O aristotelismo é o sistema dogmático baseado nos ensinos do filósofo Aristóteles. Muitos teólogos da igreja basearam-se nos ensinos de Aristóteles para formular as doutrinas da igreja, é verdade que as idéias de Aristóteles originalmente são pagãs porque entre outras coisas a reencarnação aparece entre os conceitos deste filósofo.
Por isso que os teólogos não levavam em consideração as idéias claramente antibíblicas de Aristóteles. Até ai tudo bem, porque nos escritos de Paulo aparece varias vezes traços de autores pagãos. Os escritos de Tomás de Aquino são mais tendenciosos as idéias de Aristóteles do que a de Agostinho.
Os teólogos de bases aristotélicas para se desculparem das visíveis diferenças entre as Escrituras e as filosofias de Aristóteles explicam-se chamando essas diferenças de verdade dupla, isto é, o que é verdade para a filosofia pode não ser verdade para a teologia e vice-versa.
Contudo não há como conciliar idéias tão diferentes, uma porque Aristóteles dizia que havia uma só alma universal, enquanto as Escrituras diz que somos almas individuais (como em Apocalipse 6.9).
Mas apesar dessas diferenças a filosofia aristotélica serviu de base para a teologia escolástica. A doutrina aristotética sobre o conhecimento de Deus era racional, o homem pode perceber Deus pelo mundo visível, o que não deixa de ser verdade porque no Salmos 19.1 diz:
“Os céus declaram a gloria de Deus, o firmamento proclamam a obra das suas mãos.”
Já Agostinho dizia que o conhecimento de Deus se conseguia empiricamente, ou de dentro para fora, o que também não deixa de ser verdade pois em I Corintios 2.10 diz:
“Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito.”
Portanto, quanto a isso Tomás de Aquino foi bem coerente porque ele uniu esses dois conceitos, porque eles não se contradizem, mas eram os dois lados de um moeda.
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