pudessem ser purificadas e trazidas de volta á esfera de onde vieram. Por causa do conceito que a matéria é má os gnósticos recusavam-se a acreditar que o Cristo encarnou-se, para eles Jesus Cristo não era humano, e já nos dias do apóstolo João, os gnósticos foram duramente criticados na palavra de Deus por causa dessas ideias (leia I João 4.2).
Os dualistas gnósticos tinham duas éticas, uma era daqueles que, como se havia de esperar, por acharem o mundo material mal, pregavam libertação do espírito dos desejos ardentes da carne. Havia também os dualistas gnósticos que diziam que para se libertarem da carne deveriam entregar-se aos desejos mundanos (totalmente sem lógica, mas o pecado é isso mesmo).
Por considerarem a criação vil e má essas ideias foram taxadas pelos lideres cristãos dos primeiros dos séculos de “BLASPHEMIA CREATORIS.” Mani que no terceiro século criou o maniqueismo, também era dualista radical. O teólogo alemão SCHLEIERMACHER era contra o dogma DUALISTA, mas acabou indo para o outro extremo como podemos ler no seu livro DER CHRISTLICHE GLAUBE onde o autor aniquila o dogma dualista chegando mesmo a dizer que não existe uma forca em oposição a Deus negando a existência do Diabo.

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Que existe certo dualismo no mundo ninguém pode negar, pois Jesus mesmo pregou sobre os dois caminhos (Mateus 25.46), e sobre os dois senhores (Mateus 6.24).

EBIONISMO
O Ebionismo foi um movimento judaico dentro do cristianismo que ensinava aos novos cristãos a obedecerem à lei de Moisés. O nome ebionismo origina-se da palavra hebraica “evjonim” que significa “os pobres”, título honroso para os cristãos em Jerusalém.
Os ebionistas se dividiam em mais rigorosos ou menos rigorosos. Estes últimos pregavam aos cristãos gentios que estes deviam submeter-se a lei de Moisés, bem como a circuncisão e as leis alimentícias. Naturalmente os ebionistas detestavam os ensinos de Paulo, e rejeitavam as suas cartas.
Os cristãos judaicos escreveram alguns livros como “PSEUDO-CLEMENTE”, “PREGACÃO DE PEDRO,” e varias biografias apócrifas de Jesus. A visão deles sobre Jesus era a de um homem e não a de Deus encarnado, por isso eles rejeitavam a divindade de Cristo. Jesus era somente um homem com poderes divinos.
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Nas suas cartas, Paulo combateu os judaizantes de forma contundente, principalmente nas cartas aos Romanos, aos Gálatas e aos Colossenses. Os adventistas do Sétimo Dia são ebionistas, pois ainda acreditam que é necessário guardar o sábado. Contudo não percebem que o sábado é uma aliança de Deus com Israel e não com a igreja. Ninguém que estuda as cartas de Paulo pode continuar sendo um ebionista.

ESCOLASTICISMO
Escolástica ou escolasticismo (do latim scholasticus, e este por sua vez do grego σχολαστικός [que pertence à escola, instruído]) foi o método de pensamento crítico dominante no ensino nas universidades medievais europeias de cerca de 1100 a 1500. Não tanto uma filosofia ou uma teologia, como um método de aprendizagem, a escolástica nasceu nas escolas monásticas cristãs, de modo a conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega. Colocava uma forte ênfase na dialética para ampliar o conhecimento por inferência e resolver contradições. A obra-prima de Tomás de Aquino, Summa Theologica, é frequentemente vista como exemplo maior da escolástica. (5)
O escolasticismo protestante refere-se ao desenvolvimento teológico pós-reforma nas igrejas reformadas. Teve seu começo no final do século XVI seguindo o trabalho da segunda geração de codificadores da reforma, como Calvino, Heinrich Bullinger, Wolfgang Musculus, e Peter Martyr Vermigli e se estendendo para o século XVIII.
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Seu trabalho foi fazer uma obra de sistematização dentro das fronteiras criadas pelas grandes confissões reformadas do século XVI. Para tal, o método empregado foi o escolástico. O que isto significa? Richard Muller responde dizendo: “Ele é chamado de “escolástico” primeiramente por causa do método teológico que ele usou na formulação dos seus sistemas de doutrina”.  Muller prossegue lembrando-nos: “O escolasticismo do final do século XVI e século XVII foi auxiliado pelo aumento da abertura da teologia protestante para o uso da razão e filosofia, especificamente para o aristotelismo revisado do final da renascença”. E conclui destacando que não devemos confundir este escolasticismo com o medieval: “Admitindo o desenvolvimento em lógica, retórica e metafísica que tiveram lugar nos séculos XV e XVI, nem o método, nem a filosofia dos protestantes escolásticos foram idênticos aos dos pensadores medievais”. Certamente aí está a causa do preconceito de muitos que vieram a desconsiderar esta fase do pensamento reformado por causa das suas supostas ligações coma teologia especulativa e racionalista da Idade Média. Como nos trás à memória Arvin Vos: “O termo foi primeiro usado num sentido derrogatório pelos humanistas do século XVI. Ele é agora aplicado à qualquer teologia na qual a preocupação com a lógica e o método são proeminentes, onde teologia é concebida em termos de ciência”.
Sua influência durou duzentos anos. Por este simples fato já se torna algo digno da nossa atenção. Mas, não apenas isto. Podemos avaliar sua importância quando pensamos na obra magistral destes teólogos que se viram diante do desafio de apresentar de forma bíblica, racional e sistematizada o pensamento protestante em face dos ataques bem articulados da teologia católica romana. Esta seria, na divisão de Muller a primeira fase desta vertente teológica do protestantismo, que duraria de 1565 até 1640. Em 1545 através do Papa Paulo III, a Reforma foi respondida e condenada, como nos lembra Muller, pelas melhores mentes teológicas da Igreja Católica Romana. Entre estas mentes a do Cardeal Roberto Belarmino: “No curso desta polêmica, o Protestantismo desenvolveu uma síntese mais detalhada da sua própria posição teológica”.  Comenta Muller:
Esta fase seria caracterizada ainda por mais três fatores: a necessidade da terceira geração de líderes protestantes de declarar para si mesmos o significado da Reforma, o interesse entre os sucessores dos reformadores em manter e enfatizar a catolicidade da Reforma à luz da tradição cristã e a tentativa de formular o sistema teológico do protestantismo em larga escala, além do oferecido pela segunda geração de reformadores, com a reintrodução de categorias filosóficas. (4)
Não foi coisa de somenos importância o que esta gente realizou. O debate era intenso, do lado católico posições muito bem defendidas tendo ao seu lado o peso da tradição, o que podia levar muitos a pensar que não era possível que a igreja estivesse errada por tantos anos conforme os Reformadores haviam denunciado. Richard Muller define a teologia deste período como “aberta por um lado para a tradição medieval como seu uso da filosofia Aristotélica, mas do outro lado consciente do mandato da Reforma de não admitir nenhuma norma para a doutrina igual ou maior do que a Escritura”.
A segunda fase apresentada por Muller é a que se estende de 1640 até 1700, intitulada de era da alta ortodoxia, que veio a ser a grande era do sistema teológico. Foi uma era de considerável atividade intelectual nos campos da teologia, estudo linguistico, e exegese. Foi a era do debate sobre o federalismo de Cocceious, que veio a se tornar tão característico do pensamento reformado posterior onde a relação de Deus com os homens é vista sempre em termos pactuais e Adão sendo apresentado como o representante da humanidade no pacto das obras e Cristo, o segundo Adão como o representante da igreja no pacto da graça. Neste mesmo período questões teológicas altamente técnicas foram tratadas. Especialmente pela escola de Saumur. Não foi fácil manter a continuidade teológica com a Reforma enquanto também formulava um sistema teológico amplo numa era de método escolástico e revoluções no campo da ciência e da filosofia. O que mais importante aconteceu neste período no campo teológico em geral foi a perda da tradicional síntese Aristotélica de teologia, filosofia e ciência. Falando um pouco mais sobre o ethos intelectual Richard Muller diz:
A ortodoxia começou a sentir o impacto do racionalismo cartesiano e, na Inglaterra, da teologia natural do incipiente Deísmo. No final desta era, os sistemas racionalistas de Espinoza, Leibniz e Locke manifestaram ainda mais claramente a mudança no clima filosófico.
A fase final, na boa divisão histórica de Muller vai de 1700 até 1790, que poderia ser chamada de ortodoxia e racionalismo tardio. Aqui tem-se início o declínio e estagnação do escolasticismo protestante. Fora o impacto do ambiente intelectual o escolasticismo protestante foi transformado pelas forças do Pietismo, indiferentismo doutrinário e racionalismo. O Pietismo com sua ênfase na dimensão prática do cristianismo, o indiferentismo doutrinário subproduto de uma exaustão de debates teológicos sem fim em torno de minudências. O escolasticismo Protestante de Aristotélico tornou-se Cartesiano, para mais adiante ser esmagado pela crítica de Kant à metafísica racionalista. A razão não deveria ser vista como ponto de partida para a teologia. Porém, tal não ocorreu sem antes os ataques racionalistas serem feitos aos pressupostos sobrenaturalistas do escolasticismo Protestante.

ESPIRITUALISMO
O espiritualismo do ponto de vista teológico é o sistema doutrinário que valoriza o lado espiritual em questões da doutrina de Deus. O espiritualismo diz que Deus não tem corpo, Deus não tem forma física, essas afirmações são corretas porque se Deus tivesse e forma de homem como sugere a principio a descrição do homem. Não há como explicar porque Deus é descrito com asas no salmo 91.
Outra forma de espiritualismo são as ideias de não participação social do cristão, principalmente na política, como defendiam os anabatistas, também chamados de SCHWARMGEISTER. Neste mesmo tipo de crença estão as Testemunhas de Jeová e outros grupos evangélicos radicais como a Congregação Cristã no Brasil que são apolíticos.
Lutero discordou deste ponto de vista, ele achava que o cristão podia participar politicamente da sociedade, mas não aceitava a insurreição, mesmo que fosse por uma causa justa. O cristão, segundo Lutero, devia obedecer as autoridades porque esta é a vontade de DEUS. A única exceção seria se o governo exigisse algo contra a vontade de DEUS, ai sim, justifica-se as palavras de Atos 5.29: “Antes importa obedecer Deus do que os homens”.
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Portanto, não há razão para seguir este tipo de espiritualismo que condena a participação do cristão na sociedade. Uma interpretação correta do espiritualismo é apresentada na questão da CEIA DO SENHOR, defendida por Zwinglio e Carlstadt. Zwinglio corretamente interpretava “Este é o meu corpo” de forma simbólica o “é” (est) quer dizer “isto significa meu corpo”.
Imagine só se fossemos interpretar certas palavras ditas por JESUS, então quando Jesus disse: “Eu sou porta”, “Eu sou o caminho.” Se tomássemos estas palavra literalmente, em que ridículo não cairíamos ??? Uma das ideias mais perniciosa do espiritualismo refere ao ensino de Hermann Rahtmann, pastor em Denzig que dizia: “As Escrituras em si mesma são letras mortas”.
Ideia esta que foi aceita pelos crentes que não gostam de estudar as Escrituras, estes últimos, nos dias modernos frequentemente atacam teologia e os estudos bíblicos como “conhecimentos carnais”, o teólogo Gerhard combateu Rahtmann dizendo: “a palavra possui sua eficácia espiritual mesmo antes de ser usado (extra usum)”.
Essa ideia de Rahtmann não pode ser considerada nem como humana, mas diabólica mesmo, pois o povo evangélico sente medo de estudar as Escrituras porque pensar estar pecando contra Deus. Esses irmãos precisam entender que: “O ESPIRITO NÃO AGE AO LADO DA PALAVRA OU INDEPENDENTE DELA, MAS EM E COM A PALAVRA DIVINA QUANDO É OUVIDA OU LIDA”.

ESTOICISMO
Estoicismo foi uma filosofia da Grécia Antiga que dava ênfase as virtudes e a busca do conhecimento e rejeitava a vida mundana, voltada aos prazeres carnais. Este pensamento filosófico foi criado por Zenão de Cício, na cidade de Atenas, e defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional.
As virtudes era o bem supremo que os homens deveriam almejar. O vício é a ruína humana no pensamento estoico. Um verdadeiro sábio, segundo o estoicismo, não deveria sofrer de emoções externas, pois estas influenciariam em suas decisões e raciocínios.
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O termo estoicismo originou-se das palavras gregas “stoà poikile”, que significa “Pórtico das Pinturas”, o local onde o fundador desta doutrina filosófica ensinava em Atenas. Esta doutrina é dividido em três principais períodos: ético (antigo), eclético (médio) e religioso (recente). O período antigo compreende o tempo do seu fundador, Zenão de Cício (333 a 262 a.C), e foi concluída por Crisipo de Solunte (280 a 206 a.C), que teria desenvolvido a doutrina estoica e transformado no modelo que é conhecido na atualidade. O período médio compreende o tempo em que os romanos assimilaram esta filosofia, sendo o principal divulgador do estoicismo na sociedade romana Panécio de Rodes (185 a 110 a.C). Neste tempo absorveu pensamentos de Platão e Aristóteles. Posidônio de Apaméia (135 a.C a 50 d.C) foi o responsável por esta mescla. A terceira fase do estoicismo é conhecida como religiosa ou recente. O imperador romano Marco Aurélio foi um dos principais representantes do estoicismo religioso. Os membros deste período enxergavam a doutrina filosófica não como parte de uma ciência, mas como uma prática religiosa e sacerdotal.
O estoicismo durou cerca de 500 anos e grande foi a sua influência entre gregos e romanos. É uma doutrina eclética, e incorpora muitos conceitos dos filósofos anteriores e contemporâneos: Heráclito, Platão e Aristóteles, os cínicos.
       Zênon, o fundador do estoicismo, era considerado fenício por seus contemporâneos, e oriundo da Ilha de Chipre.  Praticamente nada se sabe de sua vida pessoal, exceto que chegou a Atenas ainda jovem, e que estudou com alguns filósofos que o precederam, como Estílpon de Mégara, o cínico Crates de Tebas e Xenócrates da Calcedônia, da Academia. (6)
        O funeral de Zênon em Atenas foi efetuado às expensas da cidade, uma vez que "tinha feito de sua vida um exemplo para todos, pois seguiu seus próprios ensinamentos" (Harvey, 1987).

EUTIQUIANISMO
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Também conhecida por Monofisismo, esta concepção de Cristo, formulada por Eutiques (ou Êutico, 378-454 d.C.), que fora líder de um mosteiro em Constantinopla. O Eutiquianismo ensinava que a natureza divina de Jesus havia absorvido a natureza humana, gerando consequentemente um ser com uma terceira natureza. Esta doutrina é preocupante, pois anula Cristo como verdadeiro Deus e como verdadeiro homem, o único que pode nos trazer salvação. Este falso ensino foi refutado em 451 no Concílio de Calcedônia.
Neste concílio reuniram-se 600 bispos, que pelo debate contra o Eutiquianismo formularam uma confissão de fé que elucidou a humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Esta confissão cristológica permeia a crença das igrejas Orientais Ortodoxas, Católica Romana e as igrejas oriundas da Reforma Protestante, salvo as correntes pseudo-cristãs que durante a história trouxeram falsos ensinos que perverteram a cristologia ortodoxa. (10)
Como o próprio nome sugere deriva-se do nome EUTIQUES que era abade de um mosteiro em Constantinopla, em geral ele concordava com a teologia Alexandrina (favorável a divindade de Cristo) e opunha-se a Cristologia (que negava a divindade de Cristo).
Eutiques se embaraçou todo quando disse que Jesus só tinha uma natureza e também dizia que Jesus não foi um humano como nós. Por negar a natureza humana de Cristo ele foi excomungado em Constantinopla, mas em 449 o bispo de Roma (chamado e leão I no rol de papas católicos) através de uma trama política eclesiástica reintegrou Eutiques no sínodo de Éfeso, este sínodo entrou na historia como o sínodo dos ladrões”.
Mais tarde as ideias de Eutiques foram rebatidas e condenadas pelo Concilio de Calcedônia que reformulou o credo Niceiano para combater as novas heresias como a de Eutiques.
O credo Calcedônio diz: “confessamos um Deus que é o mesmo com o Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que é perfeito em sua divindade e perfeito na humanidade (contra Eutiques) com alma racional e o corpo de uma essência com o Pai segundo a divindade e da mesma essência que nós, segundo a humanidade, igual a nós em todas as coisas, exceto que não tinha pecado (contra Eutiques), que segundo sua humanidade nasceu da virgem Maria, mãe de Deus para nossa salvação: um é o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito revelado em duas naturezas sem confusão, sem modificação (contra Eutiques), indivisivelmente e inseparadamente, sendo a distinção das naturezas de nenhum modo eliminada pela união, sendo preservadas as propriedades de cada natureza convergindo elas numa hipóstase (pessoas), não são separadas ou divididas em duas pessoas, mas um é o mesmo Filho e Unigênito de Deus, Logos, o Senhor Jesus Cristo”.
Como vimos o credo calcedoniano apresenta-se totalmente compatível com as Escrituras, menos no tocante a Maria na qual já se percebe a idolatria e o titulo blasfemo de mãe de Deus. Pois não se deve chama-la mãe de Deus só porque Jesus era Deus, assim como ninguém pode chamar a mãe do presidente da Coca-Cola de mãe da Coca-Cola só porque o seu filho é o “cabeça da empresa Coca-Cola”. O credo Calcedônio encarregou-se de combate a heresia de Eutiques, porque Jesus é verdadeiro homem (Mat. 26.24) e verdadeiro Deus (João 1.34).

FONTINIANISMO
O fontinianismo era o movimento dogmático de Fotino de Sirmio [aproximadamente em 376], ele havia aprendido com Marcelo de Ancira [aproximadamente em 374] que dizia: “Acreditava que a filiação de Cristo era necessária em dado momento e que o Logos seria então reincorporado ao Pai”. Fotino fazia uma separação da natureza divina da humana, distinguindo em Jesus Cristo duas pessoas: uma o Logos que era idêntico ao Pai e outra, o Cristo que era o homem, filho de Maria e nada mais além disso. O fontinianismo é mais outra heresia, pois as Escrituras dizem que Jesus Cristo é uma pessoa só e que ele reinara para sempre sem nunca separar o Logos do Cristo [como se isso fosse possível!] como dizem as Escrituras: “o Deus do céu, levantará um reino que não será jamais destruído...” [Daniel 2.44] ora se o Cristo vai reinar para sempre como ele poderá ser dissolvido como ensinou os fontinianistas? Não foi por acaso que quem dissolveu-se foi o fontinianismo...
Ao mesmo tempo Fotino declarou seu próprio sistema teológico, que afirmava que Jesus não era divino e que o Logos não existia antes da concepção de Jesus. Para Fotino, o Logos era simplesmente um aspecto de um Deus monoteísta, portanto ele negava a pré-existência de Cristo e via teofanias no Antigo Testamento como sendo do Pai e o Antigo de Dias (como em «Eu estava olhando até que foram postos uns tronos, e um que era Antigo de Dias se assentou;» (Daniel 7:9)) seria apenas uma predição. O historiador da Igreja Sócrates Escolástico identificou as crenças de Fotino com as de Sabélio, Paulo de Samósata e Marcelo de Ancira. Ambrósio de Alexandria, entre os muitos que acusaram Fotino de reduzir Cristo a um homem adotado por Deus, ou seja, a união entre o Logos e o homem seria uma de inspiração e concordância moral apenas. Ambrósio diz ainda que dois dos textos favoritos de Fotino eram «Pois só há um Deus e só há um mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus homem» (I Timóteo 2:5) e «mas agora procurais tirar-me a vida, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus» (João 8:40) e é fácil ver o por quê. Sínodos realizados em 345 e 347 excomungaram Fotino, mas ele permaneceu como bispo por causa do apoio popular. Um sínodo em Sirmio foi realizado e Hilário de Poitiers cita algumas de suas proposições arianas. Fotino então apelou ao imperador romano Constâncio II. Em outro sínodo em Sirmio em 351, Fotino argumentou com o semi-ariano Basílio de Ancira e Fotino foi deposto sob acusações de sabelianismo e adocionismo. Ele foi anatemizado e enviado ao exílio, onde ele escreveu diversas obras teológicas. Ele recebeu uma carta de aprovação de Juliano, o Apóstata em 362 que acusava Diodoro de Tarso, então engajado em combater as tentativas de Juliano de descristianizar o império, e que assim começava:“      Oh Fotino! Você de qualquer forma parece defender o que provavelmente a verdade, e chegou mais perto de ser salvo, e faz bem em acreditar que aquele que se propõe um deus não poderia de forma nenhuma ter nascido de um útero. Mas Diodoro, um padre charlatão dos nazarenos, quando ele tenta provar aquela teoria sem sentido sobre um útero através de artifícios e malabarismos, é claramente um esperto sofista daquela crença dos caipiras.(11)

GNOSTICISMO
O gnosticismo foi e é um movimento religioso sincretista que misturou elementos do cristianismo, da filosofia grega e outras crenças diversas. Os gnósticos negavam a encarnação de Cristo e por isso são chamados de anticristos pelo apóstolo João em sua primeira carta [I João 2.22; 4.2-3]. Os gnósticos foram também durante certo tempo criticados pelos primeiros lideres da igreja como os apologistas, alias estes diziam que o líder gnóstico era Simão, o mago de Atos 8 que desviou-se do caminho. Irineu, Hipólito e Tertuliano acusavam a filosofia grega de Platão, Aristóteles, Zenão e Pitágoras como principio do mal gnóstico.
Bengt Hagglund disse o seguinte: “o gnosticismo já existia quando o cristianismo surgiu; era então fenômeno religioso um tanto vago, uma doutrina especulativa da salvação com contribuição de várias tradições religiosas diferentes... Os muitos cosmológicos atestam sua origem babilônica, enquanto seu dualismo extremado o relaciona com a religião da pérsia”. O gnosticismo queria absorver o cristianismo, por isso era considerado o principal inimigo do cristianismo.
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HERRNHUTISMO
A Igreja dos Irmãos Morávios ou Herrnhuter Brüdergemeine é uma denominação protestante. Começou no século XIV na Boêmia, hoje República Checa. O seu nome oficial é UNITAS FRATRUM, que significa Unidade de irmãos que não deve ser confundida com a pequena unidade da Igreja de Irmãos, no Texas. Também é ocasionalmente referida como os Irmãos da Boêmia. Ela coloca uma elevada importância na unidade cristã, na unidade pessoal, na piedade, nas missões e na música. (7)
Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c5/Graf_Nikolaus_Ludwig_von_Zinzendorf_Denkmal_Herrnhut.jpg/220px-Graf_Nikolaus_Ludwig_von_Zinzendorf_Denkmal_Herrnhut.jpg
Pietistas Herrnhutistas era uma forma de pietismo ou puritanismo, sofreu um grande avivamento no final do século XVII, junto aos protestantes subterrâneos na Moravia e na Bohemia (onde o protestantismo era proibido). O movimento de Herrnhuter se espalhou na Alemanha, com a influência do jovem conde Nikolaus Ludwig von Zinzendorf que entrou para o movimento. Tudo começou com um grupo de famílias seguidoras da tradição da irmandade da Bohemia que fugiu da Moravia em 1722 e assentou-se na propriedade do conde, na Saxônia, onde fundaram Herrnhut. (Herrnhut tanto significa "sob o cuidado do Senhor" como também "montando guarda para o Senhor"). A cidade de Herrnhut tornou-se a comunidade mãe do que depois se tornou a igreja da Morávia.
A irmandade fez que Herrnrut se tornasse o centro de um programa mundial de pregação cristã. Em 1727, os primeiros missionários deixaram a sede para trabalhar entre os escravos nas Índias Ocidentais (Antilhas) em 1732. Na internet no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=VcRn54aYh3w pode-se assistir ao filme:Primeiros Frutos - A História dos Morávios”, na qual vemos a grande importância missionária de Herrnhuter para o movimento missionário cristão. Nas duas décadas seguintes missões seguiram para a Groelândia, o Suriname, a África do Sul, Argélia, e para o meio dos índios na América do Norte. O Conde Zinzendorf teve importância vital para o evangelismo global.
Herrnhut desenvolveu um tipo de comunidade em que a vida civil e religiosa eram integradas em uma sociedade teocrática, um protótipo para cerca de 20 assentamentos na Europa e na América. Movimento semelhante as comunidades cristãs do primeiro século de Atos 2, e semelhante aos Amish e menonitas. Os irmãos mantinham a si e aos projetos com uma indústria de artesanato. As comunidades garantiam a seus membros casas comunitárias, comida, roupa, emprego, e assumiam inteira responsabilidade pelo cuidado e educação das crianças seguindo teorias pedagógicas inovadoras e eficazes de Zinzendorf. Havia divisão comum do trabalho e da produção, e a comunidade cuidava das necessidades de seus membros em troca de seu trabalho.
Zinzendorf' procurou desenvolver pequenas igrejas dentro da Igreja, com a finalidade de revitalizar e assim unificar as igrejas em uma única comunhão Luterana. Perseguido pelo governo saxão, Zinzendorf foi banido de sua propriedade. No exílio o conde foi sagrado bispo da Unitas Fratrum (Irmandades Unidas). Formou novas irmandades na Inglaterra, Holanda e no Báltico. De 1741 a 1743 ele viajou à América, instalando congregações morávias em Nova York e na Pennsylvania. Retornou a Herrnhut em 1749 e lá presidiu a Igreja da irmandade até sua morte em 1760. (8)

HUMANISMO
Humanismo é um termo aplicado livremente para uma variedade de crenças, métodos e filosofias que colocam ênfase central no reino humano. Na maioria das vezes, no entanto, o termo é usado com referência a um sistema de educação e modo de investigação que se desenvolveu no norte da Itália durante os séculos 13 e 14 e mais tarde se espalhou pela Europa continental e na Inglaterra. Alternadamente conhecido como o humanismo renascentista, este programa foi tão ampla e profundamente influente que é uma das principais razões por que o Renascimento é visto como um período histórico distinto. Com efeito, embora a palavra “Renaissance” é de cunhagem mais recente, a ideia fundamental desse período tem origem no humanismo. Este movimento procurou suas próprias bases filosóficas em tempos muito anteriores e, além disso, continuou a exercer influência por muito tempo após o fim da Renascença.
Erasmo era um humanista pelo modo como privilegia os antigos, percebe-se o conhecimento profundo que possuía da mitologia greco-latina, que usava abundantemente na sua obra ELOGIO DA LOUCURA, mas também o seu sentido do livre arbítrio, de valorização da literatura patrística, pois os Pais da Igreja são, para os homens do renascimento, que criticavam os Doutores da Escolástica, os clássicos da Teologia, a atenção dada à paz, quer no que diz respeito à guerra, quer mesmo à concórdia entre as religiões, sendo a favor da unidade cristã, e tendo-se empenhado, fortemente, na sua defesa, ainda que no final, não tenha tido êxito, frente à ruptura operada por Lutero.
Uma das mais célebres obras filosóficas do Renascimento, "O Elogio da Loucura" foi escrito originalmente em latim ("Encomium Moriae") e publicada em Paris, no ano de 1511, pelo escritor, filósofo e teólogo Desidério Erasmo (1469-1536), dito Erasmo de Roterdã, porto holandês onde nasceu. (...) A perspectiva humanista considera o homem em sua totalidade, como ser formado de alma e corpo, destinado a viver no mundo e a dominá-lo. Nesse sentido, o humanismo faz mudar o foco dos estudos acadêmicos conforme eram orientados na Idade Média, deixando de lado a metafísica e afirmando a importância do conhecimento das leis, da natureza, da medicina e da ética. Isso constitui a base da ciência moderna. (9)
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IDEALISMO
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O idealismo é o centro dogmático de cada grupo, a ênfase que este ou aquele grupo ou movimento religioso destaca, este é o dogma central da sua teologia, por isso podemos dizer que o idealismo das Testemunhas de Jeová é o nome “Jeová” e o reino é o centro da sua teologia. O idealismo católico é Maria. Toda igreja é fundada com um ideal, que muitas vezes no transcorrer da sua história é deteriorada e corrompida pelos homens que integram estes grupos, homens que acabam mudando o foco, e geralmente colocando seus interesses pessoais em primeiro lugar.

LAPSARIANISMO
Estes três termos teológicos, discutido entre os pensadores calvinistas, lidam com a predestinação divina de certas pessoas para serem salvas. O termo lapsarianismo está relacionada com a palavra “lapso”. A queda da humanidade em pecado foi um "lapso" ou um "deslize" ou uma "queda" de seu estado original de inocência. O foco da lapsarianismo é a sequência da ordem na qual Deus determinou que as coisas acontecessem. Em que ordem as coisas sucederam-se? Deus criou a humanidade, permitiu a queda, elegeu alguns para a salvação e forneceu salvação para a humanidade? Em última análise, estas são questões que nós somos incapazes de compreender plenamente. O que realmente importa é que Deus criou a humanidade, e a humanidade pecou, e Deus providenciou a salvação através de Jesus Cristo.
Infralapsarianismo ("após o lapso") coloca os decretos de Deus na seguinte ordem: (1) Deus decretou a criação da humanidade, (2) Deus decretou a queda da humanidade, (3) Deus decretou salvar alguns dos caídos, e (4) Deus decretou a fornecer Jesus Cristo como o Redentor. Infralapsarianismo se concentra em Deus permitindo a queda e proporcionando salvação. Este é de longe a visão da maioria calvinista reformada.
Sublapsarianismo ("sob o lapso") é muito semelhante ao infralapsarianismo, colocando os decretos de Deus na seguinte ordem: (1) Deus decretou criar seres humanos, (2) Deus decretou  a queda, (3) Deus decretou fornecer salvação suficiente para todos, e (4) Deus decretou  escolher alguns para receber esta salvação. A única diferença entre infralapsarianismo e sublapsarianismo é se Deus primeiro decretou a fornecer a salvação através de Jesus Cristo e, em seguida, escolheu alguns para serem salvos, ou vice-versa.
Supralapsarianismo ("antes do lapso") coloca os decretos de Deus na seguinte ordem: (1) Deus decretou a eleição de alguns e a condenação eterna dos outros, (2) Deus decretou criar os eleitos e condenados eternamente, (3) Deus decretou permitir a queda, e (4) Deus decretou fornecer salvação para os eleitos por meio de Jesus Cristo. O Supralapsarianismo se concentra em Deus ordenar a queda, a criação de certas pessoas com o único propósito de serem condenadas, e, em seguida, providenciar a salvação para apenas aqueles a quem Ele havia elegido. Os representantes deste dogma foram Beza e Francisco Gomaro. Estes diziam que Deus predestinou o pecado, que para Deus, o pecado de Adão era de seu conhecimento que iria acontecer, e mais, que também Deus o havia fixado para que acontecesse. Esta é a forma mais radical do calvinismo. Das almas que morrem e vão para o inferno eles diziam que Deus simplesmente não ligou para estes. Este dogma de Deus contradiz-se com as Escrituras que diz: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas aceita o que o teme e faz o que é justo” (Atos 10. 34-35).
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LATITUDINARISMO
O Latitudinarismo é um conceito correto, desde que a palavras de Deus esteja em primeiro lugar como defendia vários representantes deste movimento. O Latitudinarismo defende que a palavra de Deus e a razão concordam plenamente entre si. Seu principal líder foi João Tiletson [1630-1694] e chegou mesmo a ser arcebispo de Cantuaria, alguns o consideravam subversivo e radical, mas não havia razão justificável para criticá-lo assim, os latitudinaristas não trocavam as Escrituras pela razão, apenas faziam uso da razão para argumentar em favor das Escrituras. Outra ênfase deles era a conduta moral que eles tinham em alta estima.

LIBERTINISMO
O libertinismo é um sistema de ética em que os seus adeptos defendem um estilo de vida mundano, um dos primeiros grupos cristãos libertinista foi os gnósticos, que diziam: “A independência da matéria só pode ser obtida quando a gente se entregava completamente às concupiscências da carne”.
Vários grupos cristãos desde os tempos antigos até os dias de hoje procuram um padrão ético frouxo onde cada um possa fazer o que quer sem ter que ser amolado por não andar debaixo de normas e condutas rígidas.
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Como muitos oficiais eclesiásticos só estão interessados em ajuntar discípulos, eles evitam o máximo de doutrinar a igreja, são amigos do mundo (Tiago 4.4), adeptos da porta larga (Mat. 7.13),se interessam somente em atrair multidão (Atos 20.30). Os libertinos procuram considerar mais o lado do homem do que o lado de Deus, eles se preocupam muito mais em agradar aos homens do que Deus.

MANDENISMO
O livro sagrado deles é o Santo Ginza, escrito em aramaico Oriental, uma língua também chamada Mandean. Quando o livro é fechado, ele é coberto por um cobertor e uma grande quantidade de flores. A sede da religião é no Iraque e são prováveis discípulos de João Batista que com o passar do tempo deturparam os ensinos de João. O rio Tigre era o lugar sagrado aonde faziam batismos. Este foi o antigo lugar para rituais de batismos semanais, mas substituído com a piscina do Manda. Dentro do principal manda de Bagdá, no Iraque há decoração no teto, com o principal símbolo da Mandenismo.
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 Dentro do principal manda de Bagdá, no Iraque: O salão da congregação tem uma gravura que retrata o batismo, João Batista no rio Jordão. É considerado um grupo sobrevivente da religião gnóstica, agora com cerca de 60 mil adeptos, que vivem no sul do Iraque e sudoeste do Irã. Sua principal cidade é Nasiriyya.
Eles são frequentemente chamados de cristãos de São João, como ele é tido como uma pessoa muito sagrada em sua teologia. Mandenismo em aramaico significa "conhecimento", ou seja, uma tradução de "gnosis" do grego.
Há duas teorias para suas origens. Ou eles podem pertencer a um grupo emergente da Palestina, que eram seguidores de João Batista. A outra teoria liga a eles o Sabaeans, originalmente da região Harran.
João Batista é central no seu ensino, como representante de sua fé. Jesus também é central, mas ele desempenha um papel totalmente diferente do que em religiões como o cristianismo e o islamismo, e é visto como um falso profeta, quase retratado como o mal.
O livro religioso central para Mandeans é o Santo Ginza, contendo tratos morais e narrativas mitológicas e teológicas, bem como hinos. Existem muitos outros livros menos centrais, principalmente escritas em aramaico oriental. O conteúdo desses livros varia, e muitos têm textos mágicos e exorcismos. A coleção de livros começou no tempo do Islã.
O batismo é central para o culto do Mandenismo, e o santuário é uma casa muito simples e pequena, com telhado inclinado. Em frente tem uma piscina, que é ligado a um rio vizinho.
O rio é chamado de 'Jordão' e é usado para o batismo. Toda a área é cercada por uma cerca alta ou uma parede. Batismos são realizados aos domingos, e todos os crentes passam várias vezes a cada ano por esta cerimônia. Batismo no Mandenismo pode ser comparado com a comunhão cristã, e a oração muçulmana.
O outro ritual central é a oração aos mortos, com recitações do Ginza. A alma é liberada a partir do terceiro dia após o momento da morte. As refeições são fundamentais nesses rituais. Sepulturas mandenistas tradicionais não são marcadas, identificando o corpo. Mas nos tempos modernos, esses costumes têm se ajustado aos costumes muçulmanos.
A ética do mandeismo não são diferentes da ética judaica e suas leis e se aplicam a todos os Mandenistas, homem ou mulher, líderes ou não. Monogamia, leis dietéticas, rituais e doação de esmolas são todos os atos recomendados.
De acordo com os mandenistas, o cosmos é composto de duas forças, o mundo da luz, localizados ao norte e o mundo das trevas, localizados ao sul. Há deuses menores, chamados reis. Entre as duas forças existem hostilidades, e é nas lutas entre os dois que o mundo se desenvolve, mas sem o consentimento do governante de luz. O homem é criado pelas forças das trevas, mas em cada homem, há uma "Adão escondido", a alma, que tem sua origem no mundo da luz.
A morte é o dia da libertação, a alma deixa o corpo, e começa em uma perigosa jornada para os reinos de luz. O inferno não é eterno, no fim do mundo, um julgamento é feito sobre quem serão eliminados para sempre, e quem subirão para os reinos de luz.
A origem da religião é difícil reconstruir por falta de informações. Eles poderiam ser uma continuação de tradições da Mesopotâmia, ou Palestina, ou ambas. A religião mandenista poderia ser pré-cristã, ou datada do 1º ou 2º século d.C. Pode realmente ser oriunda de João Batista, que fundou a seita, ou poderiam ser uma continuação da seita judaica que João Batista pertencia (os essênios).
No entanto, os elementos de sua linguagem indicam que a comunidade é de origem judaica.
Um dos textos dos mandenistas diz sobre um grupo chamado 'Nasoreans' (Nazarenos), a partir de áreas que provavelmente estavam na Jordânia de hoje, nos tempos das guerras judaicas, após a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.
Com a chegada do Islã no Iraque, em 636, os Mandeans foram considerados como o "povo do livro", como os misteriosos Sabians do Corão.
Mas os mandenistas ainda enfrentaram uma difícil relação com o Islã e Maomé, e são chamados em seus escritos de 'demônio Bizbat'. Os Mandenistas fugiram para as cidades dos pântanos, no sul do Iraque. Nos tempos modernos se mudaram de volta para as cidades, especialmente Nasiriyya, Bagdá e Basra, onde muitos deles trabalham como ouro, prata e ferro e construtores de barcos.
Mandianistas também são encontrados em cidades entre Bagdá e Basra. Alguns pequenos grupos de Mandianistas ainda vivem no Irã, em cidades como Ahvaz e Shushtar no canto sudoeste do país.
Hoje a religião mandianista esta gravemente ameaçada, como o recrutamento de novos sacerdotes é difícil, e assim, muitos cargos estão vagos. No entanto, há um forte sentimento de orgulho de sua herança, e muitas vezes eles alegam pertencer a uma religião mais velha do que o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
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MANIQUEISMO
No terceiro século surgiu Mani que fundou um grupo ascético e bem radical em sua forma de viver. Mani ensinava que o mal era inimigo de Deus e era um poder que limitava o domínio de Deus, um dos seus mais ilustres membros foi Agostinho.
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MENEZISMO
O Menezismo é o sistema doutrinário elaborado pelo teólogo VALDEMIR MOTA DE MENEZES que se auto denomina Escriba. Brasileiro natural de Itabaiana, Estado de Sergipe, nasceu em 15 de Maço de 1969 e ainda no século vinte escreveu diversos tratados de teologia nas quais expôs todos os ensinos das ESCRITURAS SAGRADAS suas principais contribuições para o entendimento das Escrituras foram:
1 – TANATOLOGIA
A criação do termo técnico “Tanatologia” separou o estudo sobre a morte do tópico ESCATOLOGIA como aparecia nos tratados teologia.
2 – JAVETISTA
Ênfase na necessidade dos cristãos se dirigirem a Deus com o nome que Ele se revelou nas Escrituras onde o nome JAVÉ aparece mais de 6 mil vezes e que os tradutores erradamente substituíram o nome pessoal de Deus pela expressão comum SENHOR ou o ETERNO.
3 – PURITANISMO
Enxerga a necessidade da Igreja se manter longe da maneira de viver dos ímpios, em tudo tendo boa conduta, no linguajar, nas vestimentas, na conduta social, na abstinência dos entretenimentos pecaminosos, procurando viver uma vida santa, pura e reta em todo o seu proceder.
4 – SIONISMO
A igreja nasceu da nação de Israel, e agora no fim dos tempos, deve demonstrar abertamente seu apoio ao Estado Judeu de Israel, pois o Messias do judaísmo, é o nosso eterno Salvador Jesus Cristo. Quem é contra Israel, é contra Deus.
5 – SÃ DOUTRINA
A igreja cristã deve ser chamada a viver na pureza doutrinária, seguindo o modelo bíblico com apenas dois ofícios (presbítero e diácono), posição de proeminência do homem na igreja, na sociedade e no lar, uso do véu pelas mulheres, e não indo além do que está escrito. Se a Bíblia não proíbe ingerir vinho ou bebida alcóolica, ninguém deve querer ser mais santos do que Jesus, pregando a abstinência total de álcool.

METODISMO
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O Metodismo foi fundado por John Wesley (1703-1791) que durante a sua vida foi oficial eclesiástico da igreja estatal da Inglaterra. Wesley recebeu forte influencia dos irmãos de Herrnhut, daí porque ele pregava que somente os méritos de Cristo são a base de nossa salvação, mas o metodismo genuinamente wesleyano não era libertino, pois as boas obras deveriam acompanhar a fé.
Wesley não enfatizava as brigas teológicas, mas a necessidade de viver em santificação. Outra característica do Metodismo era a importância que davam ao fenômeno do novo nascimento. O Metodismo sempre se opôs a doutrina calvinista da predestinação. Wesley defendia o ensino bíblico do livro arbítrio. A prática era mais importante neste sistema do que as questões teóricas.

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MILENISMO
De tempo em tempo a escatologia torna-se uma febre na religião cristã, então surgem pregadores anunciando a vida de Cristo baseado em sonho, revelação ou profecia, outros mais cautelosos procuram nas Escrituras algum sistema de interpretação ou formula matemática para dizer quando Cristo voltará.
Em meio a toda a euforia da vinda de Cristo nunca falta os teólogos que organizam a ordem dos fatos futuros conforme as profecias bíblicas, neste ponto é que o conceito milenista vai influenciar na formação do dogma escatológico de determinados grupos.
Toda a discussão tem como epicentro a profecia futurista no livro do APOCALIPSE capitulo 20. Desde os primórdios da igreja os conceitos milenistas citam este texto das Escrituras. Uns dos primeiros foram BARNABÉ E PAPIAS, ambos aceitavam a ideia judaica de que o mundo dos homens deveria durar 6000 anos, representado tipologicamente nos 6 dias da criação.
O historiador eclesiástico Euzébio registrou na sua obra Historia Eclesiástica III, 39 que na concepção de Papias e Barnabé o sábado representa o milênio e o domingo o novo mundo que deve ser criado após o milênio. A crença num reino milenar futurista do senhor Jesus na terra é sem duvida uma verdade incontestável.
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Os conceitos doutrinários sobre o milênio são:
- AMILENISMO
- POS-MILENISMO
Os amilenitas são os que não acreditam no milênio como uma era especial de estado de coisa. Os pós-milenistas são os defensores da ideia que o milênio já ocorreu, em especifico no período em que os papa mandavam na Europa e influenciavam todos os governos dos países cristãos.
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MISTICISMO
Sistema de crença baseado na experiência pessoal mais do que na teologia das Escrituras. Em meados de 1150, BERNARDO DE CLARAVAL tornou-se o mais antigo defensor do ponto de vista teológico chamado Misticismo. Outros místicos foram os teólogos de S. Vitor como Hugo e Ricardo. Nos livros destes teólogos se enfatizam bastante as experiências místicas dos seus escritores. TOMÁS DE AQUINO também tinha o seu lado místico, ele chegou mesmo a dizer: “Eu aprendo mais quando contemplo e medito na cruz de Cristo, do que quando leio os livros dos eruditos.”
Na Alemanha, já na Idade Média, surgiu um grupo chamado OS AMIGOS DE DEUS (Die Gottsfreunde) da qual destacou-se Meister Eckhart de Hochhein em meados de 1327, João Tauler em meados de 1361, Henrick Suso em meados de 1366 e Jan Van Ruysbroeck em meados de 1381. Dentre os amigos de Deus surgiu a obra “Theologia Deutsch” (Teologia Alemã), que era um escrito de teor místico.
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O misticismo tem o seu lado bom que é a ênfase na vida prática, na necessidade de cuidar da espiritualidade acima de tudo, na importância da comunhão com Deus, no privilégio de ter contatos sobrenaturais com o Senhor, e a entrega total e irrestrita a vontade divina. Sufocando e crucificando o velho homem. Todas estas coisas são elogiáveis nos místicos

MODALISMO
O dogma Modalista surgiu nos primeiros séculos do cristianismo, cuja teologia dizia que em Jesus só havia uma natureza: A divina. Somente havia em Cristo a alma do LOGOS DIVINO. Portanto, o erro do modalismo é que este dogma nega a existência de JESUS CRISTO HOMEM (I Timóteo 2.5). O modalismo não aceita que Jesus tinha uma natureza humana.
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O modalismo foi um sistema doutrinário que teve como oponente nos tempos antigo o grande teólogo TERTULIANO que não concordava com a cristologia modalista. HIPÓLITO, que foi bispo em Roma, e que viveu no terceiro século também se opôs aos modalistas, e aos gnósticos, escrevendo a obra; “Philosophoumena”, ou “A refutação de todas as heresias”. NOVACIANO que também foi presbítero em Roma por volta de 250 d.C. combateu os modalistas no que diz respeito a verdadeira humanidade de Cristo, e a distinção das pessoas na divindade.

MODERNISMO
Desde o século XIX diversos teólogos se propuseram a conciliar a religião com a cultura moderna, e a maneira de pensar dos homens. A própria organização católica reagiu contra o modernismo na teologia com a publicação em 1864, pelo Papa Pio IX, chamada “Sillabus de Erros”, nela, ele condenou o panteísmo, o racionalismo e o indiferentismo e as filosofias críticas e agnósticas. No século XIX e XX o teólogo Alfred Loisy advogou o criticismo histórico, dando uma interpretação humanizada das Escrituras, mas o próprio catolicismo rejeitou seu dogma modernista quando o Papa Leão XII escreveu a encíclica “Providentissimus Deus” (1893), dizendo favorável ao estudo das Escrituras, mas advertindo contra a crítica histórica da narrativa sagrada como estava fazendo Loisy, entretanto, o modernista Loisy continuou em sua posição e em 1903 escreveu o livro; “L’evangile et l’eglise”, e por isso foi excomungado em 1908, e o seu livro foi posto na lista dos livros perniciosos e proibidos.
Em 1910 o catolicismo chegou a posição radical de exigir dos seus sacerdotes e professores uma declaração por escrito que aceitaram o credo católico e repudiavam os dogmas do modernismo. Este juramento ficou conhecido como o JURAMENTO ANTIMODERNISTA.
Entre vários conceitos do modernismo podemos citar a tentativa de conciliar a criação com a Teoria da Evolução das Espécies, ou até mesmo negar completamente a narrativa da criação, humanizando o divino, não aceitando as doutrinas bíblicas, alegando que nela estão contidas as ideias de um povo e de uma época, e que é preciso rejeitar todos os conceitos considerados ultrapassados como a posição da mulher na sociedade e na igreja e coisas do tipo. Sobre o modernismo devemos nos lembrar da advertência de Paulo sobre aqueles que pensam que sabem mais do que Deus e querem refazer o Evangelho.
Destruindo os conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência a Cristo. (II Coríntios 10.5 ARC).

MONARQUIANISMO
O monarquianismo teve início no final do segundo século da Era Cristã, e suas bases dogmáticas estavam associadas a ideia de Deus ser unitário e não sendo trinitário. O monarquianismo tinha influência no pensamento grego sobre a divindade, pois o Deus supremo na concepção grega não podia se manifestar na carne ou no mundo material, eles também não admitiam mudanças e diversidades na divindade. O monarquianismo define duas formas opostas de pensamento sobre Jesus, uma vê nele somente o Deus (Ver modalismo) e outra vê em Jesus somente o homem (Ver dinamismo).
Ambas as formas de monarquianismo estão erradas, pois Jesus era Deus e Homem:
“E o verbo (LOGOS) se fez carne e habitou entre nós.” (João 1.14).
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MONASTICISMO
Dogma que predominou na Idade Média que pregava a vida enclausurada e dedicada a oração, jejum, e meditação. O maior expoente do monasticismo foi Benedito de Núrsia que viveu no sexto século. Ele criou regras monásticas que ficaram em uso dominante até o século XII. O monasticismo foi um sistema radical de consagração de vida a Deus, entretanto, não era um perfeito sistema de vida devotada, pois o conceito de santidade não era “uma luz no mundo”, mas “uma luz escondida do mundo”. O monasticismo foi importante porque criou interesse no estudo das Escrituras, formando grandes teólogos.
Lutero, em 1522 publicou a obra “DE VOTIS MONASTICIS” e neste livro ele expôs toda a sua conclusão sobre um estudo do significado e valor espiritual dos mosteiros. Lutero concluiu que a vida monástica era contrária a Palavra de Deus e a razão.

MONISMO
O Monismo é o dogma que atribui a Deus a única (mono) realidade verdadeira, tudo o que não é o único Deus, é o nada. O principal teólogo defensor deste pensamento foi o alemão MEISTER ECKHART que viveu no século XIV, na sua concepção monista, o mundo não foi exatamente criado, mas emanado de Deus, pois sem Deus nada pode existir. Meister explicava o mundo criado dizendo: “Os raios de luz não podem existir sem a fonte que é o fogo ou a lâmpada, assim o mundo não pode existir sem Deus.”
O monismo é místico e herético, pois ao enfatizar o Criador, acaba negando a criação. O mundo existe e por isso é uma realidade inegável, nós, os humanos, somos uma realidade, o mal é uma realidade, Satanás é uma realidade, não podemos eliminar coisas más simplesmente negando a sua existência, não podemos glorificar a Deus negando a sua obra criadora, e mais, cada cabeça pensante é diferente de Deus, e é uma realidade a parte Dele. O mundo pode ser passageiro (Mateus 24.35), mas isso não nega a sua realidade em dado momento do tempo.

MONOFISISMO
O monofisismo é o dogma que afirma que em Cristo havia uma só pessoa MONO (único) FÚSIS (ser). Um monofisita foi SEVERO DE ANTIOQUIA que usou a expressão já usada por Cirilo de Alexandria e Apolinário para defender esta teoria: “O Logos de Deus só tem uma natureza, a saber, a que se fez carne.” Entretanto, Severo não contradisse por completo o credo Calcedônio, pois admitia as duas naturezas em Cristo, uma humana e outra divina.
Outra forma de monofisismo foi a teoria pregada por JULIÃO DE HALICARNASSO, cujo ponto de vista foi muitas vezes chamado de DOCETISMO INCORRUPTÍVEL. Conforme este ensino o Logos imediatamente a sua encarnação já possuía um corpo glorificado ou deificado, sua carne não era como a nossa carne, o corpo de Cristo antes da ressurreição era igual ao corpo após a ressurreição.
Os monofisitas rebatiam a sã doutrina das duas naturezas de Cristo, até de forma escarnecedora chamando-a de “ÍDOLO DE DUAS FACES.” Uma subdivisão desta discussão é a controvérsia MONOTELETA, que afirma que em Cristo só havia uma vontade: a do Logos.
Discordamos dos tais, pois Deus não pode ser tentado (Tiago 1.13). Se Cristo foi tentado pelo Diabo (Mateus 4.1-11), e pelo pecado, quem na verdade sofreu a tentação foi a sua natureza humana. Portanto, em Jesus Cristo havia duas vontades.

MONTANISMO
O montanismo foi um movimento religioso dos primeiros séculos do cristianismo, tendo como um dos seus seguidores o teólogo TERTULIANO. O montanismo surgiu na Ásia Menor estendendo-se depois para a capital do império, Roma, e também para a África.
As principais ênfases doutrinárias dos montanistas eram:
A – A busca dos dons do Espírito Santo.
B - Santificação da vida.
C – Rigorosa disciplina ao pecador.
O montanismo foi considerado um grupo cismático e herético. Contudo, o montanismo foi um movimento bíblico bem semelhante ao movimento pentecostal conservador do século XX.
O conceito menos bíblico dos montanistas era negar a penitência para quem cometesse pecados considerados mortais como o adultério, assassinato e idolatria. Neste ponto, o bispo Calixto de Roma (217-222) se opôs a Tertuliano e Hipólito, autorizando os demais presbíteros a promulgar penitências para os que cometessem pecados graves.

MORALISMO
Os moralistas são também chamados de “legalistas”. Os líderes cristãos dos primeiros séculos eram sumamente moralistas. A tendência de toda a teologia da época era sempre ensinar a moralidade, a obediência a lei divina, e a imitação da vida de Cristo. O fundamento da doutrina dos chamados PAIS APOSTÓLICOS era que Jesus morreu por nós para nos capacitar a vencer o pecado e se libertar dos poderes da corrupção. A teologia só tinha valor através da submissão aos mandamentos e enfatizando a nova modalidade de vida. A graça só valia se houvesse obediência. Os líderes dos primeiros séculos também insistiam que a Lei de Moisés foi cancelada para nós. Contudo, estamos sujeitos a nova lei, a lei de Cristo.
Um dos maiores opositores aos moralistas foi Marcião que no ano 140 d.C. foi expulso da igreja e organizou sua própria igreja, refazendo o cânon bíblico, na qual desprezava a Antiga Aliança e certos livros de Paulo. O moralismo sempre foi um sistema que era enfatizado em cada época por este ou aquele grupo cristão. No século XVII o arminianismo também ressaltou a necessidade de viver uma vida moralista. No século XIX os puritanos também eram moralistas, no século XX muitos grupos no Brasil e no mundo também preservam a doutrina moralista.
As Escrituras são bem claras sobre a necessidade de sermos moralistas:
4  Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tiago 4.4)
14  Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; (Hebreus 12.14)

NATURALISMO
O naturalismo teológico punha em dúvida a necessidade da revelação divina, os naturalistas diziam que esta deveria ser substituída pela religião natural. Os naturalistas não acreditam que as Escrituras Sagradas tenham sido inspiradas por Deus, mas que é apenas um livro de leitura agradável e recheada de bons conselhos, porém, como qualquer livro humano contém erros e imprecisões.
Os naturalistas não consideram o valor real das Escrituras:
21  Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. (II Pedro 1.21).

NEO-ARIANISMO
O que é arianismo? Arianismo foi uma heresia cristã do século IV, que negava a divindade suprema de Jesus Cristo. Recebeu o nome de arianismo por ter sido criada pelo religioso egípcio Ário. Segundo o arianismo, o Filho de Deus, segunda pessoa da Trindade, não tem a mesma essência do Pai, sendo uma divindade de segunda ordem, já que foi criado. Os ensinamentos de Ário foram condenados no primeiro Concílio de Nicéia, onde se redigiu um credo estabelecendo que o Filho de Deus foi “concebido e não feito”, consubstancial ao Pai. As lutas internas dividiram os arianos. Os moderados concordaram com o credo de Nicéia, mas se mantiveram céticos quanto ao termo “consubstancial”. Os neo-arianos defendiam que o Filho tinha uma essência diferente da do Pai. No Concílio de Constantinopla, celebrado em 381, a ortodoxia de Nicéia foi reafirmada. O arianismo teve muita força entre os visigodos espanhóis. O rei Leovigildo mandou executar o próprio filho, Hermenegildo, por este ter abjurado de sua fé ariana. (12)

NEOLUTERANISMO
O neoluteranismo foi um movimento teológico dentro da denominação Luterana, cujo principal defensor deste novo sistema doutrinário foi o advogado FREDERICK JULIE STAHL, em meados de 1861, na sua concepção a “igreja” era considerada a instituição pela qual os dons de salvação são ministrados aos homens, tendo assim, a instituição tão grande valor quanto a Palavra de Deus, negando desta maneira os princípios do protestantismo que se formou baseando-se no slogan: “Somente nas Escrituras Sagradas temos a regra de Fé e Religião.”
O neoluteranismo foi uma forma de regresso espiritual. Portanto deve ser rejeitado como dogma. Entre os anos de 1855 a 1863 os neoluteranistas da Suécia publicavam as suas ideias no periódico chamado SVENSK KYRKOTIDNING (Notícias Eclesiásticas Suecas).

NEOPLATONISMO
Um sistema ideológico, filosofia espiritualista, tendendo para o misticismo, que floresceu no mundo pagão da Grécia e Roma, durante os primeiros séculos da era cristã. É de interesse e importância, não apenas porque é a última tentativa do pensamento grego em se reabilitar e restaurar a sua vitalidade exausto pelo recurso a ideias religiosas orientais, mas também porque ele definitivamente se prestou ao serviço do politeísmo pagão e foi usado como uma arma contra o cristianismo. Ela deriva seu nome do fato de que seus primeiros representantes se inspiraram nas doutrinas de Platão, embora seja sabido que muitos dos tratados que tinham invocado não são verdadeiras obras de Platão. Originou-se no Egito,  e não era um produto característico do espírito helenístico, foi em grande parte influenciado pelo pensamento religioso e tendências místicas do Oriente.
Para entender o sistema neo-platônico é necessário explicar o duplo propósito que atuava seus fundadores. Por um lado, o pensamento filosófico no mundo helênico mostrou-se inadequado para a tarefa de regeneração moral e religiosa. Estoicismo, o epicurismo, ecletismo e até mesmo ceticismo tinham o propósito de "fazer os homens felizes", e cada um, por sua vez, falhou. Depois veio o pensamento de que o idealismo de Platão e as forças religiosas do Oriente podiam muito bem ser unidas em um movimento filosófico que daria homogeneidade e unidade de propósito a todos os esforços do mundo pagão para salvar-se da iminente ruína, devido o crescimento fantástico do cristianismo. Tornou-se necessário, no mundo intelectual, impor aos cristãos, que o paganismo não estava totalmente falido, tentaram assim, reabilitar o politeísmo oficial do Estado, fornecendo uma interpretação que poderia ser aceitável em filosofia. O Estoicismo especulativo tinha reduzido os deuses a personificações de forças naturais; Aristóteles tinha definitivamente negado a existência deles; Platão zombou deles. Já era tempo, portanto, que uma nova filosofia restaurasse o antigo paganismo politeísta. Essa foi a origem do neoplatonismo.

Precursores do neoplatonismo

Entre os platônicos ecléticos que são considerados como precursores da escola neoplatônica, o mais importante são Plutarco, Maximus, Apuleio, Enesidemo, Numenius.
Amônio Sacas, um porteiro nas docas de Alexandria, é considerado como o fundador da escola neoplatônica. Desde que ele não deixou nada escrito, é impossível dizer o que suas doutrinas eram. Sabemos, no entanto, que ele tinha uma influência extraordinária sobre os homens como Plotino e Orígenes, que voluntariamente abandonaram os professores profissionais de filosofia para ouvir seus discursos sobre a sabedoria.
Plotino, um nativo de Lycopolis no Egito, que viveu 205-270 foi o primeiro filósofo sistemático da escola. Quando ele tinha vinte e oito anos de idade ele foi levado por um amigo para ouvir Ammonius, e desde então há onze anos ele continuou a lucrar com as palestras do porteiro. No final do primeiro discurso que ele ouviu, ele exclamou: "Este homem é o homem de quem eu estava buscando."
Porfírio, que em beleza e lucidez de estilo se destaca de todos os outros seguidores de Plotino, e que se distingue também pela amargura de sua oposição ao cristianismo, nasceu em 233, provavelmente em Tiro. Depois de ter estudado em Atenas, ele visitou Roma e lá tornou-se um discípulo de Plotino, a quem acompanhou. Ele morreu por volta do ano 303. De sua obra "Contra os cristãos" apenas alguns fragmentos, conservados em obras dos apologistas cristãos, chegaram até nós.
Jâmblico, um nativo da Síria, que foi aluno de Porfírio, na Itália, e morreu por volta do ano 330, era inferior ao seu professor no poder de exposição. Suas obras ostentam o título abrangente "Resumo das doutrinas de Pitágoras". Se ele ou um de seus discípulos é o autor do tratado "De Mysteriis Aegyptiorum" (publicado pela primeira vez por Gale, Oxford, 1678, e depois por Parthey, Berlim, 1857), o livro é um produto de sua escola e prova que ele, como Porfírio, enfatizou a magia, no esquema neoplatônica da salvação.
Esses defensores filosóficos do neo-platonismo direcionaram seus ataques contra o cristianismo, e durante o reinado de Diocleciano (284-305), não só perseguiram os cristãos de sua província, mas escreveram uma obra, até agora perdida, intitulada "O discurso de um amante da verdade, contra os cristãos". Juliano resume estafilosofia contra o cristianismo assim: "O governo divino não é através de uma sociedade especial (como a Igreja Cristã) ensinando uma doutrina autoritária, mas pela ordem do universo visível e como as instituições cívicas e nacionais." (Whittaker, "Neo-platônicos", p. 155).
Proclus, o mais sistemático de todos os neoplatônicos, é o principal representante de uma fase do pensamento filosófico que se desenvolveu em Atenas durante o quinto século, e durou até o ano 529, quando, por um edito de Justiniano, as escolas filosóficas em Atenas foram fechados. O fundador da escola ateniense foi Plutarco, cognominado o Grande. Seu mais ilustre estudioso foi Proclus, que nasceu em Constantinopla, em 410, estudado lógica aristotélica em Alexandria, e por volta do ano 430 tornou-se um aluno de Plutarco em Atenas. Ele morreu em Atenas em 485. Ele é o autor de vários comentários sobre Platão, de uma coleção de hinos aos deuses.
Os últimos neoplatônicos.
Proclo foi o último grande representante do neo-platonismo. Seu discípulo, Marinus, foi o professor de Damascius, que representou a escola no momento da sua supressão por Justiniano em 529. Damascius foi acompanhada em seu exílio para a Pérsia por Simplício. O nome do Olympiadorus é o último na longa linha de escolásticos que começou com Speusippus, o discípulo e sobrinho de Platão. (13)

NEOPROTESTANTISMO
Taiguara Fernandes de Sousa e Marcos Monteiro Grillo escreveram o seguinte artigo sobre o neoprotestantismo:
“Antes de abordarmos nosso tema propriamente dito, convém esclarecermos alguns pontos. Em primeiro lugar, é importante observar que não pretendemos fazer uma análise da gênese do protestantismo no século XVI, isto é, não faremos aqui um estudo exaustivo das razões históricas, políticas e teológicas que deram causa ao movimento que se convencionou chamar de Reforma Protestante. Também não abordaremos os movimentos, as ideias e os personagens que, dos primórdios da Igreja até o século XVI, poderiam constituir uma espécie de protestantismo avant la lettre. Em outras palavras, reconhecemos que questionamentos à ortodoxia e à autoridade da Igreja Católica sempre existiram, em maior ou menor grau, desde o nascimento da fé cristã, e deverão continuar a existir, não constituindo um fenômeno restrito ao já mencionado século XVI. Não obstante, um exame de todas ou mesmo das principais manifestações de insubordinação à autoridade da Igreja ao longo dos séculos extrapolaria as modestas pretensões deste artigo. Finalmente, é necessário deixar claro que não é nossa intenção analisar todos os casos que poderiam ser incluídos neste fenômeno ao qual decidimos dar o nome de neoprotestantismo. Com relação a esta última observação, convém-nos, para a compreendermos melhor, desenvolver o conceito de neoprotestantismo propriamente dito.
 Tendo em vista o objetivo precípuo deste artigo, por neoprotestantismo queremos designar, em linhas gerais, o fenômeno no qual indivíduos (tanto religiosos quanto leigos) dentro da Igreja Católica julgam-se no direito e até no dever de desacatar a autoridade da Santa Sé em nome de um suposto resgate daquilo que julgam ser a "verdadeira fé católica". Mais especificamente, queremos nos referir àqueles que rejeitam o Concilio Vaticano II considerando-o um "desastre" para a Igreja Católica, uma inaceitável "ruptura" com a Tradição e um inadmissível "desvirtuamento" da sã doutrina católica.
 Não é nossa intenção analisar os principais pontos do Vaticano II criticados pelos que aqui chamamos de neoprotestantes. [...] Primeiramente, é importante observar que, assim como os protestantes originários, os neoprotestantes agem (ou pelo menos parecem agir) motivados por uma certa noção de dever, como se fossem de alguma forma incumbidos de uma tarefa "irrenunciável", qual seja, a de reparar os "danos" causados pelo Vaticano II (no caso dos protestantes originários, tal tarefa seria "restaurar" a Igreja bíblica e primitiva). E aqui se deve frisar que, como os protestantes de outrora (e podemos dizer que também como os de hoje), os neoprotestantes são (ou pelo menos aparentam ser, e fazemos essa ressalva porque só Deus pode conhecer o íntimo de cada um de nós) tementes a Deus, têm uma fé e uma piedade profundas, e parecem agir com as melhores intenções. Com isso queremos deixar claro que partimos do pressuposto de que os neoprotestantes agem de boa-fé, e que realmente visam aquilo que entendem ser o melhor para a Igreja e para os fiéis.
 Mas, como dizíamos, antigamente os protestantes originários afirmaram que Roma deixara para trás a verdadeira religião, deixara Cristo de lado, tornara-se a "prostituta do Apocalipse", a "nova Babilônia"; por isso, munidos do dever de restaurar a "verdadeira" Igreja, eles protestaram contra esta "nova Roma-Babilônia" e fundaram suas novíssimas comunidades, onde estaria de volta a verdadeira e primitiva Igreja. Os neoprotestantes fazem, hoje, o mesmo que os protestantes originários: Roma perdeu a Fé, negou a verdadeira religião, deixou Cristo de lado, a Igreja não existe mais em Roma e a religião católica (a despeito do que definiu o Concílio Vaticano I) não permanece mais na Fé Apostólica. Por isso eles, os tradicionalistas anti-Vaticano II ou neoprotestantes – como resolvemos chamá-los neste ensaio – se arrogam o dever, a tarefa heroica, de restaurar a Igreja verdadeira, livrá-la da heresia que nela se instalou, trazer de volta Cristo – exatamente como fizeram os protestantes originários. [...] A Fraternidade Sacerdotal São Pio X, nos discursos de seus mais altos chefes, sempre deixou transparecer esta concepção nitidamente protestante.
 Dom Marcel Lefebvre, por exemplo, afirmou:
 "É evidente que somos nós que guardamos a unidade da fé, que desapareceu da Igreja oficial. [...] Onde está a unidade da fé em Roma? Onde está a unidade da fé no mundo? Fomos nós que a guardamos. [...] Tudo isso mostra que somos nós que possuímos os sinais da Igreja visível. Se ainda existe uma visibilidade na Igreja hoje em dia, é graças a vós. Estes sinais não se encontram mais nos outros. Não existe mais neles unidade da fé, ora, é precisamente a fé que é a base de toda a visibilidade da Igreja [...] É necessário, portanto, que saiamos do meio destes bispos, se não desejamos perder a nossa alma. Mas isso não é suficiente, posto que é em Roma que a heresia se instalou. Se os bispos são heréticos (mesmo sem tomar este termo no sentido e com as consequências do direito canônico) não é sem a influência de Roma. Se nós nos distanciamos deste tipo de gente, é com a mesma precaução que se toma para com as pessoas que estão com AIDS. Não queremos nos contaminar. Ora, eles estão com AIDS espiritual, uma doença contagiosa. Se quisermos guardar a saúde, não devemos aproximar-nos deles [...] É por isso que nós não podemos nos ligar a Roma." (in Guarde a Fé, publicação da Fraternidade no Rio Grande do Sul, Brasil, Jun/jul 2002; Apud: RIFAN, D. Fernando. Pedido de Parecer sobre Doutrinas da SSPX, disponível em: http://www.veritatis.com.br/article/5533; acesso em: dezembro de 2008)
 Ora, as palavras de Dom Lefebvre, de forma explícita, mostram um sectarismo genuinamente protestante, e aquela concepção de que eles – estes neoprotestantes – são os salvadores da Igreja: Roma está "com AIDS espiritual", "é em Roma que a heresia se instalou", foram eles, a Fraternidade, que "guardaram a unidade da fé", eles "possuem os sinais da Igreja visível". Para os neoprotestantes a Igreja Romana é novamente – como para os protestantes originários – a "Prostituta do Apocalipse", a "nova Babilônia", cheia de heresia, repleta de desprezo à verdadeira religião. Mas os neoprotestantes se eximem de utilizar os mesmo termos que os protestantes originários; não chamam a Igreja Romana de "Prostituta" ou "nova Babilônia"; em lugar disso, chamam-na, como cunhou Dom Lefebvre, de "Roma neo-modernista": uma nova Roma, uma nova Igreja, onde não mais está a verdadeira religião, mas apenas heresias e Modernismo:
 "Tanto em seus dogmas como em seu culto, a nova religião esvaziou a nossa religião católica de sua substância [...] Esta nova religião não é mais do que uma gnose" (MALLERAIS, D. Tissier de. Discurso das ordenações em Ecône, 27 de junho de 2002; apud idem).
Não obstante, como demonstrado a partir das palavras de seus próprios líderes, os neoprotestantes – assim como os protestantes originários – a despeito do que foi dogmaticamente definido pelo Concílio Vaticano I, acreditam que Roma perdeu a Fé, que não existe mais incólume a verdadeira religião na Sé Apostólica, e que a eles, aos tradicionalistas anti-Vaticano II e neoprotestantes, cabe protestar contra esta "Roma neo-modernista" e restaurar a verdadeira religião católica, que eles – não a Sé Apostólica – guardam.
Podemos observar que, assim como os protestantes do século XVI adotaram o princípio do livre exame da Escritura Sagrada, no sentido de que todo cristão teria não só o direito como também o dever de examinar individualmente (sem qualquer mediação) a Bíblia, os neoprotestantes julgam-se no direito e no dever de "examinar" (individualmente ou, mais comumente, sob a orientação de um ou mais "gurus") todas as orientações e determinações oriundas da Santa Sé desde o Vaticano II. Assim, os neoprotestantes aceitam umas coisas e rejeitam outras, recebem bem um documento e rejeitam outro. Um exemplo da aplicação do "livre exame" por parte dos neoprotestantes pôde ser visto por ocasião da publicação do Motu proprio Summorum Pontificum. O referido documento, recebido com entusiasmo no meio neoprotestante em geral (veja um exemplo dessa recepção aqui), foi promulgado pelo mesmo Papa que já se mostrou pública e reiteradamente a favor do Concílio Vaticano, que os neoprotestantes rejeitam. [...] Mas houve também aqueles que julgaram esdrúxulo e sem nenhum cabimento o Motu Proprio, e outros ainda que o consideram uma "armadilha" (vejam, por exemplo, a seguinte entrevista com Dom Richard Williamson da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X); à semelhança dos protestantes originários, também existem várias "denominações" entre os neoprotestantes, que vão desde um tradicionalismo anti-Vaticano II "moderado" (se é que se pode concebê-lo) até o sedevacantismo radical e a posterior perda da Fé...(14)

NEOTOMISMO
Neotomismo é um movimento de retorno à filosofia tomista da Idade Média, resgatada à luz de tendências intelectuais modernas e retomada especialmente a partir de 1879, por influência de uma encíclica do Papa Leão XIII.
O Neotomismo é a corrente filosófica que resgata o Tomismo, a filosofia do pensador italiano Tomás de Aquino, com o objetivo de resolver problemas contemporâneos. Para o Neotomismo, toda a filosofia moderna, a partir de Descartes, constituir-se-ia em erros e equívocos, responsáveis pela crise do mundo moderno.
Na visão neotomista, é inaceitável privilegiar interesses de ideologias como o neoliberalismo ou comunismo por exemplo, ou instituições como empresas e o governo, em detrimento do direito do ser humano a uma vida digna e tudo que ela acarreta: a liberdade, a saúde, o emprego e a habitação.
Para o neotomismo, toda a filosofia moderna a partir de Descartes se constituiria em erros e equívocos, responsáveis pela crise do mundo moderno. Entendida como um desvio metafísico e espiritual, essa crise só poderia ser superada com um retorno ao tomismo.
Neotomismo é uma corrente filosófica surgida no século XIX com o objetivo de reviver e atualizar a filosofia e a teologia de Tomás de Aquino -- o tomismo -- a fim de atender aos problemas contemporâneos. Baseia-se, como o tomismo, na filosofia aristotélica para esclarecer e justificar racionalmente a revelação divina do cristianismo.
As primeiras ideias neotomistas surgiram no Collegio Alberoni, de Piacenza, Itália, na segunda metade do século XVIII. O movimento, no entanto, afirmou-se com o grupo fundador da revista Civilitá Cattolica, publicada em Nápoles a partir de 1850 e posteriormente também em Roma. Destacaram-se nesse grupo Matteo Liberatore e Gaetano Sanseverino.
A consagração do neotomismo veio com a encíclica de Leão XIII Aeterni patris (1879) que, ao lembrar os ensinamentos dos doutores da igreja, afirma que a filosofia é a base da fé cristã. A partir dessa encíclica, multiplicaram-se os centros de estudo e difusão do tomismo, como o Instituto Superior de Filosofia, na Universidade de Louvain, os institutos católicos de Paris, Lyon, Madri e Washington, a Universidade de Friburgo, na Suíça, e outros.
Na encíclica Doctor Angelici (1914), sobre a escolástica, Pio XI declarou a inviolabilidade da doutrina de Tomás de Aquino, fundamento de toda ciência das coisas naturais e divinas. Em outra encíclica, Studiorum ducem (1925), o papa afirma que Tomás de Aquino é o guia a ser seguido pela juventude clerical e que esse gênio divino não é só o doutor Angélico, mas o doutor Comum ou Universal da igreja.
Entre os numerosos órgãos de divulgação do neotomismo incluem-se a Rivista di Filosofia Neo-Scolastica, de Milão, e a parisiense La Revue Thomiste. Como expoentes do movimento destacam-se Victor Cathrein, Désiré Mercier, os dominicanos Antonin Sertillanges e Réginald Garrigou-Lagrange, o franciscano Agostini Gemelli e o filósofo francês Jacques Maritain, cuja obra, quase toda traduzida para o espanhol e o português, tornou-se referência para os autores católicos da América Latina e Brasil. Alceu Amoroso Lima, conhecido como Tristão de Ataíde, e o padre Leonel Franca foram os mais destacados representantes do neotomismo no Brasil. O movimento neotomista perdeu força após a segunda guerra mundial. (15)

NESTORIANISMO
O Nestorianismo é o sistema dogmático elaborado por Nestório, segundo o teólogo Seeberg, Nestório foi grandemente injustiçado na história dos dogmas; “Nenhum dos grandes hereges da história dos dogmas ostentaram este nome tão injustamente como Nestório.” (Lehrbuch der Dogengeschichte, II2a ed 204).
Nestório era um teólogo da linha de Antioquia que não possuía tendências heréticas. Enquanto o seu mais ferrenho opositor era Cirilo, cuja formação teológica era semelhante aos alexandrinos, estes mesmos alexandrinos se referiam a Maria como sendo THEOTOKOS (Mãe de Deus), pois sendo Jesus Deus, logo, Maria era Mãe de Deus. Nestório não negava que Jesus possuía duas naturezas, mas para ele Maria era somente mãe do corpo físico de Jesus, opondo-se desta maneira a doutrina que Maria era a Mãe de Deus.
Nestório com suas palavras dizia:
“Maria deu a luz ao filho de Davi na qual o LOGOS passou a habitar. Por isso o máximo que se podia denomina-la era de XRISTOTOKOS. Distingo entre as naturezas, mas adoro apenas um.”
Nestório errou mesmo em afirmar que o Logos só veio habitar em Jesus na hora do nascimento, porque na verdade o Logos veio habitar no corpo físico na hora da concepção.
Outra afirmação correta de Nestório foi afirmar que Jesus ora manifestava características claramente humanas, tendo a sua vida aqui na Terra sido marcada pelo lado humano, mas que, em alguns momentos se manifestava o seu lado divino. Concordamos com Nestório, pois realmente Jesus quando disse que não sabia o dia e a hora da sua vinda, ele estava enfocando o seu lado humano, que não tinha a compreensão do lado divino. Mas quando Jesus ressuscitou e disse: “Todo o poder me foi dado nos céus e na terra”, ele quis dizer: “Eu agora ressurjo com a minha mente divina em plena atividade, e por isso sei que hora eu hei de vir a Terra.”
A grande controvérsia entre Nestório e Cirilo provocou um tumulto dogmático, o que gerou a convocação de um novo concílio, desta vez, na cidade de Éfeso. A ideia de Cirilo, patriarca de Alexandria venceu, e Nestório foi excomungado como herege, neste tempo Nestório recebeu mais de uma dúzia de maldição que foi publicada em declarações por escrito.
O dogma nestoriano estava de acordo com os ensinos de Tertuliano que anteriormente já havia afirmado que Cristo tinha duas naturezas, mas era apenas uma pessoa. No ano de 451, por ocasião do Concílio de Calcedônia, a discussão teológica sobre o dogma nestoriano voltou a ser debatido.

NOMINALISMO
Roscelino era um dialético que sustentava o dogma nominalismo e que por volta de 1109 foi combatido pelo teólogo Anselmo de Cantuária no livro DE FIDES TRINITATES.
A fórmula teórica do nominalismo é assim:
“Os conceitos universais do homem nada são além de figuras de palavras ou nomes, que usamos para identificar o que é comum a vários objetos da mesma categoria.”
Na prática o nominalismo acaba negando o dogma da triunidade, pois as três pessoas da triunidade deveriam ser vistas como três substâncias distintas, em outras palavras, Deus não é um, mas três deuses, pois é isso que o nominalismo nos leva a crer, ou então seremos obrigado a negar a distinção das três pessoas e adotar um conceito unitariano.
O nominalismo não reconhece a distinção entre Deus e as suas relações, como no caso da doutrina trinitária que distingue a substância de Deus, e as pessoas da triunidade.
Anselmo, combatendo os nominalistas dizia que os conceitos que não são percebidos pelos sentidos, mas que são formados pela nossa mente, representam algo real, uma espécie mais elevada de inteligência (universaliza sunt res). Anselmo está certo, pois a ciência tem si desenvolvido extraordinariamente baseando-se nesta concepção do REALISMO. Quase todo o avanço do conhecimento humano sobre o cosmo principiou-se do conhecimento da capacidade mental de entender o universo, sem que os sentidos humanos o pudessem provar imediatamente. Tomás de Aquino que também contrariava os nominalistas dizia que cada objeto ou coisa é real, e não somente uma denominação atribuída pelos homens.
“Universais antes das coisas, nas coisas e depois das coisas” (universaliza ante res, in rebus, et post res).

PATRIPASSIONALISMO
Patripassionalismo foi o dogma que apareceu e certo período da história da igreja que afirmava com tanta ênfase que o Cristo era Deus, mas de tal maneira que chegavam a ensinar que foi o Pai que sofreu na cruz. Os apologistas não deixaram de criticar tal heresia. Tertuliano mesmo escreveu o ADVERSUS PRAEXEAN para rebater as ideias do patripassionalismo.
Tertuliano dizia: Foi o Filho que clamou ao Pai na cruz, foi o homem que sofreu. Porém, sendo Jesus Deus, Tertuliano frequentemente usava as expressões DEUS MORTUUS e DEUS CRUCIFIXUS. O defensor do patripassionalismo não suportou as críticas do teólogo Tertuliano, por isso PRAXEAS voltou atrás dos seus ensinos e depois começou a dizer que O PAI SOFREU COM O FILHO.

PELAGIANISMO
Dogma de PELÁGIO, natural da Irlanda, por volta do ano 400 começou a pregar em Roma um sistema dogmático de rigorosa disciplina moral, de Roma, foi fazer missões no norte da África. O pelagianismo teve como principais discípulos Celéstio, Julião e Eclano. O maior adversário teológico do pelagianismo foi Agostinho de Hipona. Os teólogos do oriente em geral rejeitaram o pelagianismo, e no concílio de 431, foi repudiada como herética.
A grande e ferrenha briga travou-se na questão da PREDESTINAÇÃO E DO PECADO ORIGINAL.
Antes de descrevermos este duelo teológico entre Pelágio e Agostinho, devemos nos relembrar qual era o conceito da igreja primitiva sobre a predestinação conforme nos relata BENGT HÄGGLUND, no livro THEOLOGINS HISTORIA:
“Na teologia da Igreja Primitiva a ideia do livre arbítrio era pressuposto básico, tanto no ocidente como também entre os gregos. A pregação da lei era feita tendo isto em mente, o mesmo acontecendo também com o processo de educação. Sem essa liberdade não se podia considerar o homem responsável por seus atos; igualmente suas transgressões não poderiam torna-lo culpado.”
Pelágio pregava que o homem é totalmente livre para escolher o bem e o mal, ele pode escolher entre a maneira correta e a maneira errada de agir. O erro de Pelágio é que ele não considerava o pecado como uma força que opera na vontade do homem, o induzindo constantemente para escolher o mal. O pecado para Pelágio está na ação, o homem está livre para agir, se ele agiu mal, é porque escolheu o mal. De fato o homem sempre vai responder pelos seus atos diante de Deus, mas temos que considerar que herdamos de Adão uma natureza pecaminosa que tem tendências fortes para escolher o que é pernicioso.
Por não aceitar esta tendência de pecar que há na natureza, Pelágio dizia que o pecado era defeito da VONTADE e não da NATUREZA.
Pecado para Pelágio é somente aquilo que o homem faz, e por isso não podia ser herdado. Ele também dizia que as crianças pequenas estão livres da condenação porque são incapazes de escolher consciente o mal. Porém, além da incapacidade para pecar temos que admitir que as crianças nascem com a natureza pecaminosa, e portanto, só podem ser salvas, porque o sacrifício de Cristo garante as crianças o direito da salvação, pois com o sacrifício de Cristo, não basta somente a natureza pecaminosa para condenar o homem, é preciso que o homem também pratique o pecado. Aliás, todos nascemos com o nosso nome escrito no Livro da Vida, somente quando o homem passa a praticar o pecado por livre deliberação é que ele tem o seu nome riscado do Livro da Vida.
Pelágio não descartava com isso a GRAÇA, para ele a graça já consistia no livre arbítrio, na capacidade do homem alcançar o que é bom, na pregação da Palavra de Deus, e nos exemplos de Cristo. Porém, não considerava como um estado de privilégio diante de Deus.
Agostino combateu Pelágio em vários escritos, como: DE SPIRITU ET LITTERA, ano de 412 e  DE NATURA ET GRATIA, do ano de 415, e CONTRA JULIANUM, no ano de 421.
Em certas coisas Pelágio tinha razão, em outras, realmente foi herético, Agostinho também errou em defender a predestinação, mas em outras coisas acertou. Até hoje usamos terminologias criadas por Agostinho como: “Antes da queda, depois da queda, depois da conversão e na perfeição” (ante legem, sub lege, sub gratia e in pace). Agostinho também errou ao afirmar que o batismo retira o pecado original, e que é necessário batizar as crianças recém-nascidas para que elas possam ser salvas, caso contrário elas poderiam ser condenadas, porém, as orações pelos mortos poderiam, em alguns casos, substituir o batismo. Como se vê, a heresia de Agostinho neste ponto é bem pior do que o pelagianismo.
O pelagianismo é o extremo da responsabilidade do homem para com a sua salvação, onde praticamente cabe exclusivamente ao homem a decisão da sua salvação.
O Agostinianismo que se opôs ao pelagianismo é outra aberração radical, pois põe em Deus toda a responsabilidade pela salvação do homem, inclusive em predestinar quem deve e quem não deve ser salvo.

PENTECOSTALISMO
O termo pentecostalismo é oriundo da festa do dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os cristãos no cenáculo, em Jerusalém, conforme descrito em Atos 2. Todo aquele que crê na atualidade daquele fenômeno é chamado de “pentecostal”.
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O movimento Pentecostal na verdade sempre existiu, pois a igreja primitiva era pentecostal, nem mesmo os seus oponentes discordam disso. Não haveria razão para se extinguir os dons do Espírito Santo, haja vista que as necessidades humanas continuam as mesmas. Consideram-se pentecostais aqueles que falam línguas, expulsam demônios, e curam os enfermos. Os cultos nos movimentos pentecostais são mais descontraídos, e menos apegados aos rituais. A participação do povo no culto é muito mais espontânea e livre. As pessoas simples e de pouca cultura podem participar quase sem restrições, a teologia chega a ser tratada até com certo desdenho por alguns grupos mais radicais. Os conceitos morais são mais rígidos e há uma ênfase constante na necessidade de ser guiado pelo Espírito Santo, sendo a terceira pessoa da triunidade muito mais lembrada no culto.
Com a deformação da igreja, lá pelo século quarto, devido o ingresso de muitas pessoas que entraram na igreja com hábitos pagãos, o Espírito Santo começou a perder espaço na vida da igreja. O movimento do Espírito voltou a ser destaque no final do século XIX, surgindo em círculos de oração, na qual as pessoas começavam a falar em línguas, muitos destes foram excluídos da sua denominação, e assim foram se organizando em novos grupos. Os quakers ingleses tiveram grande importância na formação do novo país no continente recém-descoberto pelos europeus. Assim, os Estados Unidos se tornaram um grande centro do movimento pentecostal, especialmente o movimento da Rua Azuza, considerado o epicentro do pentecostalismo moderno que continuou crescendo pela América Latina, África e Ásia.
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O pentecostalismo surgiu de uma necessidade das pessoas viverem uma fé mais intensa e que elas pudessem exteriorizar suas emoções religiosas. O formalismo das denominações tradicionais, tanto o catolicismo, como o protestantismo não satisfaziam a necessidade dos cristãos, por isso, nos séculos XX e XXI começou a ter dimensões gigantescas. Até mesmo no catolicismo surgiu versões do pentecostalismo chamado de Renovação Carismática.
Teologicamente o pentecostalismo está correto em muitos pontos, por exemplo, a questão de expulsar demônios, não há justificativa para não haver reunião de libertação, será que os demônios que manifestavam nos dias apostólicos se aposentaram? Ou será que morreram? Ou será que se tornaram bonzinhos?
Quanto às curas milagrosas, será que não há mais doentes? Ou será que Deus deixou de ser misericordioso?
Não há razão lógica nem bíblica para rejeitar o poder sobrenatural do Espírito Santo. O que de fato há são líderes religiosos com o medo que leigos possam se tornar mais dependentes de Deus, e menos dependentes deles.
O pentecostalismo também tem seu lado negativo, muitas infantilidades existem por trás dos supostos “mover do Espírito”. Além disso, alguns maluquinhos extrovertidos são capazes das maiores macaquices para conseguir atrair discípulos após si. Outros desprezam o estudo teológico, e assim, qualquer pessoa, sem o menor preparo bíblico pode tomar a frente da igreja, e não é por acaso que os pentecostais estão sempre se dividindo, se alguém se levanta e diz que Deus o mandou formar uma igreja, quem vai se atrever a contrariar Deus? O pentecostalismo nos dá a graça de ser usado pelo Espírito Santo, mas infelizmente muitos pentecostais conseguem inverter isso, usando o Espírito Santo para benefício próprio.

PIETISMO
Por volta do século XVII o movimento pietista desenvolveu-se no seio da denominação luterana. O pietismo era uma nova forma de viver para Deus com uma teologia bem definida. Este movimento procurava mostrar que o conhecimento de teologia era insuficiente para que as pessoas agradassem a Javé, era preciso algo mais vivo, uma nova ordem de vida santificada. Alguns dos pietistas mais famosos foram: João Arndt, João Gehard, Teófilo Grossgebauer e Henrique Muller.
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Inegavelmente o maior pietista, considerado o teólogo do pietismo, foi FILIPE JACÓ SPENCER (1635-1705), sua principal obra chama-se PIA DESIDERIA (1675). Os principais ensinos de Spencer foram:
1 – As Escrituras Sagradas deveriam ser estudadas mais intensamente pelos fiéis, devendo se organizarem em associações para promover a piedade (COLLEGIA PIETATIS).
2 – Os cristãos deveriam exercer o sacerdócio universal, admoestando uns aos outros e promovendo a cura da alma.
Spencer ainda escreveu importantes obras teológicas como: THEOLOGISCHE BEDENKEN I, II, III, IV (1700 em diante), e DIE EVANGELISCHE GLAUBENSLEHRE IN EINEM JAHGRANG DER PREDIGTEN (1688).
A teologia pietista era voltada para a questão da salvação, para a conversão individual, a conduta da vida. Em contrapartida o pietismo desprezava a Metafísica e a Filosofia, rejeitando as discussões filosóficas no campo da teologia. Spencer realmente não poderia ser mais feliz em sua teologia. Porém, alguns radicais do movimento pietista chegaram a criticar algumas passagens da Antiga Aliança (Antigo Testamento) por acharem que tais textos eram contrários à moralidade.
As experiências espirituais e sobrenaturais eram tidas em alta estima pelos pietistas, e as pessoas eram encorajadas a darem testemunhos dessas experiências.
Outro pietista de renome foi August Hermann Francke (1727) que sobressaiu-se sobre outros grandes nomes do pietismo como: João Jacó Rambach, João Anastácio Freylinghausen, Joaquim Lange, Joaquim Justus Breithaupt.
O pietismo se concentrava no estudo bíblico com a finalidade de se devotar a Deus, ao contrário de muitas correntes teológicas que liam as Escrituras para fazer crítica textual, e o pior, em uma linguagem não usual pelo povo.
A interpretação das Escrituras passou a ter nas mãos dos pietistas mais valor espiritual e místico do que literal, o que consideramos algo perigoso, e que dá vazão para se manipular o texto de acordo com a criatividade dos intérpretes. Algumas coisas no pietismo são exageradas, como Francke queria que as pessoas apontassem para uma experiência clara de conversão, em que elas pudessem sentir o momento em que foram salvas.
Ser guiado pelo Espírito Santo é uma ênfase do pietismo, o cristão deve procurar sempre a orientação de Deus antes de tomar alguma decisão importante em sua vida, agir pela própria vontade é pecado.
Os prazeres mundanos também eram repudiados como coisas da carne, um pietista de verdade jamais se entregaria ao sensualismo da dança, nem aos vícios e a competição dos jogos e esportes. As novelas de TV com certeza seriam proibidas pelos pietistas do século XVIII já que o teatro era considerado abominação.
A história da igreja era vista de maneira desdenhosa pela maioria dos pietistas intelectuais como Godofredo Arnold (meados de 1714), na sua obra UNPARTEYSCHE KIRCHEN – UND KETZERGESCICHTE criticou fortemente a igreja secular, afirmando mesmo que somente os pequenos grupos que muitas vezes eram tratados como seitas eram os que de fato preservavam a semente do cristianismo.
O pietismo apesar de ser muito voltado para a vida prática, ainda assim gerou teólogos de peso-pesado para a história dos dogmas, entre eles podemos apontar JOÃO ALBRECHT BENGEL (meados de 1752), ele era um dos líderes de Wurttemberg. Bengel escrevia literatura devocional, porém, sua maior obra foi GNOMON NOVI TESTAMENTI, foi ele quem dividiu os manuscritos em grupos de acordo com o local de sua origem, e forneceu a base para a moderna crítica textual, como o manuscrito CHESTER BEATTY (por estar na cidade inglesa de Chester), o códice Vaticano de 1209 (por estar guardado na biblioteca do Vaticano) etc.

PLATONISMO
Platonismo tem uma preocupação intensa pela qualidade de vida humana sempre ética, muitas vezes religiosa, e às vezes política, baseada em uma crença em realidades eternas e imutáveis, o que Platão chamou de formas independentes do mundo percebidos pelos sentidos. O Platonismo vê estas realidades, tanto como as causas da existência de tudo no universo.
É essa crença em valores absolutos enraizadas em um mundo eterno que distingue o platonismo das filosofias de antecessores e sucessores imediatos de Platão e de filosofias posteriores inspiradas por eles, desde o naturalismo imanentista da maior parte da filosofia pré-socrática. O maior discípulo de Platão foi Aristóteles. Os grandes teólogos do cristianismo tomaram emprestado o pensamento de Platão e Aristóteles para explicar as verdades espirituais. (16)

PRESBITERIANISMO
Sistema de governo eclesiástico da igreja primitiva, mas que, por motivos de ganancia pelo poder e política, acabou sendo substituído na história da igreja pelo governo episcopal. O governo presbiteriano voltou a ser implantado com o teólogo João Calvino que elaborou em seu sistema teológico chamado INSTITUIÇÃO DA RELIGIÃO CRISTÃ, o dogma do governo na igreja em que os presbíteros dirigem a igreja como um conselho espiritual, na qual o presbítero-principal é o porta-voz. O presbiterianismo também enfoca as Escrituras como autoridade máxima para legislar e para guiar a conduta do cristão. A denominação presbiteriana segue os princípios básicos de Calvino. Nas Escrituras só há registros de dois ofícios: Presbítero e diácono. O ofício de presbítero é também chamado de bispo (I Timóteo 3.1-13).
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PROTESTANTISMO

O termo protestante originou-se da atitude de Martinho Lutero em PROTESTAR contra os erros do catolicismo. Lutero pregou na frente de uma catedral as suas 95 teses, na qual ele convocava a igreja ao arrependimento, inclusive condenando o mercantilismo da fé praticado pela igreja e pelos sacerdotes, como a vendas de indulgências (perdão dos pecados), a simonia (venda de cargos eclesiásticos), a adoração de imagens de esculturas, a oração pelos mortos, entre outros erros denunciados pelo protestante Lutero. Por sua afronta ao poder papal, Martinho Lutero foi excomungado, pior para o catolicismo que perdeu a unidade da organização da igreja no ocidente, e Lutero acabou sendo o chefe da nova denominação, ainda que essa nunca foi a sua vontade, ele queria REFORMAR e não DIVIDIR.
Todos os que contrariam o Vaticano são taxados pelos católicos de protestantes, obviamente que nem todos os protestantes tiveram ou tem a intenção reformadora que havia no coração de Lutero, muitos se afastaram do catolicismo e formaram suas próprias organizações por pura ambições particulares, como a ridícula divisão da organização Anglicana, cujo rei inglês Henrique, queria divorciar-se, e como Roma não lhe concedeu esta permissão, o canalha, aproveitou-se para dividir a igreja e se auto intitulou líder máximo da igreja na Inglaterra. Os oficiais eclesiásticos, para agradarem o rei, descaradamente o apoiaram, todos eram vigaristas.

PURITANISMO

Os puritanos foram formados de cristãos insatisfeitos com o rumo da igreja da Inglaterra. A supremacia do rei sobre a igreja não dava para engolir. Muitos estavam descontentes com o ACORDO ELIZABETANO. Os principais líderes puritanos foram Tomás Cartwright e Walter Travers. Os puritanos queriam uma purificação da igreja da Inglaterra, e não aceitavam a interferência do Estado nas questões eclesiásticas Um dos maiores inimigos dos puritanos era William Laud, arcebispo na Cantuária a partir de 1633 que era bem conhecido pelas suas táticas malignas e inescrupulosas de solicitar ajudar aos políticos e poderosos para dar uma “mãozinha” para impor suas ideias. Mas suas armas foram a sua própria morte, pois com o regime de Cromwell, ele foi preso e condenado a morte.
Os puritanos eram moralistas que combatiam as vaidades, tinham um princípio austero no tocante as roupas e aos vícios, os cultos tinham característica em ser menos ritualísticos. Outros puritanos famosos foram:
O poeta JOÃO MILTON (Paraíso Perdido, 1667).
JOHN BUNYAN (Batista, autor de O PEREGRINO, 1678).

ROMANISMO
A Igreja Católica Romana abrange centenas de milhões de membros, espalhados por toda a terra, mas principalmente entre as raças latinas, no Sul da Europa e América. O catolicismo tem sede em Roma onde está estabelecida a quase dois milênios. Sua hierarquia tem no topo o Papa que tem a pretensão em ser nada menos que o Vigário infalível de Jesus Cristo na terra. O Catolicismo Romano considera todos os outros cristãos como hereges, cismáticos e que estão fora do pálido da salvação comum.
A santa Igreja Católica sempre foi um artigo de fé; mas a Igreja Romana não é sequer nomeada nos credos antigos. O Romanismo da Igreja começa com a adoção dos costumes das religiões pagãs.
O catolicismo romano é caracterizado por algumas doutrinas como: sete sacramentos, transubstanciação, a retirada da taça, o sacrifício da missa para os vivos e os mortos, a confissão auricular e absolvição sacerdotal, a extrema-unção, purgatório, indulgências, e obediência à autoridade do Papa como o sucessor de Pedro e vigário de Cristo, a imaculada concepção de Maria, e infalibilidade do Papa. (17)

SABELIANISMO

Lucas Freitas que publica artigos no site: peregrino-cristao.blogspot.com.br descreveu assim o sabelianismo:
O sabelianismo (unicismo) é a visão de que Deus é uma única pessoa; não há uma segunda pessoa chamada Filho, nem uma terceira chamada o Espírito. Antes, quando Deus é ativo na criação do universo e o controlando, ele deve ser chamado Pai; quando ele está ativo na redenção, ele deve ser chamado Filho; e quando ativo na santificação ele é chamado Espírito. Os três nomes significam três atividades diferentes da mesma Pessoa.
A seguir eu dou três motivos pelos quais não concordo com essa doutrina:
1) A interpretação sabeliana é bastante falha em João 5:19-25. Naquele texto, as funções desempenhadas pelo Pai são a mesma da do Filho, e o texto não confunde o Pai com o Filho, antes mostra que "tudo que o Pai faz, o Filho semelhantemente faz" (João 5:19). Se a interpretação de que Pai e Filho são duas diferentes manifestações funcionais do Deus Eterno, o texto ficaria totalmente tautológico, uma vez que agora a função do Filho seria confundida com a do Pai, e a interpretação sabeliana cairia por terra.
2) Talvez, uma das mais importantes argumentações seja sobre o Logos (Verbo) de João 1. O Logos é diferenciado de Deus (Pai) pela segunda cláusula "o Verbo estava COM Deus"(veja minha argumentação em João 1:1 sobre a divindade de Cristo), ou seja, a referência diz respeito ao relacionamento amoroso entre Deus e o Verbo (João 1:18), e não há um aspecto funcional ad extra de Deus. O relacionamento Verbo-Deus é uma relação ad intra (conforme dito que Verbo era também Deus).
3) Mateus 28:19 não se encaixa com a visão sabeliana. Segundo essa visão, o Pai é o aspecto funcional de Deus na criação e preservação, o Filho, aspecto funcional de Deus na expiação e purificação, e o Espírito Santo, aspecto funcional de Deus na santificação, uma exegese que se aplicada a fórmula batismal, é "batizando em nome da criação, da redenção e da santificação", ou seja, uma interpretação absurda. Dr. Gordon H.Clark explica:
Deve-se notar que no Novo Testamento o termo Pai nas passagens pertinentes não expressam uma relação com o homem. O Pai é o Pai do Filho. Mas atividades, como criação e redenção, não pode ser do pai e do filho. Em outras palavras, a fórmula tripla não salienta sobre o que Deus faz; ela salienta o próprio Deus como triplo.
Assim, vemos que a Bíblia entende que o Pai, Filho e Espírito Santo são entendidos como diferentes. Eles não são a mesma pessoa. (18)

SEMIPELAGIANISMO
Os semipelagianos surgiram também em oposição a Agostinho, a doutrina da predestinação estava novamente em discussão. Agostinho havia sido informado pelos seus discípulos Próspero e Hilário, que os semipelagianos estavam atacando os seus ensinos, e por isso escreveu duas obras para rebatê-los: DE PRAEDESTINATIONE SACTORUM e DE DONNO PERSEVERANTIAE.
O principal semipelagiano foi JOÃO CASSIANO (m. 430-435). O semipelagianismo aceitava a doutrina do pecado original pregada por Agostinho e que era correta. Cassiano também ensinava que a salvação era resultado da cooperação entre Deus e o homem, entre a graça e o livre arbítrio. Como o semipelagianismo era um dogma defendido na Gália, o bispo de Roma não se interessou pela questão. Mas um sínodo em Arles, em 473 confirmou o semipelagianismo como ortodoxo. O que também concordamos.

SINCRETISMO
O Sincretismo é o sistema religioso em que os elementos de uma religião são associados com outra religião. O sincretismo é para o cristianismo tão perigoso quanto os inimigos declarados. O Diabo é nosso inimigo, mas no sincretismo o Diabo tenta se passar como nosso amigo, o que pode ser bem pior. O gnosticismo quando se defrontou com o cristianismo não tentou destruí-lo, mas entrar no seio da igreja, não conseguiram impedi-los de associar as doutrinas e divindades gnósticas com o cristianismo. Esta mesma sorte teve o catolicismo em contato com várias culturas e religiões do mundo a fora; com os germânicos, o catolicismo assimilou vários conceitos pagãos, associando o deus Odin com um santo católico chamado Nicolau, e deste sincretismo surgiu a figura de PAPAI NOEL. Em contato com as religiões afro-brasileiras várias entidades espirituais do candomblé foram associadas aos santos católicos como Omolum com São Lázaro, Iemanjá com “Nossa Senhora”, e daí por diante.
Os protestantes e evangélicos em contato com as culturas, filosofias e maneira de vida dos pagãos estão também assimilando os hábitos e costumes dos gentios depravados. Qualquer moda do mundo, em pouco tempo entra na igreja, como mulher vestir roupa de homem (calça-comprida). A religião do povo, o futebol, é hoje fortemente associada com ditos evangélicos que se organizam em grupos chamados ATLETAS DE CRISTO. O catolicismo tem feito esforços juntamente com vários setores das denominações evangélicas para trabalharem em conjunto. O que discordamos radicalmente, pois não deve haver comunhão das trevas com a luz, dos santos de Deus cultuando ao lado de pagãos em uma cerimônia celebrada por pregadores evangélicos e católicos, ou de qualquer outra religião.

SINERGISMO
O Sinergismo trata-se do debate teológico sobre a vontade do homem na questão da salvação. A grande briga neste ponto foi feita por Flácio e Strigel entre 1550 e 1560 no debate de Weiman.
FLÁCIO dizia que a vontade humana sempre se opõe a conversão e que somente após o novo homem surgiu dentro da pessoa é que ela pode desejar a salvação, essa nova vontade natural auxiliava na salvação.
Portanto, a vontade de ser salvo vem da nossa vontade natural. Strigel dizia que o pecado original foi um acidente na natureza do homem, e ele ainda que caído e deformado ainda assim é a imagem de Deus, e há na natureza do homem uma vontade de voltar-se a Deus. O novo homem significa o espírito dominando a carne.
O sinergismo (sistema dogmático sobre a vontade) de Strigel, nos parece razoável.
O socinianismo é uma doutrina cristã, considerada herética pelas igrejas majoritárias, difundida pelo pensador e reformador italiano Fausto Socino, ainda que, ao que parece, inspirou-se nas ideias já formuladas por seu tio Lelio Socino.
A doutrina sociniana é antitrinitaria e considera que em Deus há uma única pessoa e que Jesus não existia dantes de seu nascimento, ainda que nascido milagrosamente de Maria por vontade divina. A missão de Jesus na terra foi transmitir a vontade do Pai tal como lhe tinha sido revelada, e depois de sua crucificação foi ressuscitado por Deus e elevado aos céus, onde adquiriu a imortalidade e desde então reina sobre o mundo. Os que creem nele e no Deus da revelação cristã também desfrutarão de uma vida imortal, enquanto os incrédulos e pecadores não irão ao inferno (posto que não existe segundo a doutrina de Socino), senão que simplesmente suas almas extinguir-se-ão depois da morte do corpo físico. Portanto, a salvação consiste na imortalidade e é concedida diretamente pela Graça divina aos que creem. O socinianismo defende também uma interpretação racionalista da Bíblia e os Evangelhos e a capacidade do crente de discernir a verdade por si mesmo. A doutrina sociniana, tal como se implantou na Polónia nos anos finais do século XVI e primeira metade do XVII, foi exposta de maneira detalhada no Catecismo Racoviano (1609).
Atualmente algumas igrejas evangélicas antitrinitarias sustentam doutrinas similares à sociniana. O Socinianismo também se considera a forma original ou primitiva do Unitarismo, negando a preexistência de Cristo, mas aceitando o nascimento virginal. (19)

SUPERNATURALISMO
O Supernaturalismo é um sistema dogmático que surgiu em oposição ao racionalismo de Immanuel Kant (meados 1804), na sua obra Religion innerhalb der Greenzen der blossen Vernunft (1793). Os racionalistas rejeitavam tudo o que fosse milagres ou sobrenatural. Os supernaturalistas se fundamentavam na necessidade da autoridade das Escrituras Sagradas como fonte da revelação divina.
GOTTLOB CRISTIANO STORR (meados em 1805) e FRANCISCO VOLKMAR REINHARD (meados de 1812) eram dois supernaturalistas e como tal procuravam explicar o sobrenatural de forma racional.

TOMISMO
Tomismo é a escola filosófica que surgiu como um legado da obra e pensamento de Santo Tomás de Aquino (1225-1274), filósofo, teólogo e doutor da Igreja. Na filosofia, suas questões disputadas e comentários sobre Aristóteles são, talvez, as suas obras mais conhecidas. Na teologia, sua Summa Theologica é um dos documentos mais influentes na teologia medieval e continua a ser o ponto de referência central para a filosofia e da teologia da Igreja Católica. Na encíclica Doctoris Angelici, o Papa Pio X advertiu que os ensinamentos da Igreja não pode ser compreendida sem os fundamentos filosóficos básicos das principais teses de Tomás:
As teses na filosofia de Tomás de Aquino não são para ser colocado na categoria de opiniões susceptíveis de serem debatidas de uma forma ou de outra, mas são consideradas como as bases sobre as quais toda a ciência das coisas naturais e divinas se baseiam; se tais princípios são, uma vez removidas ou de alguma forma prejudicadas, os estudantes perderão o significado das palavras e dos dogmas propostos pela magistratura da Igreja Católica.

TRADUCIONISMO
Traducionismo (tradux, um rebento ou broto, e mais especificamente um ramo da vinha feita para propagar a videira), em geral, a doutrina de que, no processo de geração, a alma espiritual humana é transmitida para a prole pelos pais. Traducionismo se opõe ao criacionismo ou a doutrina de que cada alma é criada por Deus. Ambos, no entanto, são contra o Emanacionismo e evolucionismo. Admitindo que a primeira alma humana originou-se pela criação. Eles diferem apenas quanto ao modo da origem da subsequente das almas.
Nos primeiros séculos da Igreja Cristã, os “pais da igreja” defendiam a criação imediata da alma. Tertuliano, Apolinário, e alguns outros defendiam o Traducianismo, mas o testemunho de Jerônimo (Epist. Cxxvi, 1) dizia que: "a maioria dos escritores orientais pensam que, como o corpo é nascido do corpo, do mesmo modo a alma é nascida da alma parece exagerada”. Gregório de Nissa, Macarius, Rufinus, e Nemésio, parecem preferir o generacionismo. Após a ascensão de Pelagianismo, alguns Pais da Igreja hesitavam entre Generacionismo e Criacionismo. Nos últimos tempos o Generationismo foi rejeitada por todos os teólogos católicos. As exceções são Froschammer que defendeu o Generationismo e chamavam a geração da alma pelos pais, com o nome de criação secundária. (20)

TRADICIONALISMO
Sistema teológico que busca nas fontes da própria história antiga do cristianismo as verdades espirituais. Procurar saber como viviam e no que criam os cristãos dos primeiros séculos nos ajuda a compreender melhor o cristianismo autêntico na qual os próprios apóstolos conviviam.
Um dos homens que chamou a atenção para a importância de estudar os chamados “pais da igreja”, ou seja, a literatura cristã antiga, foi MELANCHTHON. Ele não via na história TRADICIONAL da igreja uma autoridade igual a das Escrituras, contudo, pregava a necessidade de estudar a tradição da igreja para melhor entender e interpretar corretamente as Escrituras.
O estudo dos escritos dos primeiros líderes do cristianismo foi muito importante para o próprio surgimento do protestantismo, o mundo como um todo, no final da Idade Média estava se voltando para o passado, em busca de respostas para o presente, e foi nesta busca que os teólogos encontram a LITERATURA CRISTÃ ANTIGA da qual se pode compreender o pensamento da igreja apostólica.
Nós, os fundamentalistas, damos importância ao estudo destes escritos, ainda que eles não tenham autoridade espiritual, pelo menos serve de referência para compreendermos a igreja primitiva. Como todo bom seminário de teologia, inclui em suas disciplinas a matéria de LITERATURA CRISTÃ.

UNITARIANOS
O unitarismo (ou unitarianismo) é uma corrente de pensamento teológico que afirma a unidade absoluta de Deus. Há dois ramos principais do unitarismo, os unitários bíblicos que consideram a Bíblia como única regra de fé e prática, assemelhando as demais religiões cristãs evangélicas, exceto, claro, pela concepção unitária de Deus, e os unitários universalistas, surgido recentemente nos Estados Unidos, que pregam a liberdade de cada ser humano em buscar a sua própria Verdade e a necessidade de cada um buscar o crescimento espiritual sem a necessidade de religiões, dogmas e doutrinas.

Os unitários não devem ser confundidos com os unicistas. Os primeiros entendem que Deus é um e único, o Pai de Jesus Cristo. Já os unicistas entendem que o Pai, o Filho e o Espírito são apenas manifestações diferentes do mesmo Deus.
Apesar de sua origem em igrejas cristãs, é geralmente identificado com as correntes de combate ao trinitarianismo, teve diversas manifestações ao longo da História, com apoio por vezes parcial ou total com outros movimentos que compartilham seu comum desacordo com o dogma da Trindade, como o subordinacionismo, o arianismo, o serventismo ou o socianismo.
Desde o século XIX, uma ala do unitarismo contemporâneo, conhecido atualmente nos Estados Unidos como unitarismo universalista, deixou de impor credos ou de fazer provas de doutrina como critério de participação, enquanto a ala mais antiga, conhecido como unitarismo bíblico ou restauracionista procura seguir os preceitos cristãos conforme ensinados na Bíblia Sagrada. (22)
O Unitarianismo é semelhante ao Modalismo, visto que ensina que Deus é uma pessoa individual, mas difere na forma Unitária. Eles não acreditam que Deus tem modos diferentes nos quais Ele se manifesta. Os unitarianos acreditam que Jesus realmente era um homem, um profeta dotado do Espírito de Deus em lugar de um ser divino. Eles também negam que Cristo morreu como um substituto pelos pecadores.
Esses que se chamam Unitarianos geralmente são cristãos, mas, talvez ironicamente, o ensino que eles creem é o mesmo seguido na religião muçulmana que é oposta abertamente ao Cristianismo.
O livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão, diz que, "Jesus Cristo o filho de Maria era (não mais do que) um apóstolo de Alá, e a sua Palavra  que Ele recebeu de Maria, e um Espírito que procede de Alá: Assim acredite em Alá e nos seus apóstolos. Não diga 'Trindade': desista: Será melhor para você: Porque Alá é um Deus: Glória seja dada a Ele: (exaltado seja Ele)." (Alcorão 4:171)  
Com este conceito, Jesus poderia morrer completamente, mas já que eles reduzem  Cristo a um mero homem e negam que a morte de Cristo verdadeiramente reconciliou os pecadores com Deus, eles consideram a sua morte como algo menor que um sacrifício humano para perdoar pecados. A verdade é que eles nem mesmo têm um sacrifício em seu sistema religioso, ou por parte de Deus ou de Jesus Cristo.
Esse conceito, como os outros falsos conceitos que nós examinamos, elimina de seus partidários qualquer conceito do amor de Deus que deu o Seu Filho para morrer pelos pecados deles. Não é de se espantar que o mundo muçulmano demonstre tal religião fria e cheia de ódio, quando o deus deles nunca revelou amor para com eles.
O que é de se espantar é que alguns cristãos aderiram a este mesmo conceito do Deus do nosso Senhor Jesus Cristo e afastam as pessoas do amor sem medida de Deus e de Sua verdade. (21)

UTILITARISMO
O Utilitarismo é um tipo de ética normativa (com origem nas obras dos filósofos e economistas ingleses do século XVIII e XIX. Jeremias Bentham e João Stuart Mill) segundo a qual uma ação é moralmente correta se tende a promover a felicidade e condenável se tende a produzir a infelicidade, considerada não apenas a felicidade do agente da ação, mas também a de todos afetados por ela.
O Utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir seus próprios interesses, mesmo a custa dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados, independentemente das consequências que eles possam ter.
O Utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter de bom ou mal de uma ação depender do motivo do agente porque, de acordo com o Utilitarismo, é possível que uma coisa boa venha a resultar de uma motivação ruim no indivíduo.
Antes, porém, desses dois autores darem forma ao Utilitarismo, o pensamento utilitarista já existia, inclusive na filosofia antiga, principalmente no de Epicuro e seus seguidores na Grécia antiga. E na Inglaterra, alguns historiadores indicam o Bispo Richard Cumberland, um filósofo moralista do século XVII, como o primeiro a apresentar uma filosofia utilitarista. Uma geração depois, Francis Hutcheson, com sua teoria do "sentido interior da moralidade" ("moral sense") manteve uma posição utilitarista mais clara. Ele cunhou a frase utilitarista de que "a melhor ação é a que busca a maior felicidade para o maior número de indivíduos". Também propôs uma forma de "aritmética moral" para cálculo da melhor consequência possível. David Hume tentou analisar a origem das virtudes em termos de sua contribuição útil.
O próprio Bentham disse haver descoberto o "princípio de utilidade" nos escritos de vários pensadores do século XVIII como Joseph Priestley, um clérigo dissidente famoso por haver descoberto o oxigênio, e Claude-Adrien Helvétius, autor de uma filosofia de meras sensações, de Cesare Beccaria, jurista italiano, e de David Hume. Helvétius foi posterior a Hume e deve ter conhecido seu pensamento, e Beccária o de Helvécios.
Outro apoio ao Utilitarismo é o de natureza teológica, devido a John Gay, um filósofo estudioso da Bíblia que argumentava que a vontade de Deus era o único critério de virtude, mas que, devido à bondade divina, ele concluía que Deus desejava que o homem promovesse a felicidade humana.
Bentham, que aparentemente acreditava que o indivíduo, no governos de seus atos iria sempre buscar maximizar seu próprio prazer e minimizar seu sofrimento, colocou no prazer e na dor ambos a causa das ações humanas e as bases de um critério normativo da ação.
À arte de alguém governar suas próprias ações, Bentham chamou "ética particular". Neste caso a felicidade do agente é o fator determinante; a felicidade dos outros governa somente até o ponto em que o agente é motivado por simpatia, benevolência, ou interesse na boa vontade e opinião favorável dos outros.
Para Bentham, a regra de se buscar a maior felicidade possível para o maior número possível de pessoas devia ter papel primordial na arte de legislar, na qual o legislador buscaria maximizar a felicidade da comunidade inteira criando uma identidade de interesses entre cada indivíduo e seus companheiros. O trabalho filosófico mais importante de Bentham, An Introduction to the Principles of Morals and Legislation ("Uma introdução aos princípios de moral e legislação"), de 1789, foi pensado como uma introdução a um projeto de Código Penal.
Jeremias Bentham atraiu jovens intelectuais como discípulos, entre eles o economista David Ricardo, James Mill e o jurista John Austin. Mais tarde Joao Stuart Mill, filho de James Mill, defendia o voto feminino, a educação paga pelo Estado para todos, e outras propostas radicais para sua época, com base na visão utilitarista de que tais medidas eram essenciais à felicidade e bem estar de todos, assim como também a liberdade de expressão e a não interferência do governo quando o comportamento individual não afetasse as outras pessoas. Seu ensaio "Utilitarianism," publicado no Fraser's Magazine (1861), é citada como uma elegante defesa da doutrina Utilitarista e considerada a melhor introdução sobre o assunto, apresentando o Utilitarismo como uma ética tanto para o comportamento do indivíduo comum quanto para a legislação social.














QUESTIONÁRIO, REFLEXÃO E MEMORIZAÇÃO

1 – Quais os principais dogmas da história da igreja?
2 – Qual o conceito herético que chamava Jesus de FILUS ADOPTIVUS?
3 – O que Fulgêncio dizia sobre a predestinação?
4 – Cite três razões da utilidade da LEI?
5 – O que ensinava o presbítero herético Ário, sobre Jesus?
6 – Qual o filósofo que mais influenciou a teologia cristã?
7 – O que Jacó Armínio comentou sobre o Calvinismo
8 – Como se chama o sistema doutrinário que prega o isolamento do mundo?
9 – Qual foi o erro mais grave de João Calvino?
10 – Que tipo de governo eclesiástico surgiu como consequência de revolta ao catolicismo?
11 – Como é o nome do dogma que afirma ter o homem Jesus recebido o elemento divino por ocasião do batismo?
12 – Segundo Irineu, quem era o alvo das críticas de João em seus escritos?
13 – Quais as doutrinas defendidas por Donato, no 4º século?
14 – Cite um exemplo em que o conceito dualístico está errado.
15 – Como se chamava os cristãos que queriam seguir com a guarda da lei de Moisés nos primeiros séculos?
16 – Qual o ensino mais grotesco do teólogo Hermann Rahtmann?
17 – Quem foi excomungado em 449 por negar a humanidade de Cristo?
18 – Qual o erro de Fontino Sirmínio?
19 – Cite três grandes nomes do gnosticismo?
20 – Qual uma das conversões mais importantes entre os irmãos moravianos?
21 – Por que Erasmo de Roterdã defendia o livre arbítrio?
22 – Qual o dogma que diz que Deus predestinou o pecado?
23 – Qual o dogma adepto de uma ética de vida mundana?
24 – Qual o dogma defendido por João Tiletson?
25 – Quais os principais ensinos de John Wesley?
26 – Quais os dois erros sobre o milênio?
27 – Qual a heresia do misticismo?
28 – Cite alguns conceitos teológicos modernistas.
29 – Qual o sistema dogmático que prega a vida reclusa em mosteiro?
30 – Qual o sistema dogmático que de tanto enfatizar o Criador, nega a criação?
31 – Quais as ênfases doutrinárias do montanismo?
32 – Quem são taxados de legalistas?
33 – Qual o dogma que afirma ter nas Escrituras erros?
34 – Qual a declaração de Nestório sobre o relacionamento de Maria e Jesus?
35 – Qual o dogma que afirmava que foi o Pai que sofreu na cruz?
36 – Qual o erro dogmático de Pelágio sobre o pecado?
37 – Por que ser pentecostal é uma necessidade?
38 – Quais as ênfases dogmáticas dos pietistas?
39 – Como Willian Laud lidava com os puritanos?
40 – Qual o sistema dogmático que procura associar os valores de uma religião com outra?








REFERÊNCIAS
(11)                      https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotino
(13)                      http://www.newadvent.org/cathen/10742b.htm
(15)                      http://icsxx.weebly.com/neotomismo.html
(16)                      http://www.britannica.com/topic/Platonism
(19)                      http://pt.encydia.com/es/Socinianismo
(20)                      http://www.newadvent.org/cathen/15014a.htm
(21)                      http://www.adventistas.com/janeiro2003/tipo_trindade_5.htm
(22)                      https://pt.wikipedia.org/wiki/Unitarismo



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MEMORIAL CRIMINOSO DO PT – Volume I - Este livro faz parte de uma coleção que só Deus sabe onde vai parar. Comecei uma empreitada de colecionar escândalos e atitudes do PT e dos políticos petistas com intuito de advertir a população brasileira para que não vote nos candidatos do PT, a ideologia socialista do PT é uma severa ameaça a economia, ao livre comércio, e futuramente restringirá nossas liberdades, pois este é o último estágio dos países sob a maldição comunista. Relacionei 42 escândalos neste primeiro tomo, mas o segundo tomo já está pronto. Procurei pautar minhas considerações em informações extraídas das mais respeitadas fontes do jornalismo brasileiro.
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PT X CRISTIANISMO - Em 32 capítulos este livro faz uma síntese da incompatibilidade do petismo e o cristianismo. A ideologia petista é contrária ao cristianismo. A ideologia petista é diametralmente oposta às doutrinas bíblicas. O Partido dos Trabalhadores apoia as invasões de terras pelo MST, e a Bíblia ensina a respeitar o direito a propriedade. A Bíblia condena o aborto e homossexualismo, enquanto o PT apoia todas estas coisas. Cristão verdadeiro que segue os preceitos da Bíblia não deve ser ativista político, porque cremos que todos os governos e regimes políticos têm que fracassar para ficar provado que sem Deus, os homens não conseguem se governarem. Criticamos o PT por vários motivos ideológicos, entre estes: religião comunista, assistencialismo, homossexualismo, antisionismo, aborto, liberdade, o bem e o mal, greve, desarmamento, legalização das drogas, igualdade comunista, propriedade privada, trabalho, o messias do PT, religião afro-brasileira, idade penal, estatização da economia etc. A cada capítulo se faz uma comparação entre o pensamento petista e textos bíblicos.
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O GUIA DE ESTUDO BÍBLICO marcou a vida de muitas pessoas em Santos/SP quando escrevi e o utilizava em xerox encadernado. Este livro foi durante muito tempo o Manual da Fé Cristã usado pela igreja onde pastoreei e ainda hoje dezenas de pessoas tem uma cópia deste livro em fotocópia. Nele contêm as explicações básicas das doutrinas e práticas cristãs. A Bíblia Sagrada é um guia para levar o homem ao conhecimento de Deus e da sua vontade. Este livro foi escrito em 1990, e servia como livro de estudo para novos convertidos em uma igreja evangélica. Os dogmas fundamentais do cristianismo são expostos em uma teologia sistemática muito simples e fácil de aprender, e na parte final do livro, abordo a vida cristã no padrão de santidade exigido por Deus para aqueles que querem fazer a sua vontade, mais do que somente conhecer o credo ou confissão cristã.
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JUICIO FINAL - El vértice de la historia humana es el Juicio Final. En el transcurso de la epopeya humana, la balanza de la justicia está muy desequilibrada, malos y deshonestos, crueles y corruptos se encuentran en una ventaja sobre los hombres de buena conducta, pero en el Juicio, los pecadores se darán cuenta que la ventaja que tenían en esta vida era ilusoria. Este libro tiene como objetivo exponer lo que sucederá en ese gran día revelado en toda la Biblia, especialmente en el Apocalipsis. Los detalles sobre el Día del Juicio dan miedo porque la realidad por delante será terrible. El juicio se hará de acuerdo con las actitudes y los comportamientos que hemos tenido en esta vida. No habrá ventaja al afirmar creer en Dios e incluso que era cristiano. ¡Prepárate para el Día.
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INDOSSARE IL VELO - Il velo è un simbolo di sottomissione delle donne agli uomini, tra gli altri significati. Questo simbolo è posto in diverse culture del mondo, in particolare nel giudaismo, cristianesimo e islam. In questo compendio faccio un ampio dibattito sul valore del velo e una retrospettiva di duemila anni di cristianesimo in cui le donne sono state coperte con il velo senza alcuna reticenza. Poi vediamo che il movimento femminista e l'ideologia di liberazione della donna influenzato la teologia del XX secolo, cambiare completamente la prospettiva velo. Quello che era imbarazzante non usare, è ora considerato da molti come l'eresia portare sulla testa. Non siamo riusciti a passare senza fare un esegetico e l'esame ermeneutico nel testo di I Corinzi 11,2-16, dove le basi dottrinali della teologia velo.










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