DOGMATOLOGIA
SUMÁRIO
ADOPCIONISMO
AGOSTINIANISMO
ANTINOMISMO
ARIANISMO
ARISTOTELISMO
ARMINIANISMO
ASCETISMO
CALVINISMO
CONGREGACIONALISMO
DINAMISMO
DIOFISISMO
DOCETISMO
DONATISMO
DUALISMO
EBIONISMO
ESCOLATICISMO
ESPIRITUALISMO
ESTOICISMO
EUTIQUIANISMO
HEDONISMO
FONTINIANSIMO
GNOSTICISMO
HERRNHUTISMO
HUMANISMO
IDEALISMO
LAPSARIANISMO
LATITUDINARISMO
LIBERTINISMO
MANDEISMO
MANIQUEISMO
MENEZISMO
METODISMO
MILENISMO
MISTICISMO
MODALISMO
MODERNISMO
MONARQUIANISMO
MONASTICISMO
MONISMO
MONOFISISMO
MONTANISMO
MORALISMO
NATURALISMO
NEO-ARIANISMO
NEOLUTERANISMO
NEOPLATONISMO
NEOPROTESTANTISMO
NEOTOMISMO
NESTORIANISMO
NOMINALISMO
PATRIPASSIONALISMO
PELAGIANISMO
PENTECOSTALISMO
PIETISMO
PLATONISMO
PRESBITERIANISMO
PROTESTANTISMO
PURITANISMO
ROMANISMO
SABELIANISMO
SEMIPELAGIANISMO
SINCRETISMO
SINERGISMO
SOCINIANISMO
SUPERNATURALISMO
TRADICIONALISMO
TOMISMO
TRADUCIANISMO
UNITARIANISMO
UTILITARISMO
FINALIDADE DESTA OBRA
Os
materiais literários do autor não têm fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer
tipo de receita. Os custos do livro são unicamente para cobrir despesas com
produção, transporte, impostos e revendedores. Sua satisfação consiste em
contribuir para o bem da educação, uma melhor qualidade de vida para todos os
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AUTORIZAÇÃO
O
livro pode ser reproduzido e distribuído por quaisquer meios, usado por
qualquer entidade religiosa, educacional ou cultural sem prévia autorização do
autor.
Valdemir,
Valdirene, Jacó, Lourdes e Valdemária
AUTOR:
Valdemir Mota de Menezes é licenciado em Ciências Biológicas e História pela
Universidade Metropolitana de Santos, possui curso superior em Gestão de Empresas
pela UNIMONTE de Santos, é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembleias
de Deus de Santos, e tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP. Nasceu
em Itabaiana/SE, em 1969. Na década de 1990 fundou o Centro de Evangelismo
Universal, foi radialista alguns anos em Santos na Radio Universal de Santos,
uma das primeiras emissoras do Brasil com o programa “Esperança aos povos”.
Dados Internacionais da Catalogação na
Publicação (CIP)
|
INTRODUÇÃO
A
dogmatologia é o estudo e a classificação dos dogmas cristãos e os movimentos
religiosos teológicos que surgiram no transcorrer da história do cristianismo. Os
dogmas são crenças ou doutrinas sistematicamente organizada e/ou definida.
Relacionaremos abaixo, os principais dogmas e movimentos da história do
cristianismo.
ADOPCIONISMO
Dogma
que afirma que Jesus não é Filho de Deus legítimo, mas que só veio a se tornar
Filho quando foi “adotado” na ocasião do batismo ou como dizem outros, por
ocasião da ressurreição, esse dogma aborda a pessoa de Jesus Cristo segundo o qual,
Jesus não é divino e nem tem a natureza de Deus. Quando foi lançado o anátema
contra Ário, este dogma foi também rejeitado.
AGOSTINIANISMO
O
dogma Agostiniano sobre o livre arbítrio, a graça e a predestinação suscitaram
aquecidas discussões desde a sua explanação por Agostinho. Quando alguns monges
começaram a debater a ideia de Agostinho, ele mesmo teve que explicar-se em
dois escritos o “DE GRATIA ET ARBITRIO” e “DE CORRUPTIONE ERT GRATIA”.
Como
os semipelagianos interpretaram o dogma de Agostinho como FATALISTA, ele foi
então atacado por estes. Mas a réplica veio em forma de dois escritos: “DE
PRAEDESTINATIONE SANCTORUM” e “DE DONO PERSEVERANTIAE”. Enquanto na Gália o
semipelagianismo crescia, os bispos de Roma não se interessavam em conflitos
teológicos e por isso preferiam aceitar os dogmas de Agostinho.
Não
resta dúvida que o dogma de Agostinho sobre a predestinação é absurdo, tanto é
que na CONFISSÃO DE ORANGE (529 d.C.) os dogmas de Agostinho foram impostos. Um
dos principais defensores do agostinianismo foi FULGÊNCIO DE RUSPE (533), ele
era bispo no norte da África e foi autor da obra “CONTRA FAUSTUM”.
Gravura de Fulgêncio.
Fulgêncio
dizia:
“Ninguém
que fora escolhido na eternidade se perderia, e também, quem não tinha sido
predestinado para a salvação não poderia ser salvo.”
Como
a graça e a predestinação estão relacionados entre si, o dogma agostiniano
sobre a graça dizia que o homem é incapaz de dar o primeiro passo para receber
a graça divina e, portanto, Deus não espera até que o homem deseje ser
purificado do pecado; em lugar disso, opera mediante o Espírito para implantar
este desejo dentro de nós.
Uma
grave consequência do dogma agostiniano sobre a salvação é que se Deus
predestina alguns para os céus, os outros só podiam ser predestinados para o
inferno, e isto é conflitante com a imparcialidade do amor e da justiça de
Deus:
“Deus amou o mundo”. (João 3.16)
Mas
a ideia da CEIA DO SENHOR como sendo símbolo do corpo e do sangue foi um dogma
correto defendido por Agostinho. Pois ele dizia que não havia transubstanciação
do pão em carne, nem do vinho em sangue.
O
agostinianismo tinha um ponto de vista importante na questão da INSPIRAÇÃO DAS
ESCRITURAS SAGRADAS, pois segundo este dogma os escritores sagrados recebiam no
seu interior a iluminação divina, independente dos sentidos físicos, eles não
raciocinavam Deus, mas recebiam espiritualmente sua compreensão, é a chamada fé
inspirada (FIDELIS INSPIRATA).
Os
franciscanos (Ordem Religiosa Católica) seguiram o dogma agostiniano quanto a
Ceia do Senhor em oposição ao dogma oficial do catolicismo que afirmava que os
sacramentos agem (ex opere operato). Um franciscano que adotou o dogma
agostiniano e importante defensor do símbolo e não da transubstanciação na ceia
foi DUNS SCOTUS.
Vários
dogmas iriam surgir na história e muitos deles seriam baseados no dogma
agostiniano, porque Agostinho foi um dos mais fecundos escritores cristãos. O
dogma agostiniano também influenciaria profundamente a vida de Lutero pois em 2
de julho de 1505 ele tornou-se monge agostiniano onde por essa ordem religiosa
recebeu o sacerdócio católico romano.
No
dogma agostiniano, Lutero apegou-se ao ensino sobre o pecado e a graça. A
influência agostiniana também se faz presente na confissão Anglicana que seguiu
estes princípios dogmáticos. Em tempos mais recentes novos conceitos teológicos
surgiram oriundos do agostinianismo, em 1884 HENRI MARET, principal
representante do ontologismo disse que há conhecimento intuitivo de Deus que é
a base para o conhecimento da Verdade. De fato esta ideia agostiniana do
conhecimento intuitivo é bíblica, mas também o conhecimento se adquire por
revelação e pelo meio natural.
ANTINOMISMO
Antinomismo
significa um sistema de doutrinas que nega ou combate a lei (do grego: anti
[contra] e nomos [lei]). Os antinomistas procuram enfatizar a Nova Aliança e
combatem ou menosprezam a Antiga Aliança (Antigo Testamento), um dos principais
antinomistas foi JOÃO AGRÍCOLA que em 1537 em Witemberg de Eisleben pregou
contra os sermões baseados na LEI, para ele só deveria se pregar o Evangelho da
Nova Aliança.
Por
causa disto, Lutero combateu João Agrícola e em 1539 escreveu um tratado contra
os antinomistas chamado WIDER DIE ANTINOMER. Lutero argumentou dizendo: “A lei
é importante porque ela revela o pecado, e como o cristão ainda é pecador, este
continua sujeito a operação da lei que se destina a matar a velha natureza.”
JOÃO AGRÍCOLA
Os
antinomistas nunca tiveram expressão ou voz forte, e não poderia ser diferente.
Alguns núcleos luteranos como de Herrnhut adotaram essas ideias.
A
lei não pode ser desprezada, pois ela serve para:
A
–Manter a ordem pública.
B
– Mostrar os homens o que é errado.
C
– Definir as normas de conduta.
A
lei e em especial a de Moisés não pode ser desprezada porque o Deus do
Evangelho da Nova Aliança é o mesmo Deus da Antiga Aliança, contudo, é preciso
diferenciar a lei moral da lei cerimonial e a igreja de Israel e assim
interpretamos corretamente as Escrituras.
ARIANISMO
Este
dogma trouxe muita controvérsia, e seu principal protagonista foi o presbítero
de Alexandria, Ario. Ele foi discípulo de Luciano de Antioquia e este tinha
sido discípulo de Paulo de Samósata. Por volta de 310 Ario defendia que o Filho
foi criado por Deus e, portanto, fazia parte da criação e não existia no eterno
passado.
No
ano 320 o presbítero-supervisor (gr. EPISKOPOS = bispo) de Ario o excomungou
por motivo de heresia. Mas o conflito estourou no Oriente quando outros o
apoiaram como Euzébio de Nicomédia. O dogma ariano provocou uma conturbação
pondo em risco a unidade dos cristãos e até do império romano que neste tempo
já estava cristianizado. Por isso o imperador Constantino tentou conciliar os
intrigantes, mandando Hósio, presbítero-supervisor da corte, mas como não teve
sucesso, o imperador decidiu convocar um concílio em Nicéia no ano 325.
Em
Nicéia, os bispos de todos os cantos do império compareceram. A discussão teve
como grande orador o diácono ATANÁSIO que combateu o arianismo com firmeza e
com muita base bíblica.
O
arianismo cometeu erros grosseiros porque atingia hereticamente o dogma de Deus
e de Cristo. Ario acreditava em semideus e por isso pode ser visto até como
politeísta, pois apesar de negar que Jesus era Deus, Ário aceitava o culto e a
adoração a Cristo. Alguns grupos arianos como as Testemunhas de Jeová passaram
com o tempo a adorar o Pai e PRESTAR HOMENAGEM AO FILHO.
O
arianismo foi rejeitado no concílio de Nicéia, mas sempre teve influência na
igreja e por isso mais tarde Atanásio foi exilado pelo imperador que havia
simpatizado com o ensino de Ário. A história do cristianismo mostra que a
doutrina trinitariana acabou sendo aceita pela maioria dos cristãos. Mas o
arianismo não foi somente aceito, mas também era antibíblico.
Na ilustração: Atanásio que combateu a heresia de
Ário.
O
Pai, o Filho e o Espírito Santo são da mesma natureza e os três são um só, como
revela o próprio nome Elohim (que significa Deus em pluralidade), e como mostram
as Escrituras com dezenas de títulos de Deus que também são atributos do Filho
e do Espírito Santo. O Filho é posto nas Escrituras Sagradas como sendo Deus
(João 1.1; 10:30; Mateus 2.2; Hebreus 1.6).
ARISTOTELISMO
O
aristotelismo é o sistema dogmático baseado nos ensinos do filósofo
Aristóteles. Muitos teólogos da igreja basearam-se nos ensinos de Aristóteles
para formular as doutrinas da igreja, é verdade que as idéias de Aristóteles
originalmente são pagãs porque entre outras coisas a reencarnação aparece entre
os conceitos deste filósofo.
Por
isso que os teólogos não levavam em consideração as idéias claramente
antibíblicas de Aristóteles. Até ai tudo bem, porque nos escritos de Paulo
aparece varias vezes traços de autores pagãos. Os escritos de Tomás de Aquino
são mais tendenciosos as idéias de Aristóteles do que a de Agostinho.
Os
teólogos de bases aristotélicas para se desculparem das visíveis diferenças
entre as Escrituras e as filosofias de Aristóteles explicam-se chamando essas
diferenças de verdade dupla, isto é, o que é verdade para a filosofia pode não
ser verdade para a teologia e vice-versa.
Contudo
não há como conciliar ideias tão diferentes, uma porque Aristóteles dizia que
havia uma só alma universal, enquanto as Escrituras dizem que somos almas
individuais (como em Apocalipse 6.9).
Mas
apesar dessas diferenças a filosofia aristotélica serviu de base para a
teologia escolástica. A doutrina aristotélica sobre o conhecimento de Deus era
racional, o homem pode perceber Deus pelo mundo visível, o que não deixa de ser
verdade porque nos Salmos 19.1 diz:
“Os céus declaram a
gloria de Deus, o firmamento proclamam a obra das suas mãos.”
Já
Agostinho dizia que o conhecimento de Deus se conseguia empiricamente, ou de
dentro para fora, o que também não deixa de ser verdade, pois em I Coríntios
2.10 diz:
“Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito.”
Portanto,
quanto a isso Tomás de Aquino foi bem coerente porque ele uniu esses dois
conceitos, porque eles não se contradizem, mas eram os dois lados de uma moeda.
ARMINIANISMO
O
arminianismo é um dogma totalmente correto, JACÓ ARMÍNIO foi teólogo que se
levantou no círculo protestante para discordar do dogma de Calvino, como todos
sabem Calvino dizia que Deus. Escolheu uns para a salvação e os demais homens
não estão no plano de Deus.
É
o famoso dogma dos ELEITOS. Jacó Armínio discordou destas ideias, porque eram
irracionais e antibíblicas. Alguns calvinistas radicais como Francisco Gomaro e
Beza afirmavam que Deus preordenou o pecado e a condenação eterna.
Armínio
não discordava da SOBERANIA de Deus, mas que, defender a doutrina da
predestinação era o mesmo que chamar Deus de mau. É verdade que Deus
predestina, mas não fixa quem vai ser salvo e quem vai ser condenado. Em outras
palavras Deus já sabe quem vai ser salvo, mas ele não toma partido de uma
pessoa contra outra.
É
preciso entender a predestinação a luz de I Pedro 1.2 que diz:
“Eleitos segundo a presciência de Deus...”
Presciência
quer dizer: “Pelo conhecimento dos fatos antes deles acontecerem.” Essa
discussão gerou muitas polemicas nos meios calvinistas das igrejas reformadas,
tanto foi que entre 1618 e 1619 foi convocado o SÍNODO DE DORT para resolver
esta questão, acabou prevalecendo a crença da maioria, o calvinismo, entretanto
não convenceu.
CHARGE
COM CRÍTICA CALVINISTA AO ARMINIANISMO
Assim
é que os presbiterianos entre outros grupos, seguem o dogma calvinista, a
despeito que a verdade foi dita por Armínio. Na prática o dogma calvinista é
pior ainda, porque o indivíduo pensa lá no seu íntimo: se eu fui predestinado
não importa o que eu faço, Deus vai acabar no final me salvando. Se eu não fui
predestinado, não importa o quanto eu faço de boas obras, acabarei indo para o
inferno.
Esta
é a razão porque os calvinistas são em geral MUNDANOS. Por outro lado, os
arminianos como nós, damos ênfase a necessidade de viver uma vida santa, porque
a salvação em boa media depende de nossas atitudes para com a palavra de Deus.
Por isso não precisa ir longe para entender que em qualquer lugar do mundo os
arminianos vivem em maior santidade que os calvinistas.
Outro
importante ARMINIANO foi John Wesley, o fundador do movimento metodista. Wesley
não era de fato um teólogo, mas em contrapartida era um homem de Deus, e tinha
uma visão fantástica do cristianismo autentico. Wesley se destacou por ser
acima de tudo um homem de ação, ele dava muito importância a obediência a Deus
como fator importante para a salvação.
Por
causa de sua posição doutrinaria quanto a predestinação Wesley foi combatido
pelos calvinistas. Mas ele nos púlpitos da vida, enfocava que a graça de Deus é
universal e, portanto, todo homem pode vir a Deus, alguns textos bíblicos
confirmam o ensino que qualquer um pode ser salvo desde que aceite Jesus.
Primeiro,
Deus não amou alguns, mas o mundo inteiro:
“Porque Deus amou o mundo.” (JOÃO 3.16).
Em
segundo lugar, todos que aceitaram Jesus serão salvos:
“Mas a todos os que o
receberam, deu-lhe o poder de se tornarem filhos de Deus.” (João 1.12).
Em
terceiro lugar, o desejo de Deus é que todos se salvem, e isso mostra que todos
tem a possibilidade de se salvarem se seguirem o conselho de Deus:
“Que quer que TODOS OS
HOMENS SE SALVEM e venham ao conhecimento da verdade.” ( I Timóteo 3.4).
ASCETISMO
A
terminologia “ascetismo” é definindo assim em certo Dicionário:
Prática da abstenção de
prazeres e até do conforto material, adotada com o fim de alcançar a perfeição
moral e espiritual. O asceta submete-se a dieta rigorosa e a frequentes jejuns,
sendo que os antigos cristãos se sujeitavam até a castigos físicos, como a
flagelação.(2)
Os
praticantes do ascetismo vêm no corpo, os males da sua alma, e assim a prática
dos desejos carnais afastam o homem de Deus. Controlar os impulsos dos desejos
físicos é a meta ascética. A busca dos
prazeres desta vida afasta o homem da sabedoria e da verdadeira
espiritualidade. Os ascéticos mais radicais chegam mesmo a praticar a
autoflagelação como forma de mortificar os desejos carnais. Não é só à
sexualidade que elas renunciam, mas também a qualquer aquisição de propriedades
materiais ou bens de consumo. Os ascéticos tem aversão aos prazeres dessa
terra. Comportando-se somente como peregrinos, os cristãos rejeitaram a cultura
e o papel de influência sobre eles. Nessa cosmovisão, criam forte aversão ao
cinema, rádio, televisão, erudição, esportes, lazeres, entretenimento, teatros,
artes, danças, esculturas etc.
A
igreja deve viver no mundo, mas não participar das coisas do mundo. O mundo jaz
no maligno, e a igreja é santa. A própria palavra santidade traz um ideal
ascético, pois santidade significa separação. Se o cristão não pode sair do
mundo, ele tem o dever se afastar do modo de vida mundano.
Asceticismo é muito
associado com monges, yogis ou sacerdote, entretanto qualquer indivíduo pode
escolher levar um vida ascética. Lao Zi, Gautama Buddha, Mahavir Swami, Santo
Antonio, Francisco de Assis, Mahatma Gandhi e David Augustine Baker podem ser
considerados ascetas. Muitos deles deixaram as suas famílias, possessões, e
lares para viver uma vida mendicante, e nos olhos de seus seguidores demonstram
grande espiritualidade, ou iluminação. (1)
CALVINISMO
O
CALVANISMO é o sistema dogmático de João calvinismo e o seu principal tratado
teológico se chamava A INTITUCÃO DA RELIGIÃO CRISTÃ, Calvino nasceu em 1509 e
morreu em 1564, havia se formado em direito e foi uma das colunas da reforma
protestante.
A
teologia de Calvino mantém traços dos ensinos de Zuinglio, Bucer e Lutero, mas
a ênfase de Calvino é na doutrina de Deus, onde lamentavelmente cometeu o erro
grosseiro da predestinação, que alias, se tornou o centro de seus ensinos.
Vejamos uma frase do próprio Calvino:
“Denominamos
predestinação o decreto eterno de Deus, pelo qual decidiu o que acontecerá com
cada homem. Pois não foram criados todos nas mesmas condições; alguns são
predestinados à vida eterna.”
Calvino
também dizia que quando alguém é eleito, ele é chamado por Deus, enquanto o que
não for eleito não é agraciado com o conhecimento de Deus. Os luteranos
rejeitaram o dogma da predestinação de Calvino por que as Escrituras afirmam
que Deus quer salvar a todos conforme I João 2.2 “Ele é a propiciação pelos
nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelo de todo mundo.”
Quanto
a CEIA DO SEHOR, Calvino acredita na presença do Senhor na ceia, mas não
ocorria nenhuma mudança nas substâncias, a expressão em latim para retratar
essa verdade é: FINITUM NON CAPAX INFINITI. “O finito não pode conter o
infinito”. Calvino como nós, também dava importância para a lei mosaica.
Ele
entendeu que a vinda de Cristo foi para cumprir a lei cerimonial, que para nós,
os cristãos, está abolida. Mas quanto à lei moral da antiga aliança permanece
valida para os cristãos, que deve submeter-se a ela e regular sua vida moral
pelos preceitos nela estabelecida. Neste ponto de interpretação Calvino acertou
em tudo, por isso ele também defendia a pena de morte para os crimes pré-estabelecidos
na lei de Moisés. Portanto, no pensamento de Calvino a lei continua tendo
validez.
CONGREGACIONALISMO
O
congregacionalismo é o sistema doutrinário de organização da igreja segundo a
qual toda a congregação é a autoridade. E portanto, todos devem
democraticamente decidir, julgar e discutir os problemas da igreja. Contudo
esta posição de governo democrático da congregação surgiu por motivos de
revolta exagerada ao sistema episcopal do catolicismo romano, daí que a posição
mais equilibrada e bíblica é o governo presbiteriano.
Os
defensores do sistema congregacionalista ou INDEPENDENTE foram alguns
puritanos. Até certo ponto é de se entender essa repulsa por uma autoridade,
afinal esse movimento doutrinário surgiu na Inglaterra onde a principal
denominação, a anglicana, sofria interferência constante das autoridades
seculares, pois a igreja ali era chefiada pelo estado.
Quem
organizou este dogma foram Roberto Browne e Henrique Barrowe. Browne teve que
fugir para a Holanda em 1582, e Barrowe foi condenado a morte por causa de sua
convicção congregacionalista em1593. O que foi lamentável, matar pessoas por
pequenas discordâncias. Os congregacionalistas são em tese: democratas
religiosos, razão porque defendiam como ninguém a liberdade de consciência e a
tolerância religiosa.
Deste
movimento surgiu a Igreja Batista que foi fundada por John Smith. Séculos se
passaram e ainda este é o sistema da organização batista. Entre tantos males
deste sistema de governo podemos enumerar alguns:
1
– Primeiro, no governo congregacionalista ou independente em vez do rebanho
estar sujeito ao presbitério é o presbitério que fica sujeito ao rebanho.
2
- Segundo, a autoridade de julgar o rebanho foi dada por Cristo aos líderes da
igreja, como Jesus falou aos seus apóstolos em João 20-22-23, e os apóstolos
eram presbíteros, como Pedro mesmo se identifica como PRESBÍTERO em sua
primeira Carta no capítulo 5 e versículo 1.
3
– Em terceiro lugar, porque não se pode levar a sério o congregacionalismo como
uma forma de governo eclesiástico. É que um novo convertido ou um crente que
não tenha uma profunda compreensão da palavra vai acabar emitindo opiniões
errôneas nas assembleias.
DINAMISMO
O
dinamismo é uma doutrina formulada no final do segundo século por um curtidor
de Bizâncio chamado Teodoto, ele chegou a Roma no ano 190 devido uma
perseguição que ocorria em sua cidade. Teodoto negava a divindade de Cristo,
por isso ele foi combatido como um herege pelo apologista Tertuliano que o cita
no seu livro ADVERSUS OMNES HAERESES.
Teodoto
ensinava que Jesus nasceu de uma virgem, mas não deixava de ser um simples
homem, Jesus teria vivido como um homem comum até que um dia foi batizado nas
águas, o Cristo desceu sobre ele. Portanto no monarquianismo dinamista Jesus é
um homem que recebeu o elemento divino chamado Cristo.
Por
causa de sua ideia herética Teodoto foi expulso da congregação pelo
presbítero-supervisor (bispo) de Roma, o Vitor. No século seguinte surgira
outro defensor do dinamismo, era PAULO DE SAMOSATA que no ano 260 era bispo
(presbítero-supervisor) de Antioquia, ele era claramente unitarianista, pois
dizia que Jesus era um simples homem, também Samosata no ano 268 foi
excomungado pelo sínodo em Antioquia. As ideias dinamista de Samosata viriam a
influenciar o herético Ário que no quarto século criaria grande polemica sobre
a divindade de Cristo.
Ário
era discípulo de Luciano de Antioquia que por sua vez era discípulo de Paulo de
Samosata, o principal dinamista da história. Portanto, o dogma defendido por
estes eram dogmas contra a divindade de Cristo. Alias, a linha de interpretação
dos antioquianos tinha esse elemento herético.
Luciano de
Antioquia.
No
quinto século outra heresia surgia com a essência do monarquianismo dinamista e
seu novo representante se chamava Nestório que separava o divino do humano na
pessoa de Cristo, mas ao contrário dos outras dinamitas, ele dizia que o Logos
veio habitar no homem Jesus por ocasião de seu nascimento, enquanto os
dinamitas primitivos afirmavam que o divino veio habitar no homem Jesus por
ocasião do batismo.
Dogmas
como esses foram condenados pelos concílios de Nicéia e Calcedônia, pronunciando
as declarações bíblicas de que Jesus é VERDADEIRO DEUS E VERDADEIRO HOMEM
conforme Matheus 2.2, Hebreus 1.6; Apocalipse 5.11-14; I Timóteo 2.5.
DIOFISISMO
Diofisismo
é uma doutrina cristã teológica, usada para expressar a afirmação que em Jesus
havia duas naturezas: uma divina e outra humana. Esta palavra é de origem grega
(dyo+ physis+ ismo = duas naturezas), Quem propôs esta teoria foi Nestório,
cuja doutrina ficou conhecida como Nestorianismo. O Concílio de 451 se reuniu
para discutir a questão das duas naturezas de Cristo. Ao final do concílio
Nestório foi considerado herege, e o concílio lavrou o seguinte credo sobre as
duas naturezas de Cristo:
Fiéis aos santos pais,
todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e
mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito
quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma
racional e de corpo; consubstancial, segundo a divindade, e consubstancial a
nós, segundo a humanidade; em todas as coisas, semelhante a nós, excetuando o
pecado, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a
humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da virgem Maria, mãe de Deus;
Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas
naturezas, inconfundíveis e imutáveis, inseparáveis e indivisíveis; a distinção
da naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as
propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma
só pessoa e subsistência; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e
mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas
outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o
credo dos pais nos transmitiu. (3)
DOCETISMO
O
docetismo foi um movimento altamente herético, pois os docéticos tomavam as
seguintes posições: uns diziam que Jesus não tinha um corpo verdadeiramente
humano e para explicar-se laçavam mão de umas teorias sobre corpos fantasmagóricos,
daí que diziam também que PARECIA que Jesus era humano, PARECIA que ele sofreu
na cruz. Outros docéticos só aceitavam como verídicos alguns aspectos dos
livros biográficos de Cristo negando os demais acontecimentos descritos em
Mateus, Marcos, Lucas e João.
Os
gnósticos em geral eram docéticos, certo Cerinto dizia que CRISTO SAIU DE JESUS
UM POUCO ANTES DA CRUCIFICAÇÃO. Outro docético, Basílides dizia que JESUS NÃO MORREU
CRUCIFICADO, MAS QUE SIMÃO, O CIRINEU MORREU EM LUGAR DE JESUS QUE ESCAPOU.
Segundo
um dos primeiros líderes do cristianismo, IRINEU, o apóstolo João havia escrito
o livro biográfico e as cartas a fim de combater Cerinto. INACIO no inicio do
segundo século no combate ao docetismo dizia: “CRISTO VERDADEIRAMENTE NACEU
DEMARIA, FOI REALMENTE CRUCIFICADO E CRISTO ESTAVA NA CARNE MESMO DEPOIS DE SUA
RESSUREIÇÃO, NÃO ERA ESPIRITO INCORPOREO.”
Os
gnósticos são docéticos por negarem a humanidade de Jesus, como também desde o
séculos XIX as Testemunhas de Jeová tomaram-se os docéticos dos dias modernos
por negarem que Jesus ressuscitou com um corpo físico. A cristologia de Marcião
era também docética: “Cristo
manifestou-se aqui na terra durante o reinado de Tibério Cesar. Apareceu,
todavia, como figura fantasmagórica.”
Para
combater MARCIÃO, Irineu escreveu em ADVERSUS HAERESUS: “como podia ele ter
sido crucificado e como podiam sangue e água ter jorrado do seu peito
traspassado se não era verdadeiramente homem, mas apenas tinha aparência de
homem?”
Por
causa do seu conceito docético, Marcião pregava a salvação somente da alma e
não do corpo. Vejam que o conceito cristológico docético acabou por influenciar
o seu ensino sobre a Tanatologia bíblica. Os docéticos em geral foram
ensinadores que não conseguiram conciliar em suas mentes a ideias de um único
Deus... Mas em três pessoas (hipóstases).
Outra
forma de docetismo que negava encarnação de Cristo foi a defendida por
Apolinário de Laodicéia no final do quarto século, como podemos extrair do
livro VOM HIMMLISCHEN FLEISCH CHRISTI de schoeps, pág 9 de 1951 e do livro
EARLY CHRISTLIAN DOCTRINES de kelly, pág 294: Deus em Cristo foi transmutado em
carne, e esta carne foi então transmutada pela natureza divina. De acordo com
esse ponto de vista, Cristo não recebeu sua natureza humana da virgem Maria.
Antes trouxe consigo do céu uma espécie de carne celestial. O ventre de Maria
simplesmente serviu de passagem.
Apolinário
cometeu este erro por enfatizar demasiadamente a divindade de Cristo, ele
achava que Cristo só tinha uma natureza, a divina, por isso na sua concepção
Cristo não tinha alma.
No
final da primeira guerra mundial surgiu na Alemanha outro teólogo com ideias
extravagantes, foi KARL BARTH, entre tantas heresias ele também demonstrava
conceitos docéticos em sua Cristologia, BARTH via nos livros biográficos (chamado
erroneamente de evangelhos) como uma ilustração do verdadeiro Evangelho. Barth
negava a autenticidade de várias narrativas das Escrituras.
DONATISMO
O
donatismo foi o movimento doutrinado criado por Donato, o grande, que era
presbítero-supervisor (bispo) de Cartago por volta de 332. O donatismo é um
sistema dogmático eclesiológico, o que causou a chamada controvérsia donatista
do quarto século. O donatismo é considerado um dos primeiros grandes movimentos
cismático da igreja, esse movimento iniciou-se no período de perseguição do
imperador romano Diocleciano.
As
primeiras discussões surgiram quando um supervisor de congregação foi ordenado
por um presbítero-supervisor (Bispo) que anteriormente havia entregado copias das
Escrituras as autoridades do governo para serem destruídas em um tempo de
perseguição. Os donatistas achavam isso uma traição, mas a igreja em geral não
achava. Daí que o desentendimento provocou um cisma, pois em Cartago os
presbíteros se reuniram e elegeram um presbítero-supervisor dividindo assim as
igrejas do Norte da África que a certa altura já era mais da metade donatista.
Os
donatistas eram radicais em sua posição, achando-se a única igreja verdadeira
tanto é que, eles não aceitavam o batismo realizado pelas demais igrejas. Os
donatistas diziam que os verdadeiros obreiros eram inatacáveis em sua maneira
de viver e que se eles não fossem íntegros em tudo, o que eles fizessem não
teria validade alguma, seja batismo, celebração da ceia e até mesmo no ato de
ordenar oficiais eclesiásticos. Portanto se um oficial da igreja fosse
considerado indigno da posição, os donatistas não o consideravam obreiro de
verdade, e se ele ordenou alguém para o presbitério ou diaconato tais
ordenações não teriam valor algum.
A
posição dos donatistas quanto às cerimônias cristãs convencionou-se a ser
chamado “THEOLOGIA REGENITORUM” por que para eles a condição espiritual do
oficiante influencia nos efeitos da cerimônia. Por tomarem essa atitude
exclusivista os donatistas se achavam superiores ao demais cristãos e assim
batizavam todos os cristãos que se filiassem a sua organização, eles viam a
necessidade de se desligarem da igreja popular, porque ela era mundana (no
conceito deles).
Os
donatistas queriam mais rigor nas disciplinas e criticavam a igreja por acharem
hipócritas, para eles a igreja devia conter somente os puros. Agostinho
combateu com eloquência os donatistas e por volta do ano 400 ele escreveu: “TEBATISMO”,
um tratado em que ele combateu a doutrina donatista de batizar os cristãos já
batizados. No tratado EPISTELA 93, Agostinho falou o seguinte sobre a questão
do rebatismo:
“Há
grande diferença entre um apóstolo e um beberrão; mas não há diferença nenhuma
entre um batismo realizado por um apóstolo ou por um beberrão.”
A
briga de Agostinho com os donatistas levou-o a fazer pesados comentários,
inclusive incentivando o governo a tomar a atitude de força-los a se integrarem
na igreja popular. Mas não foi preciso usar de violência, pois os vários debates
acabaram enfraquecendo o movimento donatista que a partir de 411 começou a
diminuir em numero ate que se extinguiu.
Aquele
movimento donatista morreu, mas em toda história do cristianismo surgem vários
grupos radicais que não aceitam as outras dominações evangélicas, mesmo quando
as doutrinas são semelhantes, mas por pequenas diferenças acabam por se acharem
donos da igreja verdadeira. Estes donatistas dos tempos modernos convidam os
crentes de outras denominações a saírem dela, são pessoas de baixo nível
cultural que são fortemente atraídos por ideias radicais. No século XX, no
Brasil, surgiram dois grupos bem característicos como a Igreja Pentecostal Deus
é Amor e a mais donatista ainda, a Congregação Cristã no Brasil, esta ultima
batiza os crentes de qualquer denominação, porque eles se acham como sendo a
igreja verdadeira.
DUALISMO
O
dualismo é o conceito universal do DUO, isto é, dois. O dualismo em um sentido
geral é a crença que o universo possui duas forças opostas que se
contrabalanceiam e por isso se equilibram mutuamente. Não é novidade que ideias
filosóficas como essas acabassem sendo incorporada na teologia cristã.
Isso
não quer dizer que toda forma de dualismo esteja errado, pois alguns conceitos
dualistas são verdadeiros como a existência do mundo espiritual e material, a
oposição do DIABO a DEUS, o bem e o mal, a luz e a escuridão, o masculino e o
feminino etc.
Certos
conceitos dualistas são profundamente heréticos como a afirmação que o mundo
material é mal, esquecendo-se que Cristo ressuscitará o nosso corpo, pois a
nossa carne será glorificada. Tais aberrações dualistas como essa ocorrem
porque tais pregadores nem sabem que nas Escrituras “carne” (gr:sarkos) significa:
o corpo ou natureza humana decaída.
Quando
o cristianismo começou a se espalhar pelo mundo os gnósticos tentaram
sincretizarem-se com os cristãos, mas os lideres cristãos combateram o
gnosticismo, pois estes ensinavam que a matéria é mal. No livro “TEOLOGINS
HISTORIA” de Bengt Hãgglund, ele disse: “livrar as almas dos homens do seu
cativeiro ao mundo material e traze-las de volta ao mundo do espírito.” Sobre
esta base desenvolveu-se o conceito gnósticos de salvação.
Dizia-se
consistir a salvação no livramento das almas do mundo material a fim de que
pudessem ser purificadas e trazidas de volta á esfera de onde vieram. Por causa
do conceito que a matéria é má os gnósticos recusavam-se a acreditar que o
Cristo encarnou-se, para eles Jesus Cristo não era humano, e já nos dias do apóstolo
João, os gnósticos foram duramente criticados na palavra de Deus por causa
dessas ideias (leia I João 4.2).
Os
dualistas gnósticos tinham duas éticas, uma era daqueles que, como se havia de
esperar, por acharem o mundo material mal, pregavam libertação do espírito dos
desejos ardentes da carne. Havia também os dualistas gnósticos que diziam que
para se libertarem da carne deveriam entregar-se aos desejos mundanos (totalmente
sem lógica, mas o pecado é isso mesmo).
Por
considerarem a criação vil e má essas ideias foram taxadas pelos lideres
cristãos dos primeiros dos séculos de “BLASPHEMIA CREATORIS.” Mani que no
terceiro século criou o maniqueismo, também era dualista radical. O teólogo
alemão SCHLEIERMACHER era contra o dogma DUALISTA, mas acabou indo para o outro
extremo como podemos ler no seu livro DER CHRISTLICHE GLAUBE onde o autor
aniquila o dogma dualista chegando mesmo a dizer que não existe uma forca em
oposição a Deus negando a existência do Diabo.
Que
existe certo dualismo no mundo ninguém pode negar, pois Jesus mesmo pregou
sobre os dois caminhos (Mateus 25.46), e sobre os dois senhores (Mateus 6.24).
EBIONISMO
O
Ebionismo foi um movimento judaico dentro do cristianismo que ensinava aos
novos cristãos a obedecerem à lei de Moisés. O nome ebionismo origina-se da
palavra hebraica “evjonim” que significa “os pobres”, título honroso para os
cristãos em Jerusalém.
Os
ebionistas se dividiam em mais rigorosos ou menos rigorosos. Estes últimos
pregavam aos cristãos gentios que estes deviam submeter-se a lei de Moisés, bem
como a circuncisão e as leis alimentícias. Naturalmente os ebionistas
detestavam os ensinos de Paulo, e rejeitavam as suas cartas.
Os
cristãos judaicos escreveram alguns livros como “PSEUDO-CLEMENTE”, “PREGACÃO DE
PEDRO,” e varias biografias apócrifas de Jesus. A visão deles sobre Jesus era a
de um homem e não a de Deus encarnado, por isso eles rejeitavam a divindade de Cristo.
Jesus era somente um homem com poderes divinos.
Nas
suas cartas, Paulo combateu os judaizantes de forma contundente, principalmente
nas cartas aos Romanos, aos Gálatas e aos Colossenses. Os adventistas do Sétimo
Dia são ebionistas, pois ainda acreditam que é necessário guardar o sábado.
Contudo não percebem que o sábado é uma aliança de Deus com Israel e não com a
igreja. Ninguém que estuda as cartas de Paulo pode continuar sendo um ebionista.
ESCOLASTICISMO
Escolástica ou
escolasticismo (do latim scholasticus, e este por sua vez do grego σχολαστικός
[que pertence à escola, instruído]) foi o método de pensamento crítico
dominante no ensino nas universidades medievais europeias de cerca de 1100 a
1500. Não tanto uma filosofia ou uma teologia, como um método de aprendizagem,
a escolástica nasceu nas escolas monásticas cristãs, de modo a conciliar a fé
cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia
grega. Colocava uma forte ênfase na dialética para ampliar o conhecimento por
inferência e resolver contradições. A obra-prima de Tomás de Aquino, Summa
Theologica, é frequentemente vista como exemplo maior da escolástica. (5)
O
escolasticismo protestante refere-se ao desenvolvimento teológico pós-reforma
nas igrejas reformadas. Teve seu começo no final do século XVI seguindo o
trabalho da segunda geração de codificadores da reforma, como Calvino, Heinrich
Bullinger, Wolfgang Musculus, e Peter Martyr Vermigli e se estendendo para o
século XVIII.
Seu
trabalho foi fazer uma obra de sistematização dentro das fronteiras criadas
pelas grandes confissões reformadas do século XVI. Para tal, o método empregado
foi o escolástico. O que isto significa? Richard Muller responde dizendo: “Ele
é chamado de “escolástico” primeiramente por causa do método teológico que ele
usou na formulação dos seus sistemas de doutrina”. Muller prossegue lembrando-nos: “O
escolasticismo do final do século XVI e século XVII foi auxiliado pelo aumento
da abertura da teologia protestante para o uso da razão e filosofia,
especificamente para o aristotelismo revisado do final da renascença”. E
conclui destacando que não devemos confundir este escolasticismo com o
medieval: “Admitindo o desenvolvimento em lógica, retórica e metafísica que
tiveram lugar nos séculos XV e XVI, nem o método, nem a filosofia dos
protestantes escolásticos foram idênticos aos dos pensadores medievais”.
Certamente aí está a causa do preconceito de muitos que vieram a desconsiderar
esta fase do pensamento reformado por causa das suas supostas ligações coma
teologia especulativa e racionalista da Idade Média. Como nos trás à memória
Arvin Vos: “O termo foi primeiro usado num sentido derrogatório pelos humanistas
do século XVI. Ele é agora aplicado à qualquer teologia na qual a preocupação
com a lógica e o método são proeminentes, onde teologia é concebida em termos
de ciência”.
Sua
influência durou duzentos anos. Por este simples fato já se torna algo digno da
nossa atenção. Mas, não apenas isto. Podemos avaliar sua importância quando
pensamos na obra magistral destes teólogos que se viram diante do desafio de
apresentar de forma bíblica, racional e sistematizada o pensamento protestante
em face dos ataques bem articulados da teologia católica romana. Esta seria, na
divisão de Muller a primeira fase desta vertente teológica do protestantismo,
que duraria de 1565 até 1640. Em 1545 através do Papa Paulo III, a Reforma foi
respondida e condenada, como nos lembra Muller, pelas melhores mentes
teológicas da Igreja Católica Romana. Entre estas mentes a do Cardeal Roberto
Belarmino: “No curso desta polêmica, o Protestantismo desenvolveu uma síntese
mais detalhada da sua própria posição teológica”. Comenta Muller:
Esta fase seria
caracterizada ainda por mais três fatores: a necessidade da terceira geração de
líderes protestantes de declarar para si mesmos o significado da Reforma, o
interesse entre os sucessores dos reformadores em manter e enfatizar a
catolicidade da Reforma à luz da tradição cristã e a tentativa de formular o
sistema teológico do protestantismo em larga escala, além do oferecido pela
segunda geração de reformadores, com a reintrodução de categorias filosóficas. (4)
Não
foi coisa de somenos importância o que esta gente realizou. O debate era
intenso, do lado católico posições muito bem defendidas tendo ao seu lado o
peso da tradição, o que podia levar muitos a pensar que não era possível que a
igreja estivesse errada por tantos anos conforme os Reformadores haviam
denunciado. Richard Muller define a teologia deste período como “aberta por um
lado para a tradição medieval como seu uso da filosofia Aristotélica, mas do
outro lado consciente do mandato da Reforma de não admitir nenhuma norma para a
doutrina igual ou maior do que a Escritura”.
A
segunda fase apresentada por Muller é a que se estende de 1640 até 1700, intitulada
de era da alta ortodoxia, que veio a ser a grande era do sistema teológico. Foi
uma era de considerável atividade intelectual nos campos da teologia, estudo
linguistico, e exegese. Foi a era do debate sobre o federalismo de Cocceious,
que veio a se tornar tão característico do pensamento reformado posterior onde
a relação de Deus com os homens é vista sempre em termos pactuais e Adão sendo
apresentado como o representante da humanidade no pacto das obras e Cristo, o
segundo Adão como o representante da igreja no pacto da graça. Neste mesmo
período questões teológicas altamente técnicas foram tratadas. Especialmente
pela escola de Saumur. Não foi fácil manter a continuidade teológica com a
Reforma enquanto também formulava um sistema teológico amplo numa era de método
escolástico e revoluções no campo da ciência e da filosofia. O que mais
importante aconteceu neste período no campo teológico em geral foi a perda da
tradicional síntese Aristotélica de teologia, filosofia e ciência. Falando um
pouco mais sobre o ethos intelectual Richard Muller diz:
A
ortodoxia começou a sentir o impacto do racionalismo cartesiano e, na
Inglaterra, da teologia natural do incipiente Deísmo. No final desta era, os
sistemas racionalistas de Espinoza, Leibniz e Locke manifestaram ainda mais
claramente a mudança no clima filosófico.
A
fase final, na boa divisão histórica de Muller vai de 1700 até 1790, que
poderia ser chamada de ortodoxia e racionalismo tardio. Aqui tem-se início o
declínio e estagnação do escolasticismo protestante. Fora o impacto do ambiente
intelectual o escolasticismo protestante foi transformado pelas forças do
Pietismo, indiferentismo doutrinário e racionalismo. O Pietismo com sua ênfase
na dimensão prática do cristianismo, o indiferentismo doutrinário subproduto de
uma exaustão de debates teológicos sem fim em torno de minudências. O
escolasticismo Protestante de Aristotélico tornou-se Cartesiano, para mais
adiante ser esmagado pela crítica de Kant à metafísica racionalista. A razão
não deveria ser vista como ponto de partida para a teologia. Porém, tal não ocorreu
sem antes os ataques racionalistas serem feitos aos pressupostos
sobrenaturalistas do escolasticismo Protestante.
ESPIRITUALISMO
O
espiritualismo do ponto de vista teológico é o sistema doutrinário que valoriza
o lado espiritual em questões da doutrina de Deus. O espiritualismo diz que
Deus não tem corpo, Deus não tem forma física, essas afirmações são corretas
porque se Deus tivesse e forma de homem como sugere a principio a descrição do
homem. Não há como explicar porque Deus é descrito com asas no salmo 91.
Outra
forma de espiritualismo são as ideias de não participação social do cristão,
principalmente na política, como defendiam os anabatistas, também chamados de
SCHWARMGEISTER. Neste mesmo tipo de crença estão as Testemunhas de Jeová e
outros grupos evangélicos radicais como a Congregação Cristã no Brasil que são
apolíticos.
Lutero
discordou deste ponto de vista, ele achava que o cristão podia participar
politicamente da sociedade, mas não aceitava a insurreição, mesmo que fosse por
uma causa justa. O cristão, segundo Lutero, devia obedecer as autoridades
porque esta é a vontade de DEUS. A única exceção seria se o governo exigisse
algo contra a vontade de DEUS, ai sim, justifica-se as palavras de Atos 5.29:
“Antes importa obedecer Deus do que os homens”.
Portanto,
não há razão para seguir este tipo de espiritualismo que condena a participação
do cristão na sociedade. Uma interpretação correta do espiritualismo é
apresentada na questão da CEIA DO SENHOR, defendida por Zwinglio e Carlstadt.
Zwinglio corretamente interpretava “Este é o meu corpo” de forma simbólica o
“é” (est) quer dizer “isto significa meu corpo”.
Imagine
só se fossemos interpretar certas palavras ditas por JESUS, então quando Jesus
disse: “Eu sou porta”, “Eu sou o caminho.” Se tomássemos estas palavra
literalmente, em que ridículo não cairíamos ??? Uma das ideias mais perniciosa
do espiritualismo refere ao ensino de Hermann Rahtmann, pastor em Denzig que
dizia: “As Escrituras em si mesma são letras mortas”.
Ideia
esta que foi aceita pelos crentes que não gostam de estudar as Escrituras,
estes últimos, nos dias modernos frequentemente atacam teologia e os estudos
bíblicos como “conhecimentos carnais”, o teólogo Gerhard combateu Rahtmann
dizendo: “a palavra possui sua eficácia espiritual mesmo antes de ser usado
(extra usum)”.
Essa
ideia de Rahtmann não pode ser considerada nem como humana, mas diabólica
mesmo, pois o povo evangélico sente medo de estudar as Escrituras porque pensar
estar pecando contra Deus. Esses irmãos precisam entender que: “O ESPIRITO NÃO
AGE AO LADO DA PALAVRA OU INDEPENDENTE DELA, MAS EM E COM A PALAVRA DIVINA
QUANDO É OUVIDA OU LIDA”.
ESTOICISMO
Estoicismo
foi uma filosofia da Grécia Antiga que dava ênfase as virtudes e a busca do
conhecimento e rejeitava a vida mundana, voltada aos prazeres carnais. Este
pensamento filosófico foi criado por Zenão de Cício, na cidade de Atenas, e
defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e
racional.
As
virtudes era o bem supremo que os homens deveriam almejar. O vício é a ruína
humana no pensamento estoico. Um verdadeiro sábio, segundo o estoicismo, não
deveria sofrer de emoções externas, pois estas influenciariam em suas decisões
e raciocínios.
O
termo estoicismo originou-se das palavras gregas “stoà poikile”, que significa
“Pórtico das Pinturas”, o local onde o fundador desta doutrina filosófica
ensinava em Atenas. Esta doutrina é dividido em três principais períodos: ético
(antigo), eclético (médio) e religioso (recente). O período antigo compreende o
tempo do seu fundador, Zenão de Cício (333 a 262 a.C), e foi concluída por
Crisipo de Solunte (280 a 206 a.C), que teria desenvolvido a doutrina estoica e
transformado no modelo que é conhecido na atualidade. O período médio compreende
o tempo em que os romanos assimilaram esta filosofia, sendo o principal divulgador
do estoicismo na sociedade romana Panécio de Rodes (185 a 110 a.C). Neste tempo
absorveu pensamentos de Platão e Aristóteles. Posidônio de Apaméia (135 a.C a
50 d.C) foi o responsável por esta mescla. A terceira fase do estoicismo é
conhecida como religiosa ou recente. O imperador romano Marco Aurélio foi um
dos principais representantes do estoicismo religioso. Os membros deste período
enxergavam a doutrina filosófica não como parte de uma ciência, mas como uma
prática religiosa e sacerdotal.
O
estoicismo durou cerca de 500 anos e grande foi a sua influência entre gregos e
romanos. É uma doutrina eclética, e incorpora muitos conceitos dos filósofos
anteriores e contemporâneos: Heráclito, Platão e Aristóteles, os cínicos.
Zênon, o fundador do estoicismo, era
considerado fenício por seus contemporâneos, e oriundo da Ilha de Chipre. Praticamente nada se sabe de sua vida
pessoal, exceto que chegou a Atenas ainda jovem, e que estudou com alguns
filósofos que o precederam, como Estílpon de Mégara, o cínico Crates de Tebas e
Xenócrates da Calcedônia, da Academia. (6)
O funeral de Zênon em Atenas foi
efetuado às expensas da cidade, uma vez que "tinha feito de sua vida um
exemplo para todos, pois seguiu seus próprios ensinamentos" (Harvey,
1987).
EUTIQUIANISMO
Também
conhecida por Monofisismo, esta concepção de Cristo, formulada por Eutiques (ou
Êutico, 378-454 d.C.), que fora líder de um mosteiro em Constantinopla. O
Eutiquianismo ensinava que a natureza divina de Jesus havia absorvido a natureza
humana, gerando consequentemente um ser com uma terceira natureza. Esta
doutrina é preocupante, pois anula Cristo como verdadeiro Deus e como
verdadeiro homem, o único que pode nos trazer salvação. Este falso ensino foi
refutado em 451 no Concílio de Calcedônia.
Neste
concílio reuniram-se 600 bispos, que pelo debate contra o Eutiquianismo
formularam uma confissão de fé que elucidou a humanidade e a divindade de Jesus
Cristo. Esta confissão cristológica permeia a crença das igrejas Orientais
Ortodoxas, Católica Romana e as igrejas oriundas da Reforma Protestante, salvo
as correntes pseudo-cristãs que durante a história trouxeram falsos ensinos que
perverteram a cristologia ortodoxa. (10)
Como
o próprio nome sugere deriva-se do nome EUTIQUES que era abade de um mosteiro
em Constantinopla, em geral ele concordava com a teologia Alexandrina (favorável
a divindade de Cristo) e opunha-se a Cristologia (que negava a divindade de
Cristo).
Eutiques
se embaraçou todo quando disse que Jesus só tinha uma natureza e também dizia
que Jesus não foi um humano como nós. Por negar a natureza humana de Cristo ele
foi excomungado em Constantinopla, mas em 449 o bispo de Roma (chamado e leão I
no rol de papas católicos) através de uma trama política eclesiástica
reintegrou Eutiques no sínodo de Éfeso, este sínodo entrou na historia como o
sínodo dos ladrões”.
Mais
tarde as ideias de Eutiques foram rebatidas e condenadas pelo Concilio de
Calcedônia que reformulou o credo Niceiano para combater as novas heresias como
a de Eutiques.
O
credo Calcedônio diz: “confessamos um Deus que é o mesmo com o Filho, nosso Senhor
Jesus Cristo, que é perfeito em sua divindade e perfeito na humanidade (contra
Eutiques) com alma racional e o corpo de uma essência com o Pai segundo a
divindade e da mesma essência que nós, segundo a humanidade, igual a nós em
todas as coisas, exceto que não tinha pecado (contra Eutiques), que segundo sua
humanidade nasceu da virgem Maria, mãe de Deus para nossa salvação: um é o
mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito revelado em duas naturezas sem confusão,
sem modificação (contra Eutiques), indivisivelmente e inseparadamente, sendo a
distinção das naturezas de nenhum modo eliminada pela união, sendo preservadas
as propriedades de cada natureza convergindo elas numa hipóstase (pessoas), não
são separadas ou divididas em duas pessoas, mas um é o mesmo Filho e Unigênito
de Deus, Logos, o Senhor Jesus Cristo”.
Como
vimos o credo calcedoniano apresenta-se totalmente compatível com as
Escrituras, menos no tocante a Maria na qual já se percebe a idolatria e o
titulo blasfemo de mãe de Deus. Pois não se deve chama-la mãe de Deus só porque
Jesus era Deus, assim como ninguém pode chamar a mãe do presidente da Coca-Cola
de mãe da Coca-Cola só porque o seu filho é o “cabeça da empresa Coca-Cola”. O
credo Calcedônio encarregou-se de combate a heresia de Eutiques, porque Jesus é
verdadeiro homem (Mat. 26.24) e verdadeiro Deus (João 1.34).
FONTINIANISMO
O
fontinianismo era o movimento dogmático de Fotino de Sirmio [aproximadamente em
376], ele havia aprendido com Marcelo de Ancira [aproximadamente em 374] que
dizia: “Acreditava que a filiação de Cristo era necessária em dado momento e
que o Logos seria então reincorporado ao Pai”. Fotino fazia uma separação da
natureza divina da humana, distinguindo em Jesus Cristo duas pessoas: uma o
Logos que era idêntico ao Pai e outra, o Cristo que era o homem, filho de Maria
e nada mais além disso. O fontinianismo é mais outra heresia, pois as Escrituras
dizem que Jesus Cristo é uma pessoa só e que ele reinara para sempre sem nunca
separar o Logos do Cristo [como se isso fosse possível!] como dizem as Escrituras:
“o Deus do céu, levantará um reino que não será jamais destruído...” [Daniel
2.44] ora se o Cristo vai reinar para sempre como ele poderá ser dissolvido
como ensinou os fontinianistas? Não foi por acaso que quem dissolveu-se foi o
fontinianismo...
Ao mesmo tempo Fotino
declarou seu próprio sistema teológico, que afirmava que Jesus não era divino e
que o Logos não existia antes da concepção de Jesus. Para Fotino, o Logos era
simplesmente um aspecto de um Deus monoteísta, portanto ele negava a
pré-existência de Cristo e via teofanias no Antigo Testamento como sendo do Pai
e o Antigo de Dias (como em «Eu estava olhando até que foram postos uns tronos,
e um que era Antigo de Dias se assentou;» (Daniel 7:9)) seria apenas uma
predição. O historiador da Igreja Sócrates Escolástico identificou as crenças
de Fotino com as de Sabélio, Paulo de Samósata e Marcelo de Ancira. Ambrósio de
Alexandria, entre os muitos que acusaram Fotino de reduzir Cristo a um homem
adotado por Deus, ou seja, a união entre o Logos e o homem seria uma de
inspiração e concordância moral apenas. Ambrósio diz ainda que dois dos textos
favoritos de Fotino eram «Pois só há um Deus e só há um mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus homem» (I Timóteo 2:5) e «mas agora procurais tirar-me
a vida, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus» (João 8:40) e é
fácil ver o por quê. Sínodos realizados em 345 e 347 excomungaram Fotino, mas
ele permaneceu como bispo por causa do apoio popular. Um sínodo em Sirmio foi
realizado e Hilário de Poitiers cita algumas de suas proposições arianas. Fotino
então apelou ao imperador romano Constâncio II. Em outro sínodo em Sirmio em
351, Fotino argumentou com o semi-ariano Basílio de Ancira e Fotino foi deposto
sob acusações de sabelianismo e adocionismo. Ele foi anatemizado e enviado ao
exílio, onde ele escreveu diversas obras teológicas. Ele recebeu uma carta de
aprovação de Juliano, o Apóstata em 362 que acusava Diodoro de Tarso, então
engajado em combater as tentativas de Juliano de descristianizar o império, e
que assim começava:“ Oh Fotino! Você
de qualquer forma parece defender o que provavelmente a verdade, e chegou mais
perto de ser salvo, e faz bem em acreditar que aquele que se propõe um deus não
poderia de forma nenhuma ter nascido de um útero. Mas Diodoro, um padre
charlatão dos nazarenos, quando ele tenta provar aquela teoria sem sentido
sobre um útero através de artifícios e malabarismos, é claramente um esperto
sofista daquela crença dos caipiras.(11)
GNOSTICISMO
O
gnosticismo foi e é um movimento religioso sincretista que misturou elementos
do cristianismo, da filosofia grega e outras crenças diversas. Os gnósticos
negavam a encarnação de Cristo e por isso são chamados de anticristos pelo apóstolo
João em sua primeira carta [I João 2.22; 4.2-3]. Os gnósticos foram também
durante certo tempo criticados pelos primeiros lideres da igreja como os
apologistas, alias estes diziam que o líder gnóstico era Simão, o mago de Atos
8 que desviou-se do caminho. Irineu, Hipólito e Tertuliano acusavam a filosofia
grega de Platão, Aristóteles, Zenão e Pitágoras como principio do mal gnóstico.
Bengt
Hagglund disse o seguinte: “o gnosticismo já existia quando o cristianismo
surgiu; era então fenômeno religioso um tanto vago, uma doutrina especulativa
da salvação com contribuição de várias tradições religiosas diferentes... Os
muitos cosmológicos atestam sua origem babilônica, enquanto seu dualismo
extremado o relaciona com a religião da pérsia”. O gnosticismo queria absorver
o cristianismo, por isso era considerado o principal inimigo do cristianismo.
HERRNHUTISMO
A Igreja dos Irmãos
Morávios ou Herrnhuter Brüdergemeine é uma denominação protestante. Começou no
século XIV na Boêmia, hoje República Checa. O seu nome oficial é UNITAS
FRATRUM, que significa Unidade de irmãos que não deve ser confundida com a
pequena unidade da Igreja de Irmãos, no Texas. Também é ocasionalmente referida
como os Irmãos da Boêmia. Ela coloca uma elevada importância na unidade cristã,
na unidade pessoal, na piedade, nas missões e na música. (7)
Pietistas
Herrnhutistas era uma forma de pietismo ou puritanismo, sofreu um grande
avivamento no final do século XVII, junto aos protestantes subterrâneos na
Moravia e na Bohemia (onde o protestantismo era proibido). O movimento de Herrnhuter
se espalhou na Alemanha, com a influência do jovem conde Nikolaus Ludwig von
Zinzendorf que entrou para o movimento. Tudo começou com um grupo de famílias
seguidoras da tradição da irmandade da Bohemia que fugiu da Moravia em 1722 e
assentou-se na propriedade do conde, na Saxônia, onde fundaram Herrnhut. (Herrnhut
tanto significa "sob o cuidado do Senhor" como também "montando
guarda para o Senhor"). A cidade de Herrnhut tornou-se a comunidade mãe do
que depois se tornou a igreja da Morávia.
A
irmandade fez que Herrnrut se tornasse o centro de um programa mundial de
pregação cristã. Em 1727, os primeiros missionários deixaram a sede para
trabalhar entre os escravos nas Índias Ocidentais (Antilhas) em 1732. Na
internet no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=VcRn54aYh3w
pode-se assistir ao filme: “Primeiros Frutos - A História dos
Morávios”, na qual vemos a grande importância missionária de Herrnhuter para o
movimento missionário cristão. Nas duas décadas seguintes missões seguiram para
a Groelândia, o Suriname, a África do Sul, Argélia, e para o meio dos índios na
América do Norte. O Conde Zinzendorf teve importância vital para o evangelismo
global.
Herrnhut
desenvolveu um tipo de comunidade em que a vida civil e religiosa eram
integradas em uma sociedade teocrática, um protótipo para cerca de 20
assentamentos na Europa e na América. Movimento semelhante as comunidades
cristãs do primeiro século de Atos 2, e semelhante aos Amish e menonitas. Os
irmãos mantinham a si e aos projetos com uma indústria de artesanato. As
comunidades garantiam a seus membros casas comunitárias, comida, roupa, emprego,
e assumiam inteira responsabilidade pelo cuidado e educação das crianças
seguindo teorias pedagógicas inovadoras e eficazes de Zinzendorf. Havia divisão
comum do trabalho e da produção, e a comunidade cuidava das necessidades de
seus membros em troca de seu trabalho.
Zinzendorf' procurou
desenvolver pequenas igrejas dentro da Igreja, com a finalidade de revitalizar
e assim unificar as igrejas em uma única comunhão Luterana. Perseguido pelo
governo saxão, Zinzendorf foi banido de sua propriedade. No exílio o conde foi
sagrado bispo da Unitas Fratrum (Irmandades Unidas). Formou novas irmandades na
Inglaterra, Holanda e no Báltico. De 1741 a 1743 ele viajou à América,
instalando congregações morávias em Nova York e na Pennsylvania. Retornou a
Herrnhut em 1749 e lá presidiu a Igreja da irmandade até sua morte em 1760. (8)
HUMANISMO
Humanismo
é um termo aplicado livremente para uma variedade de crenças, métodos e
filosofias que colocam ênfase central no reino humano. Na maioria das vezes, no
entanto, o termo é usado com referência a um sistema de educação e modo de
investigação que se desenvolveu no norte da Itália durante os séculos 13 e 14 e
mais tarde se espalhou pela Europa continental e na Inglaterra. Alternadamente
conhecido como o humanismo renascentista, este programa foi tão ampla e
profundamente influente que é uma das principais razões por que o Renascimento
é visto como um período histórico distinto. Com efeito, embora a palavra “Renaissance”
é de cunhagem mais recente, a ideia fundamental desse período tem origem no
humanismo. Este movimento procurou suas próprias bases filosóficas em tempos
muito anteriores e, além disso, continuou a exercer influência por muito tempo
após o fim da Renascença.
Erasmo
era um humanista pelo modo como privilegia os antigos, percebe-se o
conhecimento profundo que possuía da mitologia greco-latina, que usava abundantemente
na sua obra ELOGIO DA LOUCURA, mas também o seu sentido do livre arbítrio, de
valorização da literatura patrística, pois os Pais da Igreja são, para os
homens do renascimento, que criticavam os Doutores da Escolástica, os clássicos
da Teologia, a atenção dada à paz, quer no que diz respeito à guerra, quer
mesmo à concórdia entre as religiões, sendo a favor da unidade cristã, e
tendo-se empenhado, fortemente, na sua defesa, ainda que no final, não tenha
tido êxito, frente à ruptura operada por Lutero.
Uma das mais célebres
obras filosóficas do Renascimento, "O Elogio da Loucura" foi escrito
originalmente em latim ("Encomium Moriae") e publicada em Paris, no
ano de 1511, pelo escritor, filósofo e teólogo Desidério Erasmo (1469-1536),
dito Erasmo de Roterdã, porto holandês onde nasceu. (...) A perspectiva humanista
considera o homem em sua totalidade, como ser formado de alma e corpo,
destinado a viver no mundo e a dominá-lo. Nesse sentido, o humanismo faz mudar
o foco dos estudos acadêmicos conforme eram orientados na Idade Média, deixando
de lado a metafísica e afirmando a importância do conhecimento das leis, da
natureza, da medicina e da ética. Isso constitui a base da ciência moderna. (9)
IDEALISMO
O
idealismo é o centro dogmático de cada grupo, a ênfase que este ou aquele grupo
ou movimento religioso destaca, este é o dogma central da sua teologia, por
isso podemos dizer que o idealismo das Testemunhas de Jeová é o nome “Jeová” e
o reino é o centro da sua teologia. O idealismo católico é Maria. Toda igreja é
fundada com um ideal, que muitas vezes no transcorrer da sua história é
deteriorada e corrompida pelos homens que integram estes grupos, homens que
acabam mudando o foco, e geralmente colocando seus interesses pessoais em
primeiro lugar.
LAPSARIANISMO
Estes
três termos teológicos, discutido entre os pensadores calvinistas, lidam com a
predestinação divina de certas pessoas para serem salvas. O termo lapsarianismo
está relacionada com a palavra “lapso”. A queda da humanidade em pecado foi um
"lapso" ou um "deslize" ou uma "queda" de seu
estado original de inocência. O foco da lapsarianismo é a sequência da ordem na
qual Deus determinou que as coisas acontecessem. Em que ordem as coisas
sucederam-se? Deus criou a humanidade, permitiu a queda, elegeu alguns para a
salvação e forneceu salvação para a humanidade? Em última análise, estas são
questões que nós somos incapazes de compreender plenamente. O que realmente
importa é que Deus criou a humanidade, e a humanidade pecou, e Deus providenciou
a salvação através de Jesus Cristo.
Infralapsarianismo
("após o lapso") coloca os decretos de Deus na seguinte ordem: (1)
Deus decretou a criação da humanidade, (2) Deus decretou a queda da humanidade,
(3) Deus decretou salvar alguns dos caídos, e (4) Deus decretou a fornecer
Jesus Cristo como o Redentor. Infralapsarianismo se concentra em Deus permitindo
a queda e proporcionando salvação. Este é de longe a visão da maioria
calvinista reformada.
Sublapsarianismo
("sob o lapso") é muito semelhante ao infralapsarianismo, colocando
os decretos de Deus na seguinte ordem: (1) Deus decretou criar seres humanos,
(2) Deus decretou a queda, (3) Deus
decretou fornecer salvação suficiente para todos, e (4) Deus decretou escolher alguns para receber esta salvação. A
única diferença entre infralapsarianismo e sublapsarianismo é se Deus primeiro
decretou a fornecer a salvação através de Jesus Cristo e, em seguida, escolheu
alguns para serem salvos, ou vice-versa.
Supralapsarianismo
("antes do lapso") coloca os decretos de Deus na seguinte ordem: (1)
Deus decretou a eleição de alguns e a condenação eterna dos outros, (2) Deus
decretou criar os eleitos e condenados eternamente, (3) Deus decretou permitir
a queda, e (4) Deus decretou fornecer salvação para os eleitos por meio de
Jesus Cristo. O Supralapsarianismo se concentra em Deus ordenar a queda, a
criação de certas pessoas com o único propósito de serem condenadas, e, em
seguida, providenciar a salvação para apenas aqueles a quem Ele havia elegido.
Os representantes deste dogma foram Beza e Francisco Gomaro. Estes diziam que
Deus predestinou o pecado, que para Deus, o pecado de Adão era de seu
conhecimento que iria acontecer, e mais, que também Deus o havia fixado para que
acontecesse. Esta é a forma mais radical do calvinismo. Das almas que morrem e
vão para o inferno eles diziam que Deus simplesmente não ligou para estes. Este
dogma de Deus contradiz-se com as Escrituras que diz: “Reconheço por verdade
que Deus não faz acepção de pessoas; mas aceita o que o teme e faz o que é
justo” (Atos 10. 34-35).
LATITUDINARISMO
O
Latitudinarismo é um conceito correto, desde que a palavras de Deus esteja em
primeiro lugar como defendia vários representantes deste movimento. O
Latitudinarismo defende que a palavra de Deus e a razão concordam plenamente
entre si. Seu principal líder foi João Tiletson [1630-1694] e chegou mesmo a
ser arcebispo de Cantuaria, alguns o consideravam subversivo e radical, mas não
havia razão justificável para criticá-lo assim, os latitudinaristas não
trocavam as Escrituras pela razão, apenas faziam uso da razão para argumentar
em favor das Escrituras. Outra ênfase deles era a conduta moral que eles tinham
em alta estima.
LIBERTINISMO
O
libertinismo é um sistema de ética em que os seus adeptos defendem um estilo de
vida mundano, um dos primeiros grupos cristãos libertinista foi os gnósticos,
que diziam: “A independência da matéria só pode ser obtida quando a gente se
entregava completamente às concupiscências da carne”.
Vários
grupos cristãos desde os tempos antigos até os dias de hoje procuram um padrão
ético frouxo onde cada um possa fazer o que quer sem ter que ser amolado por
não andar debaixo de normas e condutas rígidas.
Como
muitos oficiais eclesiásticos só estão interessados em ajuntar discípulos, eles
evitam o máximo de doutrinar a igreja, são amigos do mundo (Tiago 4.4), adeptos
da porta larga (Mat. 7.13),se interessam somente em atrair multidão (Atos
20.30). Os libertinos procuram considerar mais o lado do homem do que o lado de
Deus, eles se preocupam muito mais em agradar aos homens do que Deus.
MANDENISMO
O
livro sagrado deles é o Santo Ginza, escrito em aramaico Oriental, uma língua
também chamada Mandean. Quando o livro é fechado, ele é coberto por um cobertor
e uma grande quantidade de flores. A sede da religião é no Iraque e são
prováveis discípulos de João Batista que com o passar do tempo deturparam os
ensinos de João. O rio Tigre era o lugar sagrado aonde faziam batismos. Este
foi o antigo lugar para rituais de batismos semanais, mas substituído com a
piscina do Manda. Dentro do principal manda de Bagdá, no Iraque há decoração
no teto, com o principal símbolo da Mandenismo.
Dentro
do principal manda de Bagdá, no Iraque: O salão da congregação tem uma gravura
que retrata o batismo, João Batista no rio Jordão. É considerado um grupo
sobrevivente da religião gnóstica, agora com cerca de 60 mil adeptos, que vivem
no sul do Iraque e sudoeste do Irã. Sua principal cidade é Nasiriyya.
Eles
são frequentemente chamados de cristãos de São João, como ele é tido como uma
pessoa muito sagrada em sua teologia. Mandenismo em aramaico significa
"conhecimento", ou seja, uma tradução de "gnosis" do grego.
Há
duas teorias para suas origens. Ou eles podem pertencer a um grupo emergente da
Palestina, que eram seguidores de João Batista. A outra teoria liga a eles o
Sabaeans, originalmente da região Harran.
João
Batista é central no seu ensino, como representante de sua fé. Jesus também é
central, mas ele desempenha um papel totalmente diferente do que em religiões
como o cristianismo e o islamismo, e é visto como um falso profeta, quase
retratado como o mal.
O
livro religioso central para Mandeans é o Santo Ginza, contendo tratos morais e
narrativas mitológicas e teológicas, bem como hinos. Existem muitos outros
livros menos centrais, principalmente escritas em aramaico oriental. O conteúdo
desses livros varia, e muitos têm textos mágicos e exorcismos. A coleção de
livros começou no tempo do Islã.
O
batismo é central para o culto do Mandenismo, e o santuário é uma casa muito
simples e pequena, com telhado inclinado. Em frente tem uma piscina, que é
ligado a um rio vizinho.
O
rio é chamado de 'Jordão' e é usado para o batismo. Toda a área é cercada por
uma cerca alta ou uma parede. Batismos são realizados aos domingos, e todos os
crentes passam várias vezes a cada ano por esta cerimônia. Batismo no
Mandenismo pode ser comparado com a comunhão cristã, e a oração muçulmana.
O
outro ritual central é a oração aos mortos, com recitações do Ginza. A alma é
liberada a partir do terceiro dia após o momento da morte. As refeições são
fundamentais nesses rituais. Sepulturas mandenistas tradicionais não são
marcadas, identificando o corpo. Mas nos tempos modernos, esses costumes têm se
ajustado aos costumes muçulmanos.
A
ética do mandeismo não são diferentes da ética judaica e suas leis e se aplicam
a todos os Mandenistas, homem ou mulher, líderes ou não. Monogamia, leis dietéticas,
rituais e doação de esmolas são todos os atos recomendados.
De
acordo com os mandenistas, o cosmos é composto de duas forças, o mundo da luz,
localizados ao norte e o mundo das trevas, localizados ao sul. Há deuses
menores, chamados reis. Entre as duas forças existem hostilidades, e é nas
lutas entre os dois que o mundo se desenvolve, mas sem o consentimento do
governante de luz. O homem é criado pelas forças das trevas, mas em cada homem,
há uma "Adão escondido", a alma, que tem sua origem no mundo da luz.
A
morte é o dia da libertação, a alma deixa o corpo, e começa em uma perigosa
jornada para os reinos de luz. O inferno não é eterno, no fim do mundo, um
julgamento é feito sobre quem serão eliminados para sempre, e quem subirão para
os reinos de luz.
A
origem da religião é difícil reconstruir por falta de informações. Eles
poderiam ser uma continuação de tradições da Mesopotâmia, ou Palestina, ou ambas.
A religião mandenista poderia ser pré-cristã, ou datada do 1º ou 2º século d.C.
Pode realmente ser oriunda de João Batista, que fundou a seita, ou poderiam ser
uma continuação da seita judaica que João Batista pertencia (os essênios).
No
entanto, os elementos de sua linguagem indicam que a comunidade é de origem
judaica.
Um
dos textos dos mandenistas diz sobre um grupo chamado 'Nasoreans' (Nazarenos),
a partir de áreas que provavelmente estavam na Jordânia de hoje, nos tempos das
guerras judaicas, após a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.
Com
a chegada do Islã no Iraque, em 636, os Mandeans foram considerados como o
"povo do livro", como os misteriosos Sabians do Corão.
Mas
os mandenistas ainda enfrentaram uma difícil relação com o Islã e Maomé, e são
chamados em seus escritos de 'demônio Bizbat'. Os Mandenistas fugiram para as
cidades dos pântanos, no sul do Iraque. Nos tempos modernos se mudaram de volta
para as cidades, especialmente Nasiriyya, Bagdá e Basra, onde muitos deles
trabalham como ouro, prata e ferro e construtores de barcos.
Mandianistas
também são encontrados em cidades entre Bagdá e Basra. Alguns pequenos grupos
de Mandianistas ainda vivem no Irã, em cidades como Ahvaz e Shushtar no canto
sudoeste do país.
Hoje
a religião mandianista esta gravemente ameaçada, como o recrutamento de novos
sacerdotes é difícil, e assim, muitos cargos estão vagos. No entanto, há um
forte sentimento de orgulho de sua herança, e muitas vezes eles alegam
pertencer a uma religião mais velha do que o judaísmo, o cristianismo e o
islamismo.
MANIQUEISMO
No
terceiro século surgiu Mani que fundou um grupo ascético e bem radical em sua
forma de viver. Mani ensinava que o mal era inimigo de Deus e era um poder que
limitava o domínio de Deus, um dos seus mais ilustres membros foi Agostinho.
MENEZISMO
O
Menezismo é o sistema doutrinário elaborado pelo teólogo VALDEMIR MOTA DE
MENEZES que se auto denomina Escriba. Brasileiro natural de Itabaiana, Estado
de Sergipe, nasceu em 15 de Maço de 1969 e ainda no século vinte escreveu
diversos tratados de teologia nas quais expôs todos os ensinos das ESCRITURAS
SAGRADAS suas principais contribuições para o entendimento das Escrituras
foram:
1
– TANATOLOGIA
A
criação do termo técnico “Tanatologia” separou o estudo sobre a morte do tópico
ESCATOLOGIA como aparecia nos tratados teologia.
2
– JAVETISTA
Ênfase
na necessidade dos cristãos se dirigirem a Deus com o nome que Ele se revelou
nas Escrituras onde o nome JAVÉ aparece mais de 6 mil vezes e que os tradutores
erradamente substituíram o nome pessoal de Deus pela expressão comum SENHOR ou
o ETERNO.
3
– PURITANISMO
Enxerga
a necessidade da Igreja se manter longe da maneira de viver dos ímpios, em tudo
tendo boa conduta, no linguajar, nas vestimentas, na conduta social, na
abstinência dos entretenimentos pecaminosos, procurando viver uma vida santa,
pura e reta em todo o seu proceder.
4
– SIONISMO
A
igreja nasceu da nação de Israel, e agora no fim dos tempos, deve demonstrar
abertamente seu apoio ao Estado Judeu de Israel, pois o Messias do judaísmo, é
o nosso eterno Salvador Jesus Cristo. Quem é contra Israel, é contra Deus.
5
– SÃ DOUTRINA
A
igreja cristã deve ser chamada a viver na pureza doutrinária, seguindo o modelo
bíblico com apenas dois ofícios (presbítero e diácono), posição de proeminência
do homem na igreja, na sociedade e no lar, uso do véu pelas mulheres, e não
indo além do que está escrito. Se a Bíblia não proíbe ingerir vinho ou bebida
alcóolica, ninguém deve querer ser mais santos do que Jesus, pregando a
abstinência total de álcool.
METODISMO
O
Metodismo foi fundado por John Wesley (1703-1791) que durante a sua vida foi
oficial eclesiástico da igreja estatal da Inglaterra. Wesley recebeu forte
influencia dos irmãos de Herrnhut, daí porque ele pregava que somente os
méritos de Cristo são a base de nossa salvação, mas o metodismo genuinamente
wesleyano não era libertino, pois as boas obras deveriam acompanhar a fé.
Wesley
não enfatizava as brigas teológicas, mas a necessidade de viver em
santificação. Outra característica do Metodismo era a importância que davam ao
fenômeno do novo nascimento. O Metodismo sempre se opôs a doutrina calvinista
da predestinação. Wesley defendia o ensino bíblico do livro arbítrio. A prática
era mais importante neste sistema do que as questões teóricas.
MILENISMO
De
tempo em tempo a escatologia torna-se uma febre na religião cristã, então
surgem pregadores anunciando a vida de Cristo baseado em sonho, revelação ou
profecia, outros mais cautelosos procuram nas Escrituras algum sistema de
interpretação ou formula matemática para dizer quando Cristo voltará.
Em
meio a toda a euforia da vinda de Cristo nunca falta os teólogos que organizam
a ordem dos fatos futuros conforme as profecias bíblicas, neste ponto é que o
conceito milenista vai influenciar na formação do dogma escatológico de
determinados grupos.
Toda
a discussão tem como epicentro a profecia futurista no livro do APOCALIPSE
capitulo 20. Desde os primórdios da igreja os conceitos milenistas citam este
texto das Escrituras. Uns dos primeiros foram BARNABÉ E PAPIAS, ambos aceitavam
a ideia judaica de que o mundo dos homens deveria durar 6000 anos, representado
tipologicamente nos 6 dias da criação.
O
historiador eclesiástico Euzébio registrou na sua obra Historia Eclesiástica
III, 39 que na concepção de Papias e Barnabé o sábado representa o milênio e o
domingo o novo mundo que deve ser criado após o milênio. A crença num reino
milenar futurista do senhor Jesus na terra é sem duvida uma verdade
incontestável.
Os
conceitos doutrinários sobre o milênio são:
-
AMILENISMO
-
POS-MILENISMO
Os
amilenitas são os que não acreditam no milênio como uma era especial de estado
de coisa. Os pós-milenistas são os defensores da ideia que o milênio já
ocorreu, em especifico no período em que os papa mandavam na Europa e influenciavam
todos os governos dos países cristãos.
MISTICISMO
Sistema
de crença baseado na experiência pessoal mais do que na teologia das
Escrituras. Em meados de 1150, BERNARDO DE CLARAVAL tornou-se o mais antigo
defensor do ponto de vista teológico chamado Misticismo. Outros místicos foram
os teólogos de S. Vitor como Hugo e Ricardo. Nos livros destes teólogos se
enfatizam bastante as experiências místicas dos seus escritores. TOMÁS DE
AQUINO também tinha o seu lado místico, ele chegou mesmo a dizer: “Eu aprendo
mais quando contemplo e medito na cruz de Cristo, do que quando leio os livros
dos eruditos.”
Na
Alemanha, já na Idade Média, surgiu um grupo chamado OS AMIGOS DE DEUS (Die
Gottsfreunde) da qual destacou-se Meister Eckhart de Hochhein em meados de
1327, João Tauler em meados de 1361, Henrick Suso em meados de 1366 e Jan Van
Ruysbroeck em meados de 1381. Dentre os amigos de Deus surgiu a obra “Theologia
Deutsch” (Teologia Alemã), que era um escrito de teor místico.
O
misticismo tem o seu lado bom que é a ênfase na vida prática, na necessidade de
cuidar da espiritualidade acima de tudo, na importância da comunhão com Deus,
no privilégio de ter contatos sobrenaturais com o Senhor, e a entrega total e
irrestrita a vontade divina. Sufocando e crucificando o velho homem. Todas
estas coisas são elogiáveis nos místicos
MODALISMO
O
dogma Modalista surgiu nos primeiros séculos do cristianismo, cuja teologia
dizia que em Jesus só havia uma natureza: A divina. Somente havia em Cristo a
alma do LOGOS DIVINO. Portanto, o erro do modalismo é que este dogma nega a
existência de JESUS CRISTO HOMEM (I Timóteo 2.5). O modalismo não aceita que
Jesus tinha uma natureza humana.
O
modalismo foi um sistema doutrinário que teve como oponente nos tempos antigo o
grande teólogo TERTULIANO que não concordava com a cristologia modalista.
HIPÓLITO, que foi bispo em Roma, e que viveu no terceiro século também se opôs
aos modalistas, e aos gnósticos, escrevendo a obra; “Philosophoumena”, ou “A
refutação de todas as heresias”. NOVACIANO que também foi presbítero em Roma
por volta de 250 d.C. combateu os modalistas no que diz respeito a verdadeira
humanidade de Cristo, e a distinção das pessoas na divindade.
MODERNISMO
Desde
o século XIX diversos teólogos se propuseram a conciliar a religião com a
cultura moderna, e a maneira de pensar dos homens. A própria organização
católica reagiu contra o modernismo na teologia com a publicação em 1864, pelo
Papa Pio IX, chamada “Sillabus de Erros”, nela, ele condenou o panteísmo, o
racionalismo e o indiferentismo e as filosofias críticas e agnósticas. No
século XIX e XX o teólogo Alfred Loisy advogou o criticismo histórico, dando
uma interpretação humanizada das Escrituras, mas o próprio catolicismo rejeitou
seu dogma modernista quando o Papa Leão XII escreveu a encíclica
“Providentissimus Deus” (1893), dizendo favorável ao estudo das Escrituras, mas
advertindo contra a crítica histórica da narrativa sagrada como estava fazendo
Loisy, entretanto, o modernista Loisy continuou em sua posição e em 1903
escreveu o livro; “L’evangile et l’eglise”, e por isso foi excomungado em 1908,
e o seu livro foi posto na lista dos livros perniciosos e proibidos.
Em
1910 o catolicismo chegou a posição radical de exigir dos seus sacerdotes e
professores uma declaração por escrito que aceitaram o credo católico e
repudiavam os dogmas do modernismo. Este juramento ficou conhecido como o
JURAMENTO ANTIMODERNISTA.
Entre
vários conceitos do modernismo podemos citar a tentativa de conciliar a criação
com a Teoria da Evolução das Espécies, ou até mesmo negar completamente a
narrativa da criação, humanizando o divino, não aceitando as doutrinas bíblicas,
alegando que nela estão contidas as ideias de um povo e de uma época, e que é
preciso rejeitar todos os conceitos considerados ultrapassados como a posição
da mulher na sociedade e na igreja e coisas do tipo. Sobre o modernismo devemos
nos lembrar da advertência de Paulo sobre aqueles que pensam que sabem mais do
que Deus e querem refazer o Evangelho.
Destruindo os conselhos
e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo o entendimento à obediência a Cristo. (II Coríntios 10.5 ARC).
MONARQUIANISMO
O
monarquianismo teve início no final do segundo século da Era Cristã, e suas
bases dogmáticas estavam associadas a ideia de Deus ser unitário e não sendo
trinitário. O monarquianismo tinha influência no pensamento grego sobre a
divindade, pois o Deus supremo na concepção grega não podia se manifestar na
carne ou no mundo material, eles também não admitiam mudanças e diversidades na
divindade. O monarquianismo define duas formas opostas de pensamento sobre
Jesus, uma vê nele somente o Deus (Ver modalismo) e outra vê em Jesus somente o
homem (Ver dinamismo).
Ambas
as formas de monarquianismo estão erradas, pois Jesus era Deus e Homem:
“E o verbo (LOGOS) se
fez carne e habitou entre nós.” (João 1.14).
MONASTICISMO
Dogma
que predominou na Idade Média que pregava a vida enclausurada e dedicada a
oração, jejum, e meditação. O maior expoente do monasticismo foi Benedito de
Núrsia que viveu no sexto século. Ele criou regras monásticas que ficaram em
uso dominante até o século XII. O monasticismo foi um sistema radical de
consagração de vida a Deus, entretanto, não era um perfeito sistema de vida
devotada, pois o conceito de santidade não era “uma luz no mundo”, mas “uma luz
escondida do mundo”. O monasticismo foi importante porque criou interesse no
estudo das Escrituras, formando grandes teólogos.
Lutero,
em 1522 publicou a obra “DE VOTIS MONASTICIS” e neste livro ele expôs toda a
sua conclusão sobre um estudo do significado e valor espiritual dos mosteiros.
Lutero concluiu que a vida monástica era contrária a Palavra de Deus e a razão.
MONISMO
O
Monismo é o dogma que atribui a Deus a única (mono) realidade verdadeira, tudo
o que não é o único Deus, é o nada. O principal teólogo defensor deste
pensamento foi o alemão MEISTER ECKHART que viveu no século XIV, na sua
concepção monista, o mundo não foi exatamente criado, mas emanado de Deus, pois
sem Deus nada pode existir. Meister explicava o mundo criado dizendo: “Os raios
de luz não podem existir sem a fonte que é o fogo ou a lâmpada, assim o mundo
não pode existir sem Deus.”
O
monismo é místico e herético, pois ao enfatizar o Criador, acaba negando a criação.
O mundo existe e por isso é uma realidade inegável, nós, os humanos, somos uma
realidade, o mal é uma realidade, Satanás é uma realidade, não podemos eliminar
coisas más simplesmente negando a sua existência, não podemos glorificar a Deus
negando a sua obra criadora, e mais, cada cabeça pensante é diferente de Deus,
e é uma realidade a parte Dele. O mundo pode ser passageiro (Mateus 24.35), mas
isso não nega a sua realidade em dado momento do tempo.
MONOFISISMO
O
monofisismo é o dogma que afirma que em Cristo havia uma só pessoa MONO (único)
FÚSIS (ser). Um monofisita foi SEVERO DE ANTIOQUIA que usou a expressão já
usada por Cirilo de Alexandria e Apolinário para defender esta teoria: “O Logos
de Deus só tem uma natureza, a saber, a que se fez carne.” Entretanto, Severo
não contradisse por completo o credo Calcedônio, pois admitia as duas naturezas
em Cristo, uma humana e outra divina.
Outra
forma de monofisismo foi a teoria pregada por JULIÃO DE HALICARNASSO, cujo
ponto de vista foi muitas vezes chamado de DOCETISMO INCORRUPTÍVEL. Conforme
este ensino o Logos imediatamente a sua encarnação já possuía um corpo
glorificado ou deificado, sua carne não era como a nossa carne, o corpo de
Cristo antes da ressurreição era igual ao corpo após a ressurreição.
Os
monofisitas rebatiam a sã doutrina das duas naturezas de Cristo, até de forma
escarnecedora chamando-a de “ÍDOLO DE DUAS FACES.” Uma subdivisão desta
discussão é a controvérsia MONOTELETA, que afirma que em Cristo só havia uma
vontade: a do Logos.
Discordamos
dos tais, pois Deus não pode ser tentado (Tiago 1.13). Se Cristo foi tentado
pelo Diabo (Mateus 4.1-11), e pelo pecado, quem na verdade sofreu a tentação
foi a sua natureza humana. Portanto, em Jesus Cristo havia duas vontades.
MONTANISMO
O
montanismo foi um movimento religioso dos primeiros séculos do cristianismo,
tendo como um dos seus seguidores o teólogo TERTULIANO. O montanismo surgiu na
Ásia Menor estendendo-se depois para a capital do império, Roma, e também para
a África.
As
principais ênfases doutrinárias dos montanistas eram:
A
– A busca dos dons do Espírito Santo.
B
- Santificação da vida.
C
– Rigorosa disciplina ao pecador.
O
montanismo foi considerado um grupo cismático e herético. Contudo, o montanismo
foi um movimento bíblico bem semelhante ao movimento pentecostal conservador do
século XX.
O
conceito menos bíblico dos montanistas era negar a penitência para quem
cometesse pecados considerados mortais como o adultério, assassinato e
idolatria. Neste ponto, o bispo Calixto de Roma (217-222) se opôs a Tertuliano
e Hipólito, autorizando os demais presbíteros a promulgar penitências para os
que cometessem pecados graves.
MORALISMO
Os
moralistas são também chamados de “legalistas”. Os líderes cristãos dos
primeiros séculos eram sumamente moralistas. A tendência de toda a teologia da
época era sempre ensinar a moralidade, a obediência a lei divina, e a imitação
da vida de Cristo. O fundamento da doutrina dos chamados PAIS APOSTÓLICOS era
que Jesus morreu por nós para nos capacitar a vencer o pecado e se libertar dos
poderes da corrupção. A teologia só tinha valor através da submissão aos
mandamentos e enfatizando a nova modalidade de vida. A graça só valia se
houvesse obediência. Os líderes dos primeiros séculos também insistiam que a
Lei de Moisés foi cancelada para nós. Contudo, estamos sujeitos a nova lei, a
lei de Cristo.
Um
dos maiores opositores aos moralistas foi Marcião que no ano 140 d.C. foi
expulso da igreja e organizou sua própria igreja, refazendo o cânon bíblico, na
qual desprezava a Antiga Aliança e certos livros de Paulo. O moralismo sempre
foi um sistema que era enfatizado em cada época por este ou aquele grupo cristão.
No século XVII o arminianismo também ressaltou a necessidade de viver uma vida
moralista. No século XIX os puritanos também eram moralistas, no século XX
muitos grupos no Brasil e no mundo também preservam a doutrina moralista.
As
Escrituras são bem claras sobre a necessidade de sermos moralistas:
4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a
amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser
amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tiago 4.4)
14 Segui a paz com todos, e a santificação, sem
a qual ninguém verá o Senhor; (Hebreus 12.14)
NATURALISMO
O
naturalismo teológico punha em dúvida a necessidade da revelação divina, os
naturalistas diziam que esta deveria ser substituída pela religião natural. Os
naturalistas não acreditam que as Escrituras Sagradas tenham sido inspiradas
por Deus, mas que é apenas um livro de leitura agradável e recheada de bons
conselhos, porém, como qualquer livro humano contém erros e imprecisões.
Os
naturalistas não consideram o valor real das Escrituras:
21 Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo
Espírito Santo. (II Pedro 1.21).
NEO-ARIANISMO
O
que é arianismo? Arianismo foi uma heresia cristã do século IV, que negava a
divindade suprema de Jesus Cristo. Recebeu o nome de arianismo por ter sido
criada pelo religioso egípcio Ário. Segundo o arianismo, o Filho de Deus,
segunda pessoa da Trindade, não tem a mesma essência do Pai, sendo uma
divindade de segunda ordem, já que foi criado. Os ensinamentos de Ário foram
condenados no primeiro Concílio de Nicéia, onde se redigiu um credo
estabelecendo que o Filho de Deus foi “concebido e não feito”, consubstancial
ao Pai. As lutas internas dividiram os arianos. Os moderados concordaram com o
credo de Nicéia, mas se mantiveram céticos quanto ao termo “consubstancial”. Os
neo-arianos defendiam que o Filho tinha uma essência diferente da do Pai. No
Concílio de Constantinopla, celebrado em 381, a ortodoxia de Nicéia foi
reafirmada. O arianismo teve muita força entre os visigodos espanhóis. O rei
Leovigildo mandou executar o próprio filho, Hermenegildo, por este ter abjurado
de sua fé ariana. (12)
NEOLUTERANISMO
O
neoluteranismo foi um movimento teológico dentro da denominação Luterana, cujo
principal defensor deste novo sistema doutrinário foi o advogado FREDERICK
JULIE STAHL, em meados de 1861, na sua concepção a “igreja” era considerada a
instituição pela qual os dons de salvação são ministrados aos homens, tendo
assim, a instituição tão grande valor quanto a Palavra de Deus, negando desta
maneira os princípios do protestantismo que se formou baseando-se no slogan:
“Somente nas Escrituras Sagradas temos a regra de Fé e Religião.”
O
neoluteranismo foi uma forma de regresso espiritual. Portanto deve ser
rejeitado como dogma. Entre os anos de 1855 a 1863 os neoluteranistas da Suécia
publicavam as suas ideias no periódico chamado SVENSK KYRKOTIDNING (Notícias
Eclesiásticas Suecas).
NEOPLATONISMO
Um
sistema ideológico, filosofia espiritualista, tendendo para o misticismo, que
floresceu no mundo pagão da Grécia e Roma, durante os primeiros séculos da era
cristã. É de interesse e importância, não apenas porque é a última tentativa do
pensamento grego em se reabilitar e restaurar a sua vitalidade exausto pelo
recurso a ideias religiosas orientais, mas também porque ele definitivamente se
prestou ao serviço do politeísmo pagão e foi usado como uma arma contra o
cristianismo. Ela deriva seu nome do fato de que seus primeiros representantes se
inspiraram nas doutrinas de Platão, embora seja sabido que muitos dos tratados
que tinham invocado não são verdadeiras obras de Platão. Originou-se no Egito, e não era um produto característico do espírito
helenístico, foi em grande parte influenciado pelo pensamento religioso e
tendências místicas do Oriente.
Para
entender o sistema neo-platônico é necessário explicar o duplo propósito que
atuava seus fundadores. Por um lado, o pensamento filosófico no mundo helênico
mostrou-se inadequado para a tarefa de regeneração moral e religiosa.
Estoicismo, o epicurismo, ecletismo e até mesmo ceticismo tinham o propósito de
"fazer os homens felizes", e cada um, por sua vez, falhou. Depois
veio o pensamento de que o idealismo de Platão e as forças religiosas do Oriente
podiam muito bem ser unidas em um movimento filosófico que daria homogeneidade
e unidade de propósito a todos os esforços do mundo pagão para salvar-se da
iminente ruína, devido o crescimento fantástico do cristianismo. Tornou-se
necessário, no mundo intelectual, impor aos cristãos, que o paganismo não
estava totalmente falido, tentaram assim, reabilitar o politeísmo oficial do
Estado, fornecendo uma interpretação que poderia ser aceitável em filosofia. O Estoicismo
especulativo tinha reduzido os deuses a personificações de forças naturais;
Aristóteles tinha definitivamente negado a existência deles; Platão zombou
deles. Já era tempo, portanto, que uma nova filosofia restaurasse o antigo
paganismo politeísta. Essa foi a origem do neoplatonismo.
Precursores
do neoplatonismo
Entre
os platônicos ecléticos que são considerados como precursores da escola
neoplatônica, o mais importante são Plutarco, Maximus, Apuleio, Enesidemo,
Numenius.
Amônio Sacas,
um porteiro nas docas de Alexandria, é considerado como o fundador da escola
neoplatônica. Desde que ele não deixou nada escrito, é impossível dizer o que
suas doutrinas eram. Sabemos, no entanto, que ele tinha uma influência
extraordinária sobre os homens como Plotino e Orígenes, que voluntariamente
abandonaram os professores profissionais de filosofia para ouvir seus discursos
sobre a sabedoria.
Plotino,
um nativo de Lycopolis no Egito, que viveu 205-270 foi o primeiro filósofo
sistemático da escola. Quando ele tinha vinte e oito anos de idade ele foi
levado por um amigo para ouvir Ammonius, e desde então há onze anos ele
continuou a lucrar com as palestras do porteiro. No final do primeiro discurso
que ele ouviu, ele exclamou: "Este homem é o homem de quem eu estava buscando."
Porfírio,
que em beleza e lucidez de estilo se destaca de todos os outros seguidores de
Plotino, e que se distingue também pela amargura de sua oposição ao cristianismo,
nasceu em 233, provavelmente em Tiro. Depois de ter estudado em Atenas, ele
visitou Roma e lá tornou-se um discípulo de Plotino, a quem acompanhou. Ele
morreu por volta do ano 303. De sua obra "Contra os cristãos" apenas
alguns fragmentos, conservados em obras dos apologistas cristãos, chegaram até
nós.
Jâmblico,
um nativo da Síria, que foi aluno de Porfírio, na Itália, e morreu por volta do
ano 330, era inferior ao seu professor no poder de exposição. Suas obras
ostentam o título abrangente "Resumo das doutrinas de Pitágoras". Se
ele ou um de seus discípulos é o autor do tratado "De Mysteriis
Aegyptiorum" (publicado pela primeira vez por Gale, Oxford, 1678, e depois
por Parthey, Berlim, 1857), o livro é um produto de sua escola e prova que ele,
como Porfírio, enfatizou a magia, no esquema neoplatônica da salvação.
Esses
defensores filosóficos do neo-platonismo direcionaram seus ataques contra o
cristianismo, e durante o reinado de Diocleciano (284-305), não só perseguiram
os cristãos de sua província, mas escreveram uma obra, até agora perdida, intitulada
"O discurso de um amante da verdade, contra os cristãos". Juliano
resume estafilosofia contra o cristianismo assim: "O governo divino não é
através de uma sociedade especial (como a Igreja Cristã) ensinando uma doutrina
autoritária, mas pela ordem do universo visível e como as instituições cívicas
e nacionais." (Whittaker, "Neo-platônicos", p. 155).
Proclus,
o mais sistemático de todos os neoplatônicos, é o principal representante de
uma fase do pensamento filosófico que se desenvolveu em Atenas durante o quinto
século, e durou até o ano 529, quando, por um edito de Justiniano, as escolas
filosóficas em Atenas foram fechados. O fundador da escola ateniense foi
Plutarco, cognominado o Grande. Seu mais ilustre estudioso foi Proclus, que
nasceu em Constantinopla, em 410, estudado lógica aristotélica em Alexandria, e
por volta do ano 430 tornou-se um aluno de Plutarco em Atenas. Ele morreu em
Atenas em 485. Ele é o autor de vários comentários sobre Platão, de uma coleção
de hinos aos deuses.
Os
últimos neoplatônicos.
Proclo
foi o último grande representante do neo-platonismo. Seu discípulo, Marinus,
foi o professor de Damascius, que representou a escola no momento da sua
supressão por Justiniano em 529. Damascius foi acompanhada em seu exílio para a
Pérsia por Simplício. O nome do Olympiadorus é o último na longa linha de
escolásticos que começou com Speusippus, o discípulo e sobrinho de Platão. (13)
NEOPROTESTANTISMO
Taiguara
Fernandes de Sousa e Marcos Monteiro Grillo escreveram o seguinte artigo sobre
o neoprotestantismo:
“Antes
de abordarmos nosso tema propriamente dito, convém esclarecermos alguns pontos.
Em primeiro lugar, é importante observar que não pretendemos fazer uma análise
da gênese do protestantismo no século XVI, isto é, não faremos aqui um estudo
exaustivo das razões históricas, políticas e teológicas que deram causa ao
movimento que se convencionou chamar de Reforma Protestante. Também não abordaremos
os movimentos, as ideias e os personagens que, dos primórdios da Igreja até o
século XVI, poderiam constituir uma espécie de protestantismo avant la lettre.
Em outras palavras, reconhecemos que questionamentos à ortodoxia e à autoridade
da Igreja Católica sempre existiram, em maior ou menor grau, desde o nascimento
da fé cristã, e deverão continuar a existir, não constituindo um fenômeno
restrito ao já mencionado século XVI. Não obstante, um exame de todas ou mesmo
das principais manifestações de insubordinação à autoridade da Igreja ao longo
dos séculos extrapolaria as modestas pretensões deste artigo. Finalmente, é
necessário deixar claro que não é nossa intenção analisar todos os casos que
poderiam ser incluídos neste fenômeno ao qual decidimos dar o nome de
neoprotestantismo. Com relação a esta última observação, convém-nos, para a
compreendermos melhor, desenvolver o conceito de neoprotestantismo propriamente
dito.
Tendo em vista o objetivo precípuo deste
artigo, por neoprotestantismo queremos designar, em linhas gerais, o fenômeno
no qual indivíduos (tanto religiosos quanto leigos) dentro da Igreja Católica
julgam-se no direito e até no dever de desacatar a autoridade da Santa Sé em
nome de um suposto resgate daquilo que julgam ser a "verdadeira fé
católica". Mais especificamente, queremos nos referir àqueles que rejeitam
o Concilio Vaticano II considerando-o um "desastre" para a Igreja
Católica, uma inaceitável "ruptura" com a Tradição e um inadmissível
"desvirtuamento" da sã doutrina católica.
Não é nossa intenção analisar os principais
pontos do Vaticano II criticados pelos que aqui chamamos de neoprotestantes. [...]
Primeiramente, é importante observar que, assim como os protestantes
originários, os neoprotestantes agem (ou pelo menos parecem agir) motivados por
uma certa noção de dever, como se fossem de alguma forma incumbidos de uma
tarefa "irrenunciável", qual seja, a de reparar os "danos"
causados pelo Vaticano II (no caso dos protestantes originários, tal tarefa
seria "restaurar" a Igreja bíblica e primitiva). E aqui se deve
frisar que, como os protestantes de outrora (e podemos dizer que também como os
de hoje), os neoprotestantes são (ou pelo menos aparentam ser, e fazemos essa
ressalva porque só Deus pode conhecer o íntimo de cada um de nós) tementes a
Deus, têm uma fé e uma piedade profundas, e parecem agir com as melhores
intenções. Com isso queremos deixar claro que partimos do pressuposto de que os
neoprotestantes agem de boa-fé, e que realmente visam aquilo que entendem ser o
melhor para a Igreja e para os fiéis.
Mas, como dizíamos, antigamente os
protestantes originários afirmaram que Roma deixara para trás a verdadeira
religião, deixara Cristo de lado, tornara-se a "prostituta do
Apocalipse", a "nova Babilônia"; por isso, munidos do dever de
restaurar a "verdadeira" Igreja, eles protestaram contra esta
"nova Roma-Babilônia" e fundaram suas novíssimas comunidades, onde
estaria de volta a verdadeira e primitiva Igreja. Os neoprotestantes fazem,
hoje, o mesmo que os protestantes originários: Roma perdeu a Fé, negou a verdadeira
religião, deixou Cristo de lado, a Igreja não existe mais em Roma e a religião
católica (a despeito do que definiu o Concílio Vaticano I) não permanece mais
na Fé Apostólica. Por isso eles, os tradicionalistas anti-Vaticano II ou
neoprotestantes – como resolvemos chamá-los neste ensaio – se arrogam o dever,
a tarefa heroica, de restaurar a Igreja verdadeira, livrá-la da heresia que
nela se instalou, trazer de volta Cristo – exatamente como fizeram os
protestantes originários. [...] A Fraternidade Sacerdotal São Pio X, nos
discursos de seus mais altos chefes, sempre deixou transparecer esta concepção
nitidamente protestante.
Dom Marcel Lefebvre, por exemplo, afirmou:
"É evidente que
somos nós que guardamos a unidade da fé, que desapareceu da Igreja oficial.
[...] Onde está a unidade da fé em Roma? Onde está a unidade da fé no mundo?
Fomos nós que a guardamos. [...] Tudo isso mostra que somos nós que possuímos
os sinais da Igreja visível. Se ainda existe uma visibilidade na Igreja hoje em
dia, é graças a vós. Estes sinais não se encontram mais nos outros. Não existe
mais neles unidade da fé, ora, é precisamente a fé que é a base de toda a
visibilidade da Igreja [...] É necessário, portanto, que saiamos do meio destes
bispos, se não desejamos perder a nossa alma. Mas isso não é suficiente, posto
que é em Roma que a heresia se instalou. Se os bispos são heréticos (mesmo sem
tomar este termo no sentido e com as consequências do direito canônico) não é
sem a influência de Roma. Se nós nos distanciamos deste tipo de gente, é com a
mesma precaução que se toma para com as pessoas que estão com AIDS. Não
queremos nos contaminar. Ora, eles estão com AIDS espiritual, uma doença
contagiosa. Se quisermos guardar a saúde, não devemos aproximar-nos deles [...]
É por isso que nós não podemos nos ligar a Roma." (in Guarde a Fé,
publicação da Fraternidade no Rio Grande do Sul, Brasil, Jun/jul 2002; Apud:
RIFAN, D. Fernando. Pedido de Parecer sobre Doutrinas da SSPX, disponível em:
http://www.veritatis.com.br/article/5533; acesso em: dezembro de 2008)
Ora, as palavras de Dom Lefebvre, de forma
explícita, mostram um sectarismo genuinamente protestante, e aquela concepção
de que eles – estes neoprotestantes – são os salvadores da Igreja: Roma está
"com AIDS espiritual", "é em Roma que a heresia se
instalou", foram eles, a Fraternidade, que "guardaram a unidade da
fé", eles "possuem os sinais da Igreja visível". Para os
neoprotestantes a Igreja Romana é novamente – como para os protestantes
originários – a "Prostituta do Apocalipse", a "nova
Babilônia", cheia de heresia, repleta de desprezo à verdadeira religião.
Mas os neoprotestantes se eximem de utilizar os mesmo termos que os
protestantes originários; não chamam a Igreja Romana de "Prostituta"
ou "nova Babilônia"; em lugar disso, chamam-na, como cunhou Dom
Lefebvre, de "Roma neo-modernista": uma nova Roma, uma nova Igreja,
onde não mais está a verdadeira religião, mas apenas heresias e Modernismo:
"Tanto em seus dogmas como em seu culto,
a nova religião esvaziou a nossa religião católica de sua substância [...] Esta
nova religião não é mais do que uma gnose" (MALLERAIS, D. Tissier de.
Discurso das ordenações em Ecône, 27 de junho de 2002; apud idem).
Não
obstante, como demonstrado a partir das palavras de seus próprios líderes, os
neoprotestantes – assim como os protestantes originários – a despeito do que
foi dogmaticamente definido pelo Concílio Vaticano I, acreditam que Roma perdeu
a Fé, que não existe mais incólume a verdadeira religião na Sé Apostólica, e
que a eles, aos tradicionalistas anti-Vaticano II e neoprotestantes, cabe
protestar contra esta "Roma neo-modernista" e restaurar a verdadeira
religião católica, que eles – não a Sé Apostólica – guardam.
Podemos
observar que, assim como os protestantes do século XVI adotaram o princípio do
livre exame da Escritura Sagrada, no sentido de que todo cristão teria não só o
direito como também o dever de examinar individualmente (sem qualquer mediação)
a Bíblia, os neoprotestantes julgam-se no direito e no dever de "examinar"
(individualmente ou, mais comumente, sob a orientação de um ou mais
"gurus") todas as orientações e determinações oriundas da Santa Sé
desde o Vaticano II. Assim, os neoprotestantes aceitam umas coisas e rejeitam
outras, recebem bem um documento e rejeitam outro. Um exemplo da aplicação do
"livre exame" por parte dos neoprotestantes pôde ser visto por
ocasião da publicação do Motu proprio Summorum Pontificum. O referido
documento, recebido com entusiasmo no meio neoprotestante em geral (veja um exemplo
dessa recepção aqui), foi promulgado pelo mesmo Papa que já se mostrou pública
e reiteradamente a favor do Concílio Vaticano, que os neoprotestantes rejeitam.
[...] Mas houve também aqueles que julgaram esdrúxulo e sem nenhum cabimento o
Motu Proprio, e outros ainda que o consideram uma "armadilha" (vejam,
por exemplo, a seguinte entrevista com Dom Richard Williamson da Fraternidade
Sacerdotal de São Pio X); à semelhança dos protestantes originários, também
existem várias "denominações" entre os neoprotestantes, que vão desde
um tradicionalismo anti-Vaticano II "moderado" (se é que se pode
concebê-lo) até o sedevacantismo radical e a posterior perda da Fé...(14)
NEOTOMISMO
Neotomismo
é um movimento de retorno à filosofia tomista da Idade Média, resgatada à luz de
tendências intelectuais modernas e retomada especialmente a partir de 1879, por
influência de uma encíclica do Papa Leão XIII.
O
Neotomismo é a corrente filosófica que resgata o Tomismo, a filosofia do
pensador italiano Tomás de Aquino, com o objetivo de resolver problemas
contemporâneos. Para o Neotomismo, toda a filosofia moderna, a partir de
Descartes, constituir-se-ia em erros e equívocos, responsáveis pela crise do
mundo moderno.
Na
visão neotomista, é inaceitável privilegiar interesses de ideologias como o
neoliberalismo ou comunismo por exemplo, ou instituições como empresas e o
governo, em detrimento do direito do ser humano a uma vida digna e tudo que ela
acarreta: a liberdade, a saúde, o emprego e a habitação.
Para
o neotomismo, toda a filosofia moderna a partir de Descartes se constituiria em
erros e equívocos, responsáveis pela crise do mundo moderno. Entendida como um
desvio metafísico e espiritual, essa crise só poderia ser superada com um
retorno ao tomismo.
Neotomismo
é uma corrente filosófica surgida no século XIX com o objetivo de reviver e
atualizar a filosofia e a teologia de Tomás de Aquino -- o tomismo -- a fim de
atender aos problemas contemporâneos. Baseia-se, como o tomismo, na filosofia
aristotélica para esclarecer e justificar racionalmente a revelação divina do
cristianismo.
As
primeiras ideias neotomistas surgiram no Collegio Alberoni, de Piacenza,
Itália, na segunda metade do século XVIII. O movimento, no entanto, afirmou-se
com o grupo fundador da revista Civilitá Cattolica, publicada em Nápoles a
partir de 1850 e posteriormente também em Roma. Destacaram-se nesse grupo
Matteo Liberatore e Gaetano Sanseverino.
A
consagração do neotomismo veio com a encíclica de Leão XIII Aeterni patris
(1879) que, ao lembrar os ensinamentos dos doutores da igreja, afirma que a
filosofia é a base da fé cristã. A partir dessa encíclica, multiplicaram-se os
centros de estudo e difusão do tomismo, como o Instituto Superior de Filosofia,
na Universidade de Louvain, os institutos católicos de Paris, Lyon, Madri e
Washington, a Universidade de Friburgo, na Suíça, e outros.
Na
encíclica Doctor Angelici (1914), sobre a escolástica, Pio XI declarou a
inviolabilidade da doutrina de Tomás de Aquino, fundamento de toda ciência das
coisas naturais e divinas. Em outra encíclica, Studiorum ducem (1925), o papa
afirma que Tomás de Aquino é o guia a ser seguido pela juventude clerical e que
esse gênio divino não é só o doutor Angélico, mas o doutor Comum ou Universal
da igreja.
Entre
os numerosos órgãos de divulgação do neotomismo incluem-se a Rivista di
Filosofia Neo-Scolastica, de Milão, e a parisiense La Revue Thomiste. Como
expoentes do movimento destacam-se Victor Cathrein, Désiré Mercier, os
dominicanos Antonin Sertillanges e Réginald Garrigou-Lagrange, o franciscano
Agostini Gemelli e o filósofo francês Jacques Maritain, cuja obra, quase toda
traduzida para o espanhol e o português, tornou-se referência para os autores
católicos da América Latina e Brasil. Alceu Amoroso Lima, conhecido como
Tristão de Ataíde, e o padre Leonel Franca foram os mais destacados
representantes do neotomismo no Brasil. O movimento neotomista perdeu força
após a segunda guerra mundial. (15)
NESTORIANISMO
O
Nestorianismo é o sistema dogmático elaborado por Nestório, segundo o teólogo
Seeberg, Nestório foi grandemente injustiçado na história dos dogmas; “Nenhum
dos grandes hereges da história dos dogmas ostentaram este nome tão
injustamente como Nestório.” (Lehrbuch der Dogengeschichte, II2a ed 204).
Nestório
era um teólogo da linha de Antioquia que não possuía tendências heréticas.
Enquanto o seu mais ferrenho opositor era Cirilo, cuja formação teológica era
semelhante aos alexandrinos, estes mesmos alexandrinos se referiam a Maria como
sendo THEOTOKOS (Mãe de Deus), pois sendo Jesus Deus, logo, Maria era Mãe de
Deus. Nestório não negava que Jesus possuía duas naturezas, mas para ele Maria
era somente mãe do corpo físico de Jesus, opondo-se desta maneira a doutrina
que Maria era a Mãe de Deus.
Nestório
com suas palavras dizia:
“Maria deu a luz ao
filho de Davi na qual o LOGOS passou a habitar. Por isso o máximo que se podia
denomina-la era de XRISTOTOKOS. Distingo entre as naturezas, mas adoro apenas
um.”
Nestório
errou mesmo em afirmar que o Logos só veio habitar em Jesus na hora do
nascimento, porque na verdade o Logos veio habitar no corpo físico na hora da
concepção.
Outra
afirmação correta de Nestório foi afirmar que Jesus ora manifestava
características claramente humanas, tendo a sua vida aqui na Terra sido marcada
pelo lado humano, mas que, em alguns momentos se manifestava o seu lado divino.
Concordamos com Nestório, pois realmente Jesus quando disse que não sabia o dia
e a hora da sua vinda, ele estava enfocando o seu lado humano, que não tinha a
compreensão do lado divino. Mas quando Jesus ressuscitou e disse: “Todo o poder
me foi dado nos céus e na terra”, ele quis dizer: “Eu agora ressurjo com a
minha mente divina em plena atividade, e por isso sei que hora eu hei de vir a
Terra.”
A
grande controvérsia entre Nestório e Cirilo provocou um tumulto dogmático, o
que gerou a convocação de um novo concílio, desta vez, na cidade de Éfeso. A
ideia de Cirilo, patriarca de Alexandria venceu, e Nestório foi excomungado
como herege, neste tempo Nestório recebeu mais de uma dúzia de maldição que foi
publicada em declarações por escrito.
O
dogma nestoriano estava de acordo com os ensinos de Tertuliano que
anteriormente já havia afirmado que Cristo tinha duas naturezas, mas era apenas
uma pessoa. No ano de 451, por ocasião do Concílio de Calcedônia, a discussão
teológica sobre o dogma nestoriano voltou a ser debatido.
NOMINALISMO
Roscelino
era um dialético que sustentava o dogma nominalismo e que por volta de 1109 foi
combatido pelo teólogo Anselmo de Cantuária no livro DE FIDES TRINITATES.
A
fórmula teórica do nominalismo é assim:
“Os conceitos
universais do homem nada são além de figuras de palavras ou nomes, que usamos
para identificar o que é comum a vários objetos da mesma categoria.”
Na
prática o nominalismo acaba negando o dogma da triunidade, pois as três pessoas
da triunidade deveriam ser vistas como três substâncias distintas, em outras
palavras, Deus não é um, mas três deuses, pois é isso que o nominalismo nos
leva a crer, ou então seremos obrigado a negar a distinção das três pessoas e
adotar um conceito unitariano.
O
nominalismo não reconhece a distinção entre Deus e as suas relações, como no
caso da doutrina trinitária que distingue a substância de Deus, e as pessoas da
triunidade.
Anselmo,
combatendo os nominalistas dizia que os conceitos que não são percebidos pelos
sentidos, mas que são formados pela nossa mente, representam algo real, uma
espécie mais elevada de inteligência (universaliza sunt res). Anselmo está
certo, pois a ciência tem si desenvolvido extraordinariamente baseando-se nesta
concepção do REALISMO. Quase todo o avanço do conhecimento humano sobre o cosmo
principiou-se do conhecimento da capacidade mental de entender o universo, sem
que os sentidos humanos o pudessem provar imediatamente. Tomás de Aquino que
também contrariava os nominalistas dizia que cada objeto ou coisa é real, e não
somente uma denominação atribuída pelos homens.
“Universais antes das
coisas, nas coisas e depois das coisas” (universaliza ante res, in rebus, et
post res).
PATRIPASSIONALISMO
Patripassionalismo
foi o dogma que apareceu e certo período da história da igreja que afirmava com
tanta ênfase que o Cristo era Deus, mas de tal maneira que chegavam a ensinar
que foi o Pai que sofreu na cruz. Os apologistas não deixaram de criticar tal
heresia. Tertuliano mesmo escreveu o ADVERSUS PRAEXEAN para rebater as ideias
do patripassionalismo.
Tertuliano
dizia: Foi o Filho que clamou ao Pai na cruz, foi o homem que sofreu. Porém,
sendo Jesus Deus, Tertuliano frequentemente usava as expressões DEUS MORTUUS e
DEUS CRUCIFIXUS. O defensor do patripassionalismo não suportou as críticas do
teólogo Tertuliano, por isso PRAXEAS voltou atrás dos seus ensinos e depois
começou a dizer que O PAI SOFREU COM O FILHO.
PELAGIANISMO
Dogma
de PELÁGIO, natural da Irlanda, por volta do ano 400 começou a pregar em Roma
um sistema dogmático de rigorosa disciplina moral, de Roma, foi fazer missões
no norte da África. O pelagianismo teve como principais discípulos Celéstio,
Julião e Eclano. O maior adversário teológico do pelagianismo foi Agostinho de
Hipona. Os teólogos do oriente em geral rejeitaram o pelagianismo, e no
concílio de 431, foi repudiada como herética.
A
grande e ferrenha briga travou-se na questão da PREDESTINAÇÃO E DO PECADO ORIGINAL.
Antes
de descrevermos este duelo teológico entre Pelágio e Agostinho, devemos nos
relembrar qual era o conceito da igreja primitiva sobre a predestinação
conforme nos relata BENGT HÄGGLUND, no livro THEOLOGINS HISTORIA:
“Na teologia da Igreja
Primitiva a ideia do livre arbítrio era pressuposto básico, tanto no ocidente
como também entre os gregos. A pregação da lei era feita tendo isto em mente, o
mesmo acontecendo também com o processo de educação. Sem essa liberdade não se
podia considerar o homem responsável por seus atos; igualmente suas
transgressões não poderiam torna-lo culpado.”
Pelágio
pregava que o homem é totalmente livre para escolher o bem e o mal, ele pode
escolher entre a maneira correta e a maneira errada de agir. O erro de Pelágio é
que ele não considerava o pecado como uma força que opera na vontade do homem,
o induzindo constantemente para escolher o mal. O pecado para Pelágio está na
ação, o homem está livre para agir, se ele agiu mal, é porque escolheu o mal.
De fato o homem sempre vai responder pelos seus atos diante de Deus, mas temos
que considerar que herdamos de Adão uma natureza pecaminosa que tem tendências
fortes para escolher o que é pernicioso.
Por
não aceitar esta tendência de pecar que há na natureza, Pelágio dizia que o
pecado era defeito da VONTADE e não da NATUREZA.
Pecado
para Pelágio é somente aquilo que o homem faz, e por isso não podia ser
herdado. Ele também dizia que as crianças pequenas estão livres da condenação
porque são incapazes de escolher consciente o mal. Porém, além da incapacidade
para pecar temos que admitir que as crianças nascem com a natureza pecaminosa,
e portanto, só podem ser salvas, porque o sacrifício de Cristo garante as
crianças o direito da salvação, pois com o sacrifício de Cristo, não basta
somente a natureza pecaminosa para condenar o homem, é preciso que o homem
também pratique o pecado. Aliás, todos nascemos com o nosso nome escrito no
Livro da Vida, somente quando o homem passa a praticar o pecado por livre
deliberação é que ele tem o seu nome riscado do Livro da Vida.
Pelágio
não descartava com isso a GRAÇA, para ele a graça já consistia no livre
arbítrio, na capacidade do homem alcançar o que é bom, na pregação da Palavra
de Deus, e nos exemplos de Cristo. Porém, não considerava como um estado de
privilégio diante de Deus.
Agostino
combateu Pelágio em vários escritos, como: DE SPIRITU ET LITTERA, ano de 412
e DE NATURA ET GRATIA, do ano de 415, e
CONTRA JULIANUM, no ano de 421.
Em
certas coisas Pelágio tinha razão, em outras, realmente foi herético, Agostinho
também errou em defender a predestinação, mas em outras coisas acertou. Até
hoje usamos terminologias criadas por Agostinho como: “Antes da queda, depois
da queda, depois da conversão e na perfeição” (ante legem, sub lege, sub gratia
e in pace). Agostinho também errou ao afirmar que o batismo retira o pecado
original, e que é necessário batizar as crianças recém-nascidas para que elas
possam ser salvas, caso contrário elas poderiam ser condenadas, porém, as
orações pelos mortos poderiam, em alguns casos, substituir o batismo. Como se
vê, a heresia de Agostinho neste ponto é bem pior do que o pelagianismo.
O
pelagianismo é o extremo da responsabilidade do homem para com a sua salvação,
onde praticamente cabe exclusivamente ao homem a decisão da sua salvação.
O
Agostinianismo que se opôs ao pelagianismo é outra aberração radical, pois põe
em Deus toda a responsabilidade pela salvação do homem, inclusive em
predestinar quem deve e quem não deve ser salvo.
PENTECOSTALISMO
O
termo pentecostalismo é oriundo da festa do dia de Pentecostes, quando o
Espírito Santo desceu sobre os cristãos no cenáculo, em Jerusalém, conforme
descrito em Atos 2. Todo aquele que crê na atualidade daquele fenômeno é
chamado de “pentecostal”.
O
movimento Pentecostal na verdade sempre existiu, pois a igreja primitiva era
pentecostal, nem mesmo os seus oponentes discordam disso. Não haveria razão
para se extinguir os dons do Espírito Santo, haja vista que as necessidades
humanas continuam as mesmas. Consideram-se pentecostais aqueles que falam
línguas, expulsam demônios, e curam os enfermos. Os cultos nos movimentos
pentecostais são mais descontraídos, e menos apegados aos rituais. A
participação do povo no culto é muito mais espontânea e livre. As pessoas
simples e de pouca cultura podem participar quase sem restrições, a teologia
chega a ser tratada até com certo desdenho por alguns grupos mais radicais. Os
conceitos morais são mais rígidos e há uma ênfase constante na necessidade de
ser guiado pelo Espírito Santo, sendo a terceira pessoa da triunidade muito
mais lembrada no culto.
Com
a deformação da igreja, lá pelo século quarto, devido o ingresso de muitas
pessoas que entraram na igreja com hábitos pagãos, o Espírito Santo começou a
perder espaço na vida da igreja. O movimento do Espírito voltou a ser destaque
no final do século XIX, surgindo em círculos de oração, na qual as pessoas
começavam a falar em línguas, muitos destes foram excluídos da sua denominação,
e assim foram se organizando em novos grupos. Os quakers ingleses tiveram
grande importância na formação do novo país no continente recém-descoberto
pelos europeus. Assim, os Estados Unidos se tornaram um grande centro do
movimento pentecostal, especialmente o movimento da Rua Azuza, considerado o
epicentro do pentecostalismo moderno que continuou crescendo pela América
Latina, África e Ásia.
O
pentecostalismo surgiu de uma necessidade das pessoas viverem uma fé mais
intensa e que elas pudessem exteriorizar suas emoções religiosas. O formalismo
das denominações tradicionais, tanto o catolicismo, como o protestantismo não
satisfaziam a necessidade dos cristãos, por isso, nos séculos XX e XXI começou
a ter dimensões gigantescas. Até mesmo no catolicismo surgiu versões do
pentecostalismo chamado de Renovação Carismática.
Teologicamente
o pentecostalismo está correto em muitos pontos, por exemplo, a questão de
expulsar demônios, não há justificativa para não haver reunião de libertação,
será que os demônios que manifestavam nos dias apostólicos se aposentaram? Ou
será que morreram? Ou será que se tornaram bonzinhos?
Quanto
às curas milagrosas, será que não há mais doentes? Ou será que Deus deixou de
ser misericordioso?
Não
há razão lógica nem bíblica para rejeitar o poder sobrenatural do Espírito
Santo. O que de fato há são líderes religiosos com o medo que leigos possam se
tornar mais dependentes de Deus, e menos dependentes deles.
O
pentecostalismo também tem seu lado negativo, muitas infantilidades existem por
trás dos supostos “mover do Espírito”. Além disso, alguns maluquinhos
extrovertidos são capazes das maiores macaquices para conseguir atrair
discípulos após si. Outros desprezam o estudo teológico, e assim, qualquer
pessoa, sem o menor preparo bíblico pode tomar a frente da igreja, e não é por
acaso que os pentecostais estão sempre se dividindo, se alguém se levanta e diz
que Deus o mandou formar uma igreja, quem vai se atrever a contrariar Deus? O
pentecostalismo nos dá a graça de ser usado pelo Espírito Santo, mas
infelizmente muitos pentecostais conseguem inverter isso, usando o Espírito
Santo para benefício próprio.
PIETISMO
Por
volta do século XVII o movimento pietista desenvolveu-se no seio da denominação
luterana. O pietismo era uma nova forma de viver para Deus com uma teologia bem
definida. Este movimento procurava mostrar que o conhecimento de teologia era
insuficiente para que as pessoas agradassem a Javé, era preciso algo mais vivo,
uma nova ordem de vida santificada. Alguns dos pietistas mais famosos foram:
João Arndt, João Gehard, Teófilo Grossgebauer e Henrique Muller.
Inegavelmente
o maior pietista, considerado o teólogo do pietismo, foi FILIPE JACÓ SPENCER
(1635-1705), sua principal obra chama-se PIA DESIDERIA (1675). Os principais
ensinos de Spencer foram:
1
– As Escrituras Sagradas deveriam ser estudadas mais intensamente pelos fiéis,
devendo se organizarem em associações para promover a piedade (COLLEGIA
PIETATIS).
2
– Os cristãos deveriam exercer o sacerdócio universal, admoestando uns aos
outros e promovendo a cura da alma.
Spencer
ainda escreveu importantes obras teológicas como: THEOLOGISCHE BEDENKEN I, II,
III, IV (1700 em diante), e DIE EVANGELISCHE GLAUBENSLEHRE IN EINEM JAHGRANG
DER PREDIGTEN (1688).
A
teologia pietista era voltada para a questão da salvação, para a conversão
individual, a conduta da vida. Em contrapartida o pietismo desprezava a
Metafísica e a Filosofia, rejeitando as discussões filosóficas no campo da
teologia. Spencer realmente não poderia ser mais feliz em sua teologia. Porém,
alguns radicais do movimento pietista chegaram a criticar algumas passagens da
Antiga Aliança (Antigo Testamento) por acharem que tais textos eram contrários
à moralidade.
As
experiências espirituais e sobrenaturais eram tidas em alta estima pelos
pietistas, e as pessoas eram encorajadas a darem testemunhos dessas
experiências.
Outro
pietista de renome foi August Hermann Francke (1727) que sobressaiu-se sobre
outros grandes nomes do pietismo como: João Jacó Rambach, João Anastácio
Freylinghausen, Joaquim Lange, Joaquim Justus Breithaupt.
O
pietismo se concentrava no estudo bíblico com a finalidade de se devotar a
Deus, ao contrário de muitas correntes teológicas que liam as Escrituras para
fazer crítica textual, e o pior, em uma linguagem não usual pelo povo.
A
interpretação das Escrituras passou a ter nas mãos dos pietistas mais valor
espiritual e místico do que literal, o que consideramos algo perigoso, e que dá
vazão para se manipular o texto de acordo com a criatividade dos intérpretes.
Algumas coisas no pietismo são exageradas, como Francke queria que as pessoas
apontassem para uma experiência clara de conversão, em que elas pudessem sentir
o momento em que foram salvas.
Ser
guiado pelo Espírito Santo é uma ênfase do pietismo, o cristão deve procurar
sempre a orientação de Deus antes de tomar alguma decisão importante em sua
vida, agir pela própria vontade é pecado.
Os
prazeres mundanos também eram repudiados como coisas da carne, um pietista de
verdade jamais se entregaria ao sensualismo da dança, nem aos vícios e a
competição dos jogos e esportes. As novelas de TV com certeza seriam proibidas
pelos pietistas do século XVIII já que o teatro era considerado abominação.
A
história da igreja era vista de maneira desdenhosa pela maioria dos pietistas
intelectuais como Godofredo Arnold (meados de 1714), na sua obra UNPARTEYSCHE
KIRCHEN – UND KETZERGESCICHTE criticou fortemente a igreja secular, afirmando
mesmo que somente os pequenos grupos que muitas vezes eram tratados como seitas
eram os que de fato preservavam a semente do cristianismo.
O
pietismo apesar de ser muito voltado para a vida prática, ainda assim gerou
teólogos de peso-pesado para a história dos dogmas, entre eles podemos apontar
JOÃO ALBRECHT BENGEL (meados de 1752), ele era um dos líderes de Wurttemberg.
Bengel escrevia literatura devocional, porém, sua maior obra foi GNOMON NOVI
TESTAMENTI, foi ele quem dividiu os manuscritos em grupos de acordo com o local
de sua origem, e forneceu a base para a moderna crítica textual, como o
manuscrito CHESTER BEATTY (por estar na cidade inglesa de Chester), o códice
Vaticano de 1209 (por estar guardado na biblioteca do Vaticano) etc.
PLATONISMO
Platonismo
tem uma preocupação intensa pela qualidade de vida humana sempre ética, muitas
vezes religiosa, e às vezes política, baseada em uma crença em realidades
eternas e imutáveis, o que Platão chamou de formas independentes do mundo
percebidos pelos sentidos. O Platonismo vê estas realidades, tanto como as
causas da existência de tudo no universo.
É
essa crença em valores absolutos enraizadas em um mundo eterno que distingue o
platonismo das filosofias de antecessores e sucessores imediatos de Platão e de
filosofias posteriores inspiradas por eles, desde o naturalismo imanentista da
maior parte da filosofia pré-socrática. O maior discípulo de Platão foi
Aristóteles. Os grandes teólogos do cristianismo tomaram emprestado o
pensamento de Platão e Aristóteles para explicar as verdades espirituais. (16)
PRESBITERIANISMO
Sistema
de governo eclesiástico da igreja primitiva, mas que, por motivos de ganancia
pelo poder e política, acabou sendo substituído na história da igreja pelo
governo episcopal. O governo presbiteriano voltou a ser implantado com o
teólogo João Calvino que elaborou em seu sistema teológico chamado INSTITUIÇÃO
DA RELIGIÃO CRISTÃ, o dogma do governo na igreja em que os presbíteros dirigem
a igreja como um conselho espiritual, na qual o presbítero-principal é o
porta-voz. O presbiterianismo também enfoca as Escrituras como autoridade
máxima para legislar e para guiar a conduta do cristão. A denominação
presbiteriana segue os princípios básicos de Calvino. Nas Escrituras só há
registros de dois ofícios: Presbítero e diácono. O ofício de presbítero é
também chamado de bispo (I Timóteo 3.1-13).
PROTESTANTISMO
O
termo protestante originou-se da atitude de Martinho Lutero em PROTESTAR contra
os erros do catolicismo. Lutero pregou na frente de uma catedral as suas 95
teses, na qual ele convocava a igreja ao arrependimento, inclusive condenando o
mercantilismo da fé praticado pela igreja e pelos sacerdotes, como a vendas de
indulgências (perdão dos pecados), a simonia (venda de cargos eclesiásticos), a
adoração de imagens de esculturas, a oração pelos mortos, entre outros erros
denunciados pelo protestante Lutero. Por sua afronta ao poder papal, Martinho
Lutero foi excomungado, pior para o catolicismo que perdeu a unidade da
organização da igreja no ocidente, e Lutero acabou sendo o chefe da nova
denominação, ainda que essa nunca foi a sua vontade, ele queria REFORMAR e não
DIVIDIR.
Todos
os que contrariam o Vaticano são taxados pelos católicos de protestantes,
obviamente que nem todos os protestantes tiveram ou tem a intenção reformadora
que havia no coração de Lutero, muitos se afastaram do catolicismo e formaram
suas próprias organizações por pura ambições particulares, como a ridícula
divisão da organização Anglicana, cujo rei inglês Henrique, queria
divorciar-se, e como Roma não lhe concedeu esta permissão, o canalha,
aproveitou-se para dividir a igreja e se auto intitulou líder máximo da igreja
na Inglaterra. Os oficiais eclesiásticos, para agradarem o rei, descaradamente
o apoiaram, todos eram vigaristas.
PURITANISMO
Os
puritanos foram formados de cristãos insatisfeitos com o rumo da igreja da
Inglaterra. A supremacia do rei sobre a igreja não dava para engolir. Muitos
estavam descontentes com o ACORDO ELIZABETANO. Os principais líderes puritanos
foram Tomás Cartwright e Walter Travers. Os puritanos queriam uma purificação
da igreja da Inglaterra, e não aceitavam a interferência do Estado nas questões
eclesiásticas Um dos maiores inimigos dos puritanos era William Laud, arcebispo
na Cantuária a partir de 1633 que era bem conhecido pelas suas táticas malignas
e inescrupulosas de solicitar ajudar aos políticos e poderosos para dar uma “mãozinha”
para impor suas ideias. Mas suas armas foram a sua própria morte, pois com o
regime de Cromwell, ele foi preso e condenado a morte.
Os
puritanos eram moralistas que combatiam as vaidades, tinham um princípio
austero no tocante as roupas e aos vícios, os cultos tinham característica em
ser menos ritualísticos. Outros puritanos famosos foram:
O
poeta JOÃO MILTON (Paraíso Perdido, 1667).
JOHN
BUNYAN (Batista, autor de O PEREGRINO, 1678).
ROMANISMO
A
Igreja Católica Romana abrange centenas de milhões de membros, espalhados por
toda a terra, mas principalmente entre as raças latinas, no Sul da Europa e
América. O catolicismo tem sede em Roma onde está estabelecida a quase dois
milênios. Sua hierarquia tem no topo o Papa que tem a pretensão em ser nada
menos que o Vigário infalível de Jesus Cristo na terra. O Catolicismo Romano
considera todos os outros cristãos como hereges, cismáticos e que estão fora do
pálido da salvação comum.
A
santa Igreja Católica sempre foi um artigo de fé; mas a Igreja Romana não é
sequer nomeada nos credos antigos. O Romanismo da Igreja começa com a adoção
dos costumes das religiões pagãs.
O
catolicismo romano é caracterizado por algumas doutrinas como: sete
sacramentos, transubstanciação, a retirada da taça, o sacrifício da missa para
os vivos e os mortos, a confissão auricular e absolvição sacerdotal, a
extrema-unção, purgatório, indulgências, e obediência à autoridade do Papa como
o sucessor de Pedro e vigário de Cristo, a imaculada concepção de Maria, e
infalibilidade do Papa. (17)
SABELIANISMO
Lucas
Freitas que publica artigos no site: peregrino-cristao.blogspot.com.br
descreveu assim o sabelianismo:
O
sabelianismo (unicismo) é a visão de que Deus é uma única pessoa; não há uma
segunda pessoa chamada Filho, nem uma terceira chamada o Espírito. Antes,
quando Deus é ativo na criação do universo e o controlando, ele deve ser
chamado Pai; quando ele está ativo na redenção, ele deve ser chamado Filho; e
quando ativo na santificação ele é chamado Espírito. Os três nomes significam
três atividades diferentes da mesma Pessoa.
A
seguir eu dou três motivos pelos quais não concordo com essa doutrina:
1)
A interpretação sabeliana é bastante falha em João 5:19-25. Naquele texto, as
funções desempenhadas pelo Pai são a mesma da do Filho, e o texto não confunde
o Pai com o Filho, antes mostra que "tudo que o Pai faz, o Filho
semelhantemente faz" (João 5:19). Se a interpretação de que Pai e Filho
são duas diferentes manifestações funcionais do Deus Eterno, o texto ficaria
totalmente tautológico, uma vez que agora a função do Filho seria confundida
com a do Pai, e a interpretação sabeliana cairia por terra.
2)
Talvez, uma das mais importantes argumentações seja sobre o Logos (Verbo) de
João 1. O Logos é diferenciado de Deus (Pai) pela segunda cláusula "o
Verbo estava COM Deus"(veja minha argumentação em João 1:1 sobre a divindade
de Cristo), ou seja, a referência diz respeito ao relacionamento amoroso entre
Deus e o Verbo (João 1:18), e não há um aspecto funcional ad extra de Deus. O
relacionamento Verbo-Deus é uma relação ad intra (conforme dito que Verbo era
também Deus).
3)
Mateus 28:19 não se encaixa com a visão sabeliana. Segundo essa visão, o Pai é
o aspecto funcional de Deus na criação e preservação, o Filho, aspecto
funcional de Deus na expiação e purificação, e o Espírito Santo, aspecto
funcional de Deus na santificação, uma exegese que se aplicada a fórmula
batismal, é "batizando em nome da criação, da redenção e da
santificação", ou seja, uma interpretação absurda. Dr. Gordon H.Clark
explica:
Deve-se notar que no
Novo Testamento o termo Pai nas passagens pertinentes não expressam uma relação
com o homem. O Pai é o Pai do Filho. Mas atividades, como criação e redenção,
não pode ser do pai e do filho. Em outras palavras, a fórmula tripla não
salienta sobre o que Deus faz; ela salienta o próprio Deus como triplo.
Assim,
vemos que a Bíblia entende que o Pai, Filho e Espírito Santo são entendidos
como diferentes. Eles não são a mesma pessoa. (18)
SEMIPELAGIANISMO
Os
semipelagianos surgiram também em oposição a Agostinho, a doutrina da
predestinação estava novamente em discussão. Agostinho havia sido informado
pelos seus discípulos Próspero e Hilário, que os semipelagianos estavam
atacando os seus ensinos, e por isso escreveu duas obras para rebatê-los: DE
PRAEDESTINATIONE SACTORUM e DE DONNO PERSEVERANTIAE.
O
principal semipelagiano foi JOÃO CASSIANO (m. 430-435). O semipelagianismo
aceitava a doutrina do pecado original pregada por Agostinho e que era correta.
Cassiano também ensinava que a salvação era resultado da cooperação entre Deus
e o homem, entre a graça e o livre arbítrio. Como o semipelagianismo era um
dogma defendido na Gália, o bispo de Roma não se interessou pela questão. Mas
um sínodo em Arles, em 473 confirmou o semipelagianismo como ortodoxo. O que
também concordamos.
SINCRETISMO
O
Sincretismo é o sistema religioso em que os elementos de uma religião são
associados com outra religião. O sincretismo é para o cristianismo tão perigoso
quanto os inimigos declarados. O Diabo é nosso inimigo, mas no sincretismo o
Diabo tenta se passar como nosso amigo, o que pode ser bem pior. O gnosticismo
quando se defrontou com o cristianismo não tentou destruí-lo, mas entrar no
seio da igreja, não conseguiram impedi-los de associar as doutrinas e
divindades gnósticas com o cristianismo. Esta mesma sorte teve o catolicismo em
contato com várias culturas e religiões do mundo a fora; com os germânicos, o
catolicismo assimilou vários conceitos pagãos, associando o deus Odin com um
santo católico chamado Nicolau, e deste sincretismo surgiu a figura de PAPAI
NOEL. Em contato com as religiões afro-brasileiras várias entidades espirituais
do candomblé foram associadas aos santos católicos como Omolum com São Lázaro,
Iemanjá com “Nossa Senhora”, e daí por diante.
Os
protestantes e evangélicos em contato com as culturas, filosofias e maneira de
vida dos pagãos estão também assimilando os hábitos e costumes dos gentios
depravados. Qualquer moda do mundo, em pouco tempo entra na igreja, como mulher
vestir roupa de homem (calça-comprida). A religião do povo, o futebol, é hoje
fortemente associada com ditos evangélicos que se organizam em grupos chamados
ATLETAS DE CRISTO. O catolicismo tem feito esforços juntamente com vários
setores das denominações evangélicas para trabalharem em conjunto. O que
discordamos radicalmente, pois não deve haver comunhão das trevas com a luz,
dos santos de Deus cultuando ao lado de pagãos em uma cerimônia celebrada por
pregadores evangélicos e católicos, ou de qualquer outra religião.
SINERGISMO
O
Sinergismo trata-se do debate teológico sobre a vontade do homem na questão da
salvação. A grande briga neste ponto foi feita por Flácio e Strigel entre 1550
e 1560 no debate de Weiman.
FLÁCIO
dizia que a vontade humana sempre se opõe a conversão e que somente após o novo
homem surgiu dentro da pessoa é que ela pode desejar a salvação, essa nova
vontade natural auxiliava na salvação.
Portanto,
a vontade de ser salvo vem da nossa vontade natural. Strigel dizia que o pecado
original foi um acidente na natureza do homem, e ele ainda que caído e
deformado ainda assim é a imagem de Deus, e há na natureza do homem uma vontade
de voltar-se a Deus. O novo homem significa o espírito dominando a carne.
O
sinergismo (sistema dogmático sobre a vontade) de Strigel, nos parece razoável.
O
socinianismo é uma doutrina cristã, considerada herética pelas igrejas majoritárias,
difundida pelo pensador e reformador italiano Fausto Socino, ainda que, ao que
parece, inspirou-se nas ideias já formuladas por seu tio Lelio Socino.
A
doutrina sociniana é antitrinitaria e considera que em Deus há uma única pessoa
e que Jesus não existia dantes de seu nascimento, ainda que nascido
milagrosamente de Maria por vontade divina. A missão de Jesus na terra foi
transmitir a vontade do Pai tal como lhe tinha sido revelada, e depois de sua
crucificação foi ressuscitado por Deus e elevado aos céus, onde adquiriu a
imortalidade e desde então reina sobre o mundo. Os que creem nele e no Deus da
revelação cristã também desfrutarão de uma vida imortal, enquanto os incrédulos
e pecadores não irão ao inferno (posto que não existe segundo a doutrina de
Socino), senão que simplesmente suas almas extinguir-se-ão depois da morte do
corpo físico. Portanto, a salvação consiste na imortalidade e é concedida diretamente
pela Graça divina aos que creem. O socinianismo defende também uma interpretação
racionalista da Bíblia e os Evangelhos e a capacidade do crente de discernir a
verdade por si mesmo. A doutrina sociniana, tal como se implantou na Polónia
nos anos finais do século XVI e primeira metade do XVII, foi exposta de maneira
detalhada no Catecismo Racoviano (1609).
Atualmente
algumas igrejas evangélicas antitrinitarias sustentam doutrinas similares à sociniana.
O Socinianismo também se considera a forma original ou primitiva do Unitarismo,
negando a preexistência de Cristo, mas aceitando o nascimento virginal. (19)
SUPERNATURALISMO
O Supernaturalismo é um sistema dogmático que
surgiu em oposição ao racionalismo de Immanuel Kant (meados 1804), na sua obra Religion
innerhalb der Greenzen der blossen Vernunft (1793). Os racionalistas rejeitavam
tudo o que fosse milagres ou sobrenatural. Os supernaturalistas se
fundamentavam na necessidade da autoridade das Escrituras Sagradas como fonte
da revelação divina.
GOTTLOB CRISTIANO STORR (meados em 1805) e
FRANCISCO VOLKMAR REINHARD (meados de 1812) eram dois supernaturalistas e como
tal procuravam explicar o sobrenatural de forma racional.
TOMISMO
Tomismo
é a escola filosófica que surgiu como um legado da obra e pensamento de Santo
Tomás de Aquino (1225-1274), filósofo, teólogo e doutor da Igreja. Na
filosofia, suas questões disputadas e comentários sobre Aristóteles são,
talvez, as suas obras mais conhecidas. Na teologia, sua Summa Theologica é um
dos documentos mais influentes na teologia medieval e continua a ser o ponto de
referência central para a filosofia e da teologia da Igreja Católica. Na
encíclica Doctoris Angelici, o Papa Pio X advertiu que os ensinamentos da
Igreja não pode ser compreendida sem os fundamentos filosóficos básicos das
principais teses de Tomás:
As
teses na filosofia de Tomás de Aquino não são para ser colocado na categoria de
opiniões susceptíveis de serem debatidas de uma forma ou de outra, mas são
consideradas como as bases sobre as quais toda a ciência das coisas naturais e
divinas se baseiam; se tais princípios são, uma vez removidas ou de alguma
forma prejudicadas, os estudantes perderão o significado das palavras e dos
dogmas propostos pela magistratura da Igreja Católica.
TRADUCIONISMO
Traducionismo
(tradux, um rebento ou broto, e mais especificamente um ramo da vinha feita
para propagar a videira), em geral, a doutrina de que, no processo de geração,
a alma espiritual humana é transmitida para a prole pelos pais. Traducionismo
se opõe ao criacionismo ou a doutrina de que cada alma é criada por Deus.
Ambos, no entanto, são contra o Emanacionismo e evolucionismo. Admitindo que a
primeira alma humana originou-se pela criação. Eles diferem apenas quanto ao
modo da origem da subsequente das almas.
Nos
primeiros séculos da Igreja Cristã, os “pais da igreja” defendiam a criação
imediata da alma. Tertuliano, Apolinário, e alguns outros defendiam o
Traducianismo, mas o testemunho de Jerônimo (Epist. Cxxvi, 1) dizia que:
"a maioria dos escritores orientais pensam que, como o corpo é nascido do
corpo, do mesmo modo a alma é nascida da alma parece exagerada”. Gregório de
Nissa, Macarius, Rufinus, e Nemésio, parecem preferir o generacionismo. Após a
ascensão de Pelagianismo, alguns Pais da Igreja hesitavam entre Generacionismo
e Criacionismo. Nos últimos tempos o Generationismo foi rejeitada por todos os
teólogos católicos. As exceções são Froschammer que defendeu o Generationismo e
chamavam a geração da alma pelos pais, com o nome de criação secundária. (20)
TRADICIONALISMO
Sistema
teológico que busca nas fontes da própria história antiga do cristianismo as
verdades espirituais. Procurar saber como viviam e no que criam os cristãos dos
primeiros séculos nos ajuda a compreender melhor o cristianismo autêntico na
qual os próprios apóstolos conviviam.
Um dos homens que chamou a atenção para
a importância de estudar os chamados “pais da igreja”, ou seja, a literatura
cristã antiga, foi MELANCHTHON. Ele não via na história TRADICIONAL da igreja
uma autoridade igual a das Escrituras, contudo, pregava a necessidade de
estudar a tradição da igreja para melhor entender e interpretar corretamente as
Escrituras.
O
estudo dos escritos dos primeiros líderes do cristianismo foi muito importante
para o próprio surgimento do protestantismo, o mundo como um todo, no final da
Idade Média estava se voltando para o passado, em busca de respostas para o
presente, e foi nesta busca que os teólogos encontram a LITERATURA CRISTÃ
ANTIGA da qual se pode compreender o pensamento da igreja apostólica.
Nós,
os fundamentalistas, damos importância ao estudo destes escritos, ainda que
eles não tenham autoridade espiritual, pelo menos serve de referência para
compreendermos a igreja primitiva. Como todo bom seminário de teologia, inclui
em suas disciplinas a matéria de LITERATURA CRISTÃ.
UNITARIANOS
O
unitarismo (ou unitarianismo) é uma corrente de pensamento teológico que afirma
a unidade absoluta de Deus. Há dois ramos principais do unitarismo, os
unitários bíblicos que consideram a Bíblia como única regra de fé e prática,
assemelhando as demais religiões cristãs evangélicas, exceto, claro, pela
concepção unitária de Deus, e os unitários universalistas, surgido recentemente
nos Estados Unidos, que pregam a liberdade de cada ser humano em buscar a sua
própria Verdade e a necessidade de cada um buscar o crescimento espiritual sem
a necessidade de religiões, dogmas e doutrinas.
Os
unitários não devem ser confundidos com os unicistas. Os primeiros entendem que
Deus é um e único, o Pai de Jesus Cristo. Já os unicistas entendem que o Pai, o
Filho e o Espírito são apenas manifestações diferentes do mesmo Deus.
Apesar
de sua origem em igrejas cristãs, é geralmente identificado com as correntes de
combate ao trinitarianismo, teve diversas manifestações ao longo da História,
com apoio por vezes parcial ou total com outros movimentos que compartilham seu
comum desacordo com o dogma da Trindade, como o subordinacionismo, o arianismo,
o serventismo ou o socianismo.
Desde
o século XIX, uma ala do unitarismo contemporâneo, conhecido atualmente nos
Estados Unidos como unitarismo universalista, deixou de impor credos ou de
fazer provas de doutrina como critério de participação, enquanto a ala mais
antiga, conhecido como unitarismo bíblico ou restauracionista procura seguir os
preceitos cristãos conforme ensinados na Bíblia Sagrada. (22)
O
Unitarianismo é semelhante ao Modalismo, visto que ensina que Deus é uma pessoa
individual, mas difere na forma Unitária. Eles não acreditam que Deus tem modos
diferentes nos quais Ele se manifesta. Os unitarianos acreditam que Jesus
realmente era um homem, um profeta dotado do Espírito de Deus em lugar de um
ser divino. Eles também negam que Cristo morreu como um substituto pelos
pecadores.
Esses
que se chamam Unitarianos geralmente são cristãos, mas, talvez ironicamente, o
ensino que eles creem é o mesmo seguido na religião muçulmana que é oposta
abertamente ao Cristianismo.
O
livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão, diz que, "Jesus Cristo o filho de
Maria era (não mais do que) um apóstolo de Alá, e a sua Palavra que Ele recebeu de Maria, e um Espírito que
procede de Alá: Assim acredite em Alá e nos seus apóstolos. Não diga
'Trindade': desista: Será melhor para você: Porque Alá é um Deus: Glória seja
dada a Ele: (exaltado seja Ele)." (Alcorão 4:171)
Com
este conceito, Jesus poderia morrer completamente, mas já que eles reduzem Cristo a um mero homem e negam que a morte de
Cristo verdadeiramente reconciliou os pecadores com Deus, eles consideram a sua
morte como algo menor que um sacrifício humano para perdoar pecados. A verdade
é que eles nem mesmo têm um sacrifício em seu sistema religioso, ou por parte
de Deus ou de Jesus Cristo.
Esse
conceito, como os outros falsos conceitos que nós examinamos, elimina de seus
partidários qualquer conceito do amor de Deus que deu o Seu Filho para morrer
pelos pecados deles. Não é de se espantar que o mundo muçulmano demonstre tal
religião fria e cheia de ódio, quando o deus deles nunca revelou amor para com
eles.
O
que é de se espantar é que alguns cristãos aderiram a este mesmo conceito do
Deus do nosso Senhor Jesus Cristo e afastam as pessoas do amor sem medida de
Deus e de Sua verdade. (21)
UTILITARISMO
O
Utilitarismo é um tipo de ética normativa (com origem nas obras dos filósofos e
economistas ingleses do século XVIII e XIX. Jeremias Bentham e João Stuart
Mill) segundo a qual uma ação é moralmente correta se tende a promover a
felicidade e condenável se tende a produzir a infelicidade, considerada não
apenas a felicidade do agente da ação, mas também a de todos afetados por ela.
O
Utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir seus
próprios interesses, mesmo a custa dos outros, e se opõe também a qualquer
teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados,
independentemente das consequências que eles possam ter.
O
Utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter
de bom ou mal de uma ação depender do motivo do agente porque, de acordo com o
Utilitarismo, é possível que uma coisa boa venha a resultar de uma motivação
ruim no indivíduo.
Antes,
porém, desses dois autores darem forma ao Utilitarismo, o pensamento utilitarista
já existia, inclusive na filosofia antiga, principalmente no de Epicuro e seus
seguidores na Grécia antiga. E na Inglaterra, alguns historiadores indicam o
Bispo Richard Cumberland, um filósofo moralista do século XVII, como o primeiro
a apresentar uma filosofia utilitarista. Uma geração depois, Francis Hutcheson,
com sua teoria do "sentido interior da moralidade" ("moral
sense") manteve uma posição utilitarista mais clara. Ele cunhou a frase
utilitarista de que "a melhor ação é a que busca a maior felicidade para o
maior número de indivíduos". Também propôs uma forma de "aritmética
moral" para cálculo da melhor consequência possível. David Hume tentou
analisar a origem das virtudes em termos de sua contribuição útil.
O
próprio Bentham disse haver descoberto o "princípio de utilidade" nos
escritos de vários pensadores do século XVIII como Joseph Priestley, um clérigo
dissidente famoso por haver descoberto o oxigênio, e Claude-Adrien Helvétius,
autor de uma filosofia de meras sensações, de Cesare Beccaria, jurista
italiano, e de David Hume. Helvétius foi posterior a Hume e deve ter conhecido
seu pensamento, e Beccária o de Helvécios.
Outro
apoio ao Utilitarismo é o de natureza teológica, devido a John Gay, um filósofo
estudioso da Bíblia que argumentava que a vontade de Deus era o único critério
de virtude, mas que, devido à bondade divina, ele concluía que Deus desejava
que o homem promovesse a felicidade humana.
Bentham,
que aparentemente acreditava que o indivíduo, no governos de seus atos iria
sempre buscar maximizar seu próprio prazer e minimizar seu sofrimento, colocou
no prazer e na dor ambos a causa das ações humanas e as bases de um critério
normativo da ação.
À
arte de alguém governar suas próprias ações, Bentham chamou "ética
particular". Neste caso a felicidade do agente é o fator determinante; a
felicidade dos outros governa somente até o ponto em que o agente é motivado
por simpatia, benevolência, ou interesse na boa vontade e opinião favorável dos
outros.
Para
Bentham, a regra de se buscar a maior felicidade possível para o maior número
possível de pessoas devia ter papel primordial na arte de legislar, na qual o
legislador buscaria maximizar a felicidade da comunidade inteira criando uma
identidade de interesses entre cada indivíduo e seus companheiros. O trabalho
filosófico mais importante de Bentham, An Introduction to the Principles of
Morals and Legislation ("Uma introdução aos princípios de moral e
legislação"), de 1789, foi pensado como uma introdução a um projeto de
Código Penal.
Jeremias
Bentham atraiu jovens intelectuais como discípulos, entre eles o economista
David Ricardo, James Mill e o jurista John Austin. Mais tarde Joao Stuart Mill,
filho de James Mill, defendia o voto feminino, a educação paga pelo Estado para
todos, e outras propostas radicais para sua época, com base na visão
utilitarista de que tais medidas eram essenciais à felicidade e bem estar de
todos, assim como também a liberdade de expressão e a não interferência do
governo quando o comportamento individual não afetasse as outras pessoas. Seu
ensaio "Utilitarianism," publicado no Fraser's Magazine (1861), é
citada como uma elegante defesa da doutrina Utilitarista e considerada a melhor
introdução sobre o assunto, apresentando o Utilitarismo como uma ética tanto
para o comportamento do indivíduo comum quanto para a legislação social.
QUESTIONÁRIO, REFLEXÃO
E MEMORIZAÇÃO
1 – Quais os principais dogmas da
história da igreja?
2 – Qual o conceito herético que chamava
Jesus de FILUS ADOPTIVUS?
3 – O que Fulgêncio dizia sobre a
predestinação?
4 – Cite três razões da utilidade da
LEI?
5 – O que ensinava o presbítero herético
Ário, sobre Jesus?
6 – Qual o filósofo que mais influenciou
a teologia cristã?
7 – O que Jacó Armínio comentou sobre o
Calvinismo
8 – Como se chama o sistema doutrinário
que prega o isolamento do mundo?
9 – Qual foi o erro mais grave de João
Calvino?
10 – Que tipo de governo eclesiástico
surgiu como consequência de revolta ao catolicismo?
11 – Como é o nome do dogma que afirma
ter o homem Jesus recebido o elemento divino por ocasião do batismo?
12 – Segundo Irineu, quem era o alvo das
críticas de João em seus escritos?
13 – Quais as doutrinas defendidas por
Donato, no 4º século?
14 – Cite um exemplo em que o conceito
dualístico está errado.
15 – Como se chamava os cristãos que
queriam seguir com a guarda da lei de Moisés nos primeiros séculos?
16 – Qual o ensino mais grotesco do
teólogo Hermann Rahtmann?
17 – Quem foi excomungado em 449 por
negar a humanidade de Cristo?
18 – Qual o erro de Fontino Sirmínio?
19 – Cite três grandes nomes do
gnosticismo?
20 – Qual uma das conversões mais
importantes entre os irmãos moravianos?
21 – Por que Erasmo de Roterdã defendia
o livre arbítrio?
22 – Qual o dogma que diz que Deus
predestinou o pecado?
23 – Qual o dogma adepto de uma ética de
vida mundana?
24 – Qual o dogma defendido por João
Tiletson?
25 – Quais os principais ensinos de John
Wesley?
26 – Quais os dois erros sobre o
milênio?
27 – Qual a heresia do misticismo?
28 – Cite alguns conceitos teológicos modernistas.
29 – Qual o sistema dogmático que prega
a vida reclusa em mosteiro?
30 – Qual o sistema dogmático que de
tanto enfatizar o Criador, nega a criação?
31 – Quais as ênfases doutrinárias do
montanismo?
32 – Quem são taxados de legalistas?
33 – Qual o dogma que afirma ter nas
Escrituras erros?
34 – Qual a declaração de Nestório sobre
o relacionamento de Maria e Jesus?
35 – Qual o dogma que afirmava que foi o
Pai que sofreu na cruz?
36 – Qual o erro dogmático de Pelágio
sobre o pecado?
37 – Por que ser pentecostal é uma
necessidade?
38 – Quais as ênfases dogmáticas dos
pietistas?
39 – Como Willian Laud lidava com os
puritanos?
40 – Qual o sistema dogmático que
procura associar os valores de uma religião com outra?
REFERÊNCIAS
SE VOCÊ GOSTOU DESTE LIVRO
DOE UM A SEU AMIGO.
OUTRAS OBRAS DO AUTOR NAS
LIVRARIAS VIRTUAIS
http://www.abebooks.com/
BIOLOGIA – O MITO DA EVOLUÇÃO - Este livro de BIOLOGIA tem o propósito
definido de refutar a Teoria da Evolução e exaltar a Deus como único
responsável pela criação. Aos homens anunciamos nesta literatura que a sua
existência aqui se originou de um ATO DE CRIAÇÃO e não de um PROCESSO DE
EVOLUÇÃO. Aos cientistas solicitamos a reconsideração de teorias que atrapalham
o desenvolvimento da ciência, lembrando que nenhuma crença deve desviar as
pesquisas da sua única finalidade: A VERDADE.
ESCRIVÃO DE POLÍCIA É CARGO TÉCNICO CIENTÍFICO - O objetivo deste
trabalho é aprofundar os leitores no entendimento das reais atribuições de um
policial civil que exerce o cargo de ESCRIVÃO DE POLÍCIA. É o conjunto destas
atribuições que prova sem margem para erro que o Escrivão de Polícia é uma
função técnica no sentido semântico, jurídico e constitucional.
O QUE É IGREJA CATÓLICA ROMANA? - A partir destas letras, o leitor
começará a conhecer melhor a história da Igreja Católica Apostólica Romana e
como ela se posiciona diante da Bíblia e dos seus ensinos. Em se tratando de
uma religião com tantos adeptos, ela é a maior facção do cristianismo, ainda
figura como a seita religiosa que possui o maior número de fiéis, contando com
os que se dizem católicos não praticantes. Muitos se dizem católicos, mas
desconhecem a história desta gigantesca instituição.
JUÍZO
FINAL - O ápice da história humana é o Juízo Final. No transcorrer da epopeia
humana, a balança da justiça está muito desequilibrada, os maus e desonestos,
cruéis e corruptos estão em vantagem sobre os homens de bem, mas no Juízo Final
os pecadores perceberão que a vantagem que tiveram na vida terrena era
ilusória. Este livro pretende expor o que ocorrerá naquela Grande Dia revelado
em toda a Bíblia, especialmente no Apocalipse. Os detalhes sobre o Dia do Juízo
são assustadores, porque a realidade que se avizinha será terrível. O
julgamento será de acordo com as atitudes e condutas que tivemos nesta
existência. Não adiantará alegar que acreditava em Deus e mesmo que era
cristão. Prepare-se para este dia. As sentenças proferidas serão terríveis e
irreversíveis. A condenação no inferno é eterna.
A
ARQUEOLOGIA BÍBLICA é um ramo da Arqueologia e das ciências históricas que visa
resgatar o passado, nos dando compreensão sobre os fatos, lugares, e pessoas
que vieram em determinado tempo. O intuito deste livro é introduzir o leitor no
estudo da Bíblia para que possamos ter certeza que o livro mais lido e mais
vendido do mundo, não é um conto religioso, mas se trata de um importante livro
de registro de eventos históricos que de fato aconteceram, por mais que nela
contenha históricas fantásticas, a Bíblia não pode ser desprezada. Da mesma
forma que a vida moderna com o advento das novas tecnologias seria considerada
absurdo para os povos antigos, que possivelmente não acreditariam no que
estaria por vir.
PARAPSICOLOGIA
BÍBLICA - Neste livro o leitor irá compreender os fenômenos paranormais e suas
nomenclaturas, bem como o seu paralelo com as histórias bíblicas; os fenômenos
aqui abordados são: Aparição, aportes, autoscopia, bilocação, catalepsia,
clarividência, comunicação com os mortos, cumberlandismo, déjà vu, dermografia,
desdobramento de personalidade, drogas, ectoplasma, figura espiritual,
fotogênese, glossolalia, heteroscopia, hiperestesia direta, hiperestesia,
indireta do pensamento, hipnose, inédia, inspiração, intuição, levitação,
materialização, meditação, mediunidade, morte, pantomnésia, precognição,
premonição prosopopese, psicofonia, psicografia, quarta dimensão, sonambulismo,
sonho, subjugação telepsíquica, talento do inconsciente, telecinésia,
telemetria, telepatia, teleportação, telergia, teorias parapsicológicas, tiptologia, e transe.
COMPÊNDIO
TEOLÓGICO SOBRE O VÉU - O véu é um símbolo da submissão da mulher ao sexo
masculino, entre outros significados. Este símbolo está inserido em várias
culturas do mundo, em especial no judaísmo, cristianismo e islamismo. Neste
compêndio faço uma ampla discussão sobre o valor do véu e uma retrospectiva de
dois mil anos de cristianismo na qual as mulheres se cobriam com o véu sem
nenhuma relutância. Em seguida vemos que o movimento feminista e a ideologia de
emancipação feminina influenciou a teologia do século XX mudando completamente
a perspectiva do uso do véu. O que antes era constrangedor não usar, agora é
considerado por muitos até uma heresia trazê-lo sobre a cabeça. Não poderíamos
passar sem fazer um exame exegético e hermenêutico no texto de I Coríntios
11.2-16, onde se encontra as bases doutrinárias da teologia do véu.
MEMORIAL CRIMINOSO DO PT – Volume I - Este
livro faz parte de uma coleção que só Deus sabe onde vai parar. Comecei uma
empreitada de colecionar escândalos e atitudes do PT e dos políticos petistas
com intuito de advertir a população brasileira para que não vote nos candidatos
do PT, a ideologia socialista do PT é uma severa ameaça a economia, ao livre
comércio, e futuramente restringirá nossas liberdades, pois este é o último
estágio dos países sob a maldição comunista. Relacionei 42 escândalos neste
primeiro tomo, mas o segundo tomo já está pronto. Procurei pautar minhas
considerações em informações extraídas das mais respeitadas fontes do
jornalismo brasileiro.
PT X CRISTIANISMO - Em 32 capítulos este livro
faz uma síntese da incompatibilidade do petismo e o cristianismo. A ideologia
petista é contrária ao cristianismo. A ideologia petista é diametralmente
oposta às doutrinas bíblicas. O Partido dos Trabalhadores apoia as invasões de
terras pelo MST, e a Bíblia ensina a respeitar o direito a propriedade. A
Bíblia condena o aborto e homossexualismo, enquanto o PT apoia todas estas
coisas. Cristão verdadeiro que segue os preceitos da Bíblia não deve ser
ativista político, porque cremos que todos os governos e regimes políticos têm
que fracassar para ficar provado que sem Deus, os homens não conseguem se
governarem. Criticamos o PT por vários motivos ideológicos, entre estes:
religião comunista, assistencialismo, homossexualismo, antisionismo, aborto,
liberdade, o bem e o mal, greve, desarmamento, legalização das drogas,
igualdade comunista, propriedade privada, trabalho, o messias do PT, religião
afro-brasileira, idade penal, estatização da economia etc. A cada capítulo se
faz uma comparação entre o pensamento petista e textos bíblicos.
O GUIA DE ESTUDO BÍBLICO marcou a vida de
muitas pessoas em Santos/SP quando escrevi e o utilizava em xerox encadernado.
Este livro foi durante muito tempo o Manual da Fé Cristã usado pela igreja onde
pastoreei e ainda hoje dezenas de pessoas tem uma cópia deste livro em
fotocópia. Nele contêm as explicações básicas das doutrinas e práticas cristãs.
A Bíblia Sagrada é um guia para levar o homem ao conhecimento de Deus e da sua
vontade. Este livro foi escrito em 1990, e servia como livro de estudo para
novos convertidos em uma igreja evangélica. Os dogmas fundamentais do
cristianismo são expostos em uma teologia sistemática muito simples e fácil de
aprender, e na parte final do livro, abordo a vida cristã no padrão de
santidade exigido por Deus para aqueles que querem fazer a sua vontade, mais do
que somente conhecer o credo ou confissão cristã.
LIVRO
EM ESPAÑOL
JUICIO FINAL - El
vértice de la historia humana es el Juicio Final. En el transcurso de la
epopeya humana, la balanza de la justicia está muy desequilibrada, malos y
deshonestos, crueles y corruptos se encuentran en una ventaja sobre los hombres
de buena conducta, pero en el Juicio, los pecadores se darán cuenta que la
ventaja que tenían en esta vida era ilusoria. Este libro tiene como objetivo
exponer lo que sucederá en ese gran día revelado en toda la Biblia,
especialmente en el Apocalipsis. Los detalles sobre el Día del Juicio dan miedo
porque la realidad por delante será terrible. El juicio se hará de acuerdo con
las actitudes y los comportamientos que hemos tenido en esta vida. No habrá
ventaja al afirmar creer en Dios e incluso que era cristiano. ¡Prepárate para
el Día.
LIVRO
EM INGLÊS
BIOLOGY – THE MYTH OF EVOLUTION - This book of Biology has the
definite purpose of refuting the theory of evolution and exalt God as the one
responsible for creating. We dedicate this volume to the Creator that is very
close to the men, as the Scripture says in Acts 17.24-28, through this book we
tax the God the title of THE LORD OF LIFE. Men announced this literature that their existence here originated from a
CREATION ACT and not a PROCESS DEVELOPMENT. The true believers in God, this
book will reinforce their beliefs regarding the origin of LIFE and MAN.
Scientists to request reconsideration of theories that hinder the development
of science, noting that no belief should divert research at its sole purpose:
TRUTH.
LIVRO EM FRANCÊS
L'ARCHEOLOGIE BIBLIQUE est une branche de l'archéologie et des sciences
historiques qui vise à sauver le passé, nous donnant la compréhension des
faits, les lieux et les gens qui sont vivant à un moment donné. Le but de ce
livre est de présenter au lecteur dans l'étude de la Bible afin que nous
puissions être sûr que le livre le plus lu et le plus vendu dans le monde, est
pas un conte religieux, mais il est important registre des événements historiques
qui ont réellement passé, autant qu'il contient fantastique historique, la
Bible ne peut pas être négligée. De la même manière que la vie moderne avec
l'avènement des nouvelles technologies serait considérée comme absurde pour les
personnes âgées, qui ne peuvent croire.
LIVRO EM ITALIANO
INDOSSARE IL VELO - Il velo è un simbolo di sottomissione
delle donne agli uomini, tra gli altri significati. Questo simbolo è posto in
diverse culture del mondo, in particolare nel giudaismo, cristianesimo e islam.
In questo compendio faccio un ampio dibattito sul valore del velo e una
retrospettiva di duemila anni di cristianesimo in cui le donne sono state
coperte con il velo senza alcuna reticenza. Poi vediamo che il movimento
femminista e l'ideologia di liberazione della donna influenzato la teologia del
XX secolo, cambiare completamente la prospettiva velo. Quello che era
imbarazzante non usare, è ora considerato da molti come l'eresia portare sulla
testa. Non siamo riusciti a passare senza fare un esegetico e l'esame
ermeneutico nel testo di I Corinzi 11,2-16, dove le basi dottrinali della
teologia velo.